AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Tr. Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica, 2015
Davi Pessoa
1. Os gregos não tinham um termo único para exprimir o que entendemos pela palavra vida. Serviam-se de dois termos semântica e morfologicamente distintos: zoé, que manifestava o simples fato de viver, comum a todos os viventes (animais, homens ou deuses), e bios, que significava a forma ou maneira de viver própria de um indivíduo ou de um grupo. Nas línguas modernas, em que essa (...)
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allotriosis / ἀλλότριος / estranheza / aversão
gr. allotriosis = aversão; doutrina estoica da apropriação do próprio e da rejeição do estranho.
Matérias
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Agamben (MSF) – vida nua
2 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Platão (Fedro:242b-259d) — Segundo discurso de Sócrates
8 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroIntermezzo: necessidade de uma palinodia (241d-243e) Sócrates para de falar, quer partir o sinal divino o impede disto necessidade de uma expiação a falta de Sócrates impiedade estupidez a palinodia aquela de Stesichore aquela de Sócrates O segundo discurso de Sócrates (243e-257b) Introdução Desenvolvimento: elogio da loucura mantikos telestikos poietikos eros 1. o que é a alma imortalidade forma estrutura da alma viagens da alma antes da encarnação no céu além do céu a queda encarnação 2. o que é o (...)
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Daniélou : La mystique du baptême
21 de maio de 2010, por Cardoso de CastroJean Daniélou, Platonisme et Théologie Mystique.
CHAPITRE PREMIER - MORT ET RÉSURRECTION.
La vie spirituelle tout entière est pour Grégoire de Nysse un mystère de mort et de résurrection. Elle est à cet égard la réalisation du mystère même du baptême qui, selon la doctrine de saint Paul, nous fait mourir avec le Christ pour ressusciter avec lui. Toutefois dans les étapes supérieures de l’ascension vers Dieu, d’autres aspects donnent leur tonalité à la vie spirituelle : contemplation des choses divines, (...) -
Caeiro (Arete:97-99) – compreensão do acontecido
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroCAEIRO, António de Castro. A arete como possibilidade extrema do humano. Fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002, p. 97-99
§17 A reprodução imitadora (μίμησις) como o paroxismo da situação habitual de compreensão do que nos acontece
Esta contraditoriedade de interpretações é já apurável quando comparamos a compreensão natural que temos deles com a compreensão que nos é «oferecida» pela tematização mimética. Naturalmente, propendemos para uma compreensão da (...) -
Daniélou : Les trois voies
21 de maio de 2010, por Cardoso de CastroJean Daniélou, Platonisme et Théologie Mystique.
CHAPITRE PREMIER - MORT ET RÉSURRECTION.
La vie spirituelle tout entière est pour Grégoire de Nysse un mystère de mort et de résurrection. Elle est à cet égard la réalisation du mystère même du baptême qui, selon la doctrine de saint Paul, nous fait mourir avec le Christ pour ressusciter avec lui. Toutefois dans les étapes supérieures de l’ascension vers Dieu, d’autres aspects donnent leur tonalité à la vie spirituelle : contemplation des choses divines, (...) -
Ernildo Stein: Introdução ao Método Fenomenológico Heideggeriano
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAo lado de Ser e Tempo e Que é Metafísica? temos, no ensaio Sobre a Essência do Fundamento e na preleção A Determinação do Ser do Ente segundo Leibniz, a melhor possibilidade de observar o método fenomenológico de Heidegger em sua aplicação concreta. Não apenas cronologicamente estão estas duas análises próximas dos momentos mais altos da criação heideggeriana; também tematicamente lhe são vizinhas. O texto sobre Leibniz tomou corpo na esteira de interpretações de filósofos que foram incluídas em Ser e Tempo. (...)
