DE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005.
Na obra de Heidegger, o pensar sobre a questão da técnica abre sentidos e desígnios, cujo entendimento pressupõe um “ser capaz” para tal. Para sustentar a “questão da informática” é preciso mais que um saber, é preciso um ser capaz de (...)
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ainigma / αἴνιγμα / enigma / charada / ainitettai / falar por enigmas / παροιμία / paroimia / provérbio
gr. αἴνιγμα, ainigma = é encontrado desde Píndaro e Ésquilo: enigma; dito obscuro; dito enigmático; imagem indireta ou indistinta; reflexo; visão nebulosa; revelação indireta ou indistinta; falar em alegorias; intimação.
gr. ainítettai = falar por enigmas; implica na vontade que o verdadeiro sentido não seja apreendido senão por iniciados, diferentemente de uma simples metáfora que ilustra uma significação. [Brisson ]
Matérias
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de Castro (SEI): o que é a informática? Primeiros passos...
18 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
XLI - Quand on entend le Tao...
25 de fevereiro de 2018, por Cardoso de CastroWaley
When the man of highest capacities hears Tao He does his best to put it into practice. When the man of middling capacity hears Tao He is in two minds about it. When the man of low capacity hears Tao He laughs loudly at it. If he did not laugh, it would not be worth the name of Tao. Therefore the proverb has it: “The way out into the light often looks dark, The way that goes ahead often looks as if it went back.” The way that is least hilly often looks as if it went up and down, The (...) -
Barbuy: Do ser e das faculdades cognitivas
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 29-39. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
A visão científico-naturalista do mundo e da vida falsifica a realidade justamente porque ignora a única realidade real, o que os gregos denominavam — dytos dy — que são as substâncias e só considera os acidentes, os quais não existem senão nas e pelas substâncias. A concepção “científica” do mundo, entendendo que a noção de substância é pura invenção do espírito, como (...) -
Platão (Fedro:237a-242b) — Primeiro discurso de Sócrates
8 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroCríticas sobre o fundo do discurso de Lysias (237a-257b) O primeiro discurso de Sócrates (237a-241d) Invocação às Musas Introdução: necessidade de uma definição Desenvolvimento o que é o amor vantagens e danos esperados para o amado da parte do amoroso quando ele ama ele é daninho para o espírito para o corpo para as possessões ele é desagradável por sua presença cotidiana pela exigência que impõe quando ele não ama mais Conclusão Intermezzo: necessidade de uma palinodia (241d-243e) Sócrates para de falar, (...)
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LXIX - Céder vaut mieux que triompher
27 de fevereiro de 2018, por Cardoso de CastroWaley
The strategists have the sayings: “When you doubt your ability to meet the enemy’s attack, Take the offensive yourself” And “If you doubt your ability to advance an inch, then retreat a foot”. This latter is what we call to march without moving, To roll the sleeve, but present no bare arm, The hand that seems to hold, yet had no weapon in it, A host that can confront, yet presents no battle-front. Now the greatest of all calamities is to attack and find no enemy. I can have no enemy only (...) -
Parmênides – Poema - Fragmento 6
16 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEUDORO DE SOUSA
6. «Eis o que se deve dizer e pensar: o ’que é’. Pois o ’que é’, é, e não-ser não é. Considera bem isto que eu te digo. Que deste caminho de inquirição (i. é: pensar o não-ser) te apartes; mas, depois, também daquele por onde erram os ignorantes mortais — os bicéfalos. Porque a inépcia é que governa, em seus peitos, o errante pensamento. E assim vão e vêm, surdos e cegos, embrutecidos, turbas de julgamento destituídas, para as quais, ser e não-ser, o mesmo é e não é, supondo que para tudo haja (...) -
Platão (Fedro:266c-274b) — A verdadeira retórica
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castrob) Aplicações (266c-274b) Avaliação da retórica tradicional descrição crítica exemplos medicina tragédia música conclusão Condições da verdadeira retórica dom natural saber parte/totalidade simplicidade/multiplicidade prática Conclusão
Nunes
A possibilidade, Fedro, de se tornar um bom atleta, apresenta-se provável e necessariamente, da mesma maneira. Se a eloquência for da tua natureza, serás um orador apreciado, com a condição de juntares a isso saber e exercício. Mas se uma dessas condições te faltar, (...) -
Borella : Le symbole
4 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExtrait de « Le mystère du signe »
Le corpus des écrits que l’Eglise désigne sous le nom de Nouveau Testament ne contient pas le mot symbolon. On y rencontre, en revanche, de nombreux termes dont la signification est voisine, voire identique. L’un d’eux, employé une fois par saint Paul, était appelé à une grande fortune, puisqu’il s’agit d’allègoria . Quant aux autres, il ne nous appartient pas de les répertorier dans une enquête consacrée au seul symbolon. Signalons seulement, à titre indicatif, les (...) -
de Castro: técnica e tecnologia
22 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSe dirigindo à Kojima Takehico nos anos 1963-1965, Heidegger escreve: ‘pela presente carta, trata-se unicamente de reconhecer o seguinte fato: que é precisamente o olhar em direção da exploração, quer dizer em direção do próprio da tecnologização do mundo, que mostra um caminho em direção ao próprio do homem, que distingue sua humanidade no sentido da reivindicação que se faz disto através do Ser’. (Milet, 2000, pág. 45; como esta, são minhas todas as traduções de livros que não tenham tradução conhecida em (...)
