ELLUL, Jacques. A Técnica e o Desafio do Século. Tr. Roland Corbisier. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1968, p.
Com os pontos de referência que acabamos de estabelecer, é possível procurar, senão uma definição, ao menos uma aproximação da técnica. Mas, evitemos uma confusão: não se trata aqui, a rigor, das diferenças técnicas. Cada um, em sua profissão, exerce uma técnica, e é a dificuldade de conhecer essas diversas técnicas que mencionávamos no início.
Mas desses diferentes ramos é possível reter alguns (...)
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enkephalos / ἐγκέφαλος / cérebro / brain / κεφαλή / kephale / cabeça / mens / mind / mente / crânio / cráneo / calvarium
gr. enkephalos = cérebro
O que é verdade para o Sol e para a Lua vale também para o coração e o cérebro, ou, melhor dizendo, para as faculdades às quais esses dois órgãos correspondem e que são por eles simbolizadas, isto é, a inteligência intuitiva e a inteligência discursiva ou racional. O cérebro, enquanto órgão ou instrumento desta última, só desempenha na verdade uma função de "transmissor" ou, se quisermos, de "transformador". Não é sem razão que a palavra "reflexão" é aplicada ao pensamento racional, pela qual as coisas são vistas como que num espelho , quasi per speculum, como diz São Paulo . E também não deixa de ter razão o fato de que a mesma raiz, man ou men, serviu em diversas línguas para formar inúmeras palavras que designam, de um lado, a Lua (mene grego, moon inglês, mond alemão [1]) e, por outro lado, a faculdade racional ou o "mental" (manas sânscrito, mens latino, mind inglês; v. memória), e também, por consequência, o homem considerado em particular segundo a natureza racional pela qual ele se define especificamente (sânscrito manava, inglês man, alemão mann e mensch; v. Minerva ). A razão, de fato, é apenas uma faculdade de conhecimento mediato, o modo propriamente humano da inteligência. Já a intuição intelectual pode ser chamada de suprahumana, pois representa uma participação direta da inteligência universal que, por residir no coração, isto é, no próprio centro do ser onde se encontra o ponto de contato com o Divino , penetra o ser pelo interior e o ilumina com sua irradiação. [René Guénon: coração e cérebro]
Ananda K. Coomaraswamy nos señala que la misma observación se aplica a los "túmulos" prehistóricos, cuya forma parece haber imitado a menudo intencionalmente la del cráneo; como, por otra parte, el "túmulo" o el montículo es una imagen artificial de la montaña, la misma significación debe atribuirse también al simbolismo de ésta. A tal respecto, no carece de interés notar que el nombre del Gólgota significa precisamente ‘cráneo’, así como la palabra Calvarium que es su traducción al latín; según una leyenda que tuvo curso en la Edad Media, pero cuyo origen puede remontarse mucho más lejos, esa designación se referiría al cráneo de Adán , quien habría sido enterrado en ese lugar (el que, en un sentido esotérico se identificaría con la montaña misma), y esto nos reconduce aún a la consideración del "Hombre universal "; ese cráneo es el figurado a menudo al pie de la cruz; y sabido es que ésta constituye otra representación del "Eje del Mundo ". [René Guénon: A CÚPULA E A RODA]
[1] Daí também o nome do "mês" (latim mensis, inglês month, alemão monat) que é exatamente a "lunação". A mesma raiz se liga ainda à ideia de medida (latim mensura) e de divisão ou de repartição; mais isso nos levaria longe demais.