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Pirsig (Zen:74-75) – formas de compreensão do mundo: a romântica e a clássica
23 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[PIRSIG, Robert. Zen e a arte de manutenção de motocicletas. Tr. Celina Cardim Cavalcanti. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 74-75]
O mundo da forma subjacente é um objeto curioso de análise, pois já é, por si só, um modo de discussão. A gente pode analisar as coisas em função de sua aparência imediata ou em função de sua forma subjacente, e ao tentar analisar essas modalidades de análise envolvemo-nos no que se poderia denominar problema de base. A base a partir da qual se vão analisar essas (...) -
Henry (ESV:27-29) – Tempo
13 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroHENRY, Michel. Eu Sou a Verdade. Por uma filosofia do cristianismo. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2015
A autoexteriorização da exterioridade do “lá fora”, a que chamamos mundo, não é uma afirmação metafísica ou especulativa de natureza que deixe o leitor incerto ou duvidoso a seu respeito. Dizer que o mundo é verdade é dizer que ele torna manifesto. Como torna ele manifesto, como se cumpre esta pura manifestação, é o que sabemos agora. Ora, acontece que esta autoexteriorização da (...) -
Henry (ESV) – A verdade do mundo
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroHENRY, Michel. Eu Sou a Verdade. Por uma filosofia do cristianismo. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2015
A interpretação do que é como aquilo que se mostra, e, assim, do Ser como Verdade, domina o desenvolvimento do pensamento ocidental. Se consideramos a título de exemplo a filosofia da consciência surgida no século XVII, reconhecemos sem dificuldade que a consciência não é nada mais que o ato de se mostrar captado em si mesmo, a manifestação pura, a Verdade. Por seu lado, as coisas são (...) -
Luijpen (IFE:37-42) – a absoluta prioridade: espiritualismo
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 37-42
O “nada” como o ser do sujeito
A análise do que Heidegger chama o “nada” (Nichts) leva-nos à mesma conclusão.
As ciências, diz ela, ocupam-se com o Sendo e, fora disso, com mais “nada”. De um ponto de vista livremente escolhido, interrogam o Sendo; este adquire a primeira e a última palavra; exatamente por isso o homem garante seu domínio sobre o Sendo. Trata-se do (...) -
Carneiro Leão (FG1:36-39) – O Caos
11 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 36-39]
Em seu Essai sur la connaissance approché (277), Gaston Bachelard afirma peremptoriamente: “La diversité absolue d’un chaos ne pourrait recevoir l’occasion d’acune action e par conséquence d’aucune pensée! [“A diversidade absoluta de um caos não poderia receber a ocasião de nenhuma ação e, por conseguinte, de nenhum pensamento”!]
Diante de uma afirmativa tão cabal, nossa tentativa de falar do sentido grego do caos (...) -
Ortega y Gasset (MT:A2) – II Propaganda do bom-humor...
5 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroORTEGA Y GASSET, José. Meditação da Técnica. Tradução e Prólogo de Luís Washington Vita. Rio de Janeiro: Livro Íbero-Americano, 1963, p. 116-122
PROPAGANDA DEL BUEN HUMOR. — FÍSICA Y GUARDARROPÍA. — O FILÓSOFO O SONÁMBULO
português
Não creio que a polêmica suscitada pelo Dr. Herbert Dingler no semanário inglês Nature contribua para esclarecer as coisas. Inspirou-a o mau-humor. E o mau-humor é estéril. Todas as grandes épocas souberam sustentar-se sobre o abismo de miséria que é a existência, graças ao (...) -
de Castro (SEI): “logicização” – matriz logicista da informatização
20 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
A exploração tecnológica parece dizer, em um primeiro sentido, que a técnica, através seus complexos instrumentais e seus métodos, se amparou do ser do homem — e do mundo. Para Heidegger, isto é inegável, mas ainda não se (...) -
Aubry - Tratado 53 (I, 1): apresentação temática
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroO Tratado 53 foi posto por Porfírio no início das Enéadas; no entanto é o penúltimo que Plotino compôs. Pode ser surpreendente que a ordem didática vá assim ao inverso da ordem cronológica. A razão é no entanto legível desde as primeiras linhas do texto: este é com efeito tecido de reminiscências do Primeiro Alcibíades; assim como ele é regido pelo preceito "conhece-te a ti mesmo". Logos reveste a mesma função: assim como, no cursus de estudo neoplatônico, o Primeiro Alcibíades figurava de introdução à obra (...)