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anna
28 de marçoTradições da Índia Arnaud Desjardins Há nos Upanishad uma noção cuja importância não é tão fácil de compreender, e concerne principalmente ao sacrifício, à oferenda em oblação. É a de anna e annada: o alimento e o comedor de alimento. Swâmiji disse-me um dia a seguinte frase, à primeira vista surpreendente, sobre anna e annada: "Se você compreender de que você se alimenta e para que serve de alimento, compreendeu o que deve ser compreendido". E os Upanishad ensinam: "O Brahman é o que não come nada e não é (...)
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Satz Vinho
28 de marçoViolou Jesus propositalmente a Nazareno - proibição nazarena, ou antes esclareceu a chave desse tabu? Por que explica, em Mateus 26, 29: "Digo-vos: doravante não beberei mais deste fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no reino de meu Pai"? Estava, por acaso, consciente — e se o supomos cabalista não podia deixar de estar — de que na palavra "vinho", iain, se inclui o duplo yod do Criador? É tradicional ler, nas escrituras rabínicas, o Nome de Deus em forma de duplo yod - iota, (...)
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Fedro 269c-274b — A verdadeira retórica
24 de marçoSÓCRATES: - A possibilidade, Fedro, de se tornar um bom atleta, apresenta-se provável e necessariamente, da mesma maneira. Se a eloquência for da tua natureza, serás um orador apreciado, com a condição de juntares a isso saber e exercício. Mas se uma dessas condições te faltar, hás de ser um orador imperfeito. E para a arte que corresponde a essa possibilidade, não creio que será no caminho de Lísias e de Trasímaco que o seu método há de aparecer.
FEDRO: - Mas então em que caminho?
SÓCRATES: - O mais (...) -
Ortega y Gasset: A APARIÇÃO DO "OUTRO"
23 de marçoJosé Ortega y Gasset - O Homem e a Gente Trad. J. Carlos Lisboa Livro Ibero-Americano, 1960 Capítulo IV A APARIÇÃO DO "OUTRO"
IV A APARIÇÃO DO "OUTRO"
Era urgente, para mim, o fazer ver como os "algos" presentes no mundo vital, e que vão constituir os assuntos e importâncias, positivas e negativas, com que nos temos de acomodar, eram puras presenças e compresenças sensíveis, — cores, figuras, ruídos, olores, resistências, etc, — e que essa sua presença atua sobre nós em forma de sinais, indicações, (...) -
Filebo 53c-55c — Crítica da doutrina do prazer como simples processo
24 de marçoSócrates – E o seguinte? Já não ouvimos dizer que o prazer está sempre em formação, sem que nunca se possa considerar como existente? Há uns tipos habilidosos que pretendem demonstrar-nos essa teoria, aos quais nos confessamos agradecidos.
Protarco – Como assim?
Sócrates – É o que passarei a explicar-te, amigo Protarco, por meio de questões.
Protarco – Podes falar, e pergunta o que entenderes.
XXXIII – Sócrates – Há duas espécies de coisas: a que existe por si mesma e a que sempre deseja outra. (...) -
Buda Eu
29 de marçoEU "A alma é vosso maior inimigo" . "Se não tivesse seus empecilhos, quem ousaria dizer "sou eu" . O eu é a raiz, a árvore e os ramos de todos os males de nossa queda . "É impossível captar duas vezes a essência de qualquer coisa mortal.. . num único e mesmo instante ela chega e se dissipa" . Poder-se-ia multiplicar as citações deste gênero. O que menos se sabe, é que muitos naturalistas e psicólogos modernos chegaram às mesmas conclusões." O naturalista sustenta que os estados e os fatos ditos mentais (...)
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A única concepção válida da política
24 de marçoCálicles — Não sei explicar porque me parece bem o que disseste, Sócrates; porém comigo se dá como com quase toda a gente: não chegas a convencer-me.
Sócrates — O amor do povo ateniense, Cálicles, que trazes na alma, é que trabalha contra mim; mas é provável que se voltássemos a considerar o mesmo assunto mais a miúde e com profundidade, deixar-te-ias convencer. Como quer que seja, lembra-te que dissemos haver duas maneiras de cultivar o corpo e a alma: uma só tem em vista o prazer; a outra, o bem, sem (...) -
Como Proceder