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Plotino - Tratado 47,2 (III, 2, 2) — O universo é uma imagem inferior do Intelecto
29 de janeiro, por Cardoso de CastroCap. 2: O universo é uma imagem inferior do Intelecto, uma mistura de matéria e de razão, onde reina uma única harmonia apesar da guerra que se lançam as partes.
Míguez
2-De ese mundo verdadero y uno obtiene su existencia este mundo nuestro que no es verdaderamente uno; que es múltiple, añadiremos, y se halla repartido en muchas partes, distantes y extrañas entre sí, en las cuales ya no reina la amistad, sino también el odio, por la misma separación e insuficiencia de cada parte que, (...) -
Carneiro Leão (FG:111-114) – Os Pré-socráticos e as Tragédias
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 111-114]
Não apenas os beócios é que não pensam. Os próprios atenienses renunciaram ao pensamento quando em Sócrates, Platão e Aristóteles a filosofia inaugurou sua avalanche histórica. Para Hegel, a filosofia é uma época concentrada em pensamentos. Para os primeiros pensadores, pensar é acordar o não pensado, acionar a inércia de pensamento de uma tradição histórica. E o que fizeram recuperando a tragédia da poesia e (...) -
Carneiro Leão (FG:109-11) – os primeiros pensadores gregos
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 109-111]
2. Não é possível pensar o pensamento dos primeiros pensadores gregos só com os recursos da ciência e da filosofia. Toda historiografia já é sempre uma filosofia da história, quer o saiba ou não. Uma investigação de pensamento, que não pretender negar-se a si mesma como pensamento, tem necessariamente de ser uma restauração da mesma empresa. “Mesma”, no entanto, não diz aqui igual. Diz idêntica nas vicissitudes de (...) -
de Castro (SEI): informatização
20 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
A apelidada “Era da Informação” assenta-se sobre o pressuposto de um processo aparentemente inexorável, qual seja, a informatização tanto da Sociedade quanto da Natureza. Ou, mais corretamente, a informatização de todas as (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:181-184) – falácia da fórmula "do mito ao logos"
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 181-184]
Não obstante a fortuna que ganhou o pensamento implícito na fórmula «Do Mito ao Logos» (como se sabe, este é o título de um célebre trabalho de Wilhelm Nestle, que o mais sucintamente designava os primórdios do processo evolutivo do pensamento europeu) [181], da mitologia para a filosofia, ainda ninguém conseguiu ver distintamente o caminho recto ou sinuoso e, portanto, traçá-lo em (...) -
Fernandes Problema Mal
29 de marçoO PROBLEMA DO MAL Uma de minhas teses, talvez a principal, é a de que o personagem conceptual chamado "O Problema do Mal", longe de poder ser adequadamente tratado por uma suposta disciplina filosófica chamada "Ética" (ou por uma Teologia - Teologia Dogmática, e menos ainda por uma Teodiceia), só poderá ser compreendido após a revisão completa do ontologia - estatuto ontológico da problemática daquilo que precisamente se vem chamando de "Ética", e que inclui, por exemplo, o problema da vinculação do (...)
Notas
- A historiografia alcança os Pré-socráticos?
- Afonso de Ligório Redenção
- Alleau Mitos
- BQT 197c-197e: Benefícios do Amor
- Eudoro de Sousa: Religião, Mitologia e Filosofia
- Fulgurações da História
- Gadamer Compreensão
- Gregorio Nissa Vias
- Naturphilosophie
- O HOMEM COMO INTERMÉDIO
- RBN III-43
- Relatos de Belzebu I-12
- Relatos de Belzebu I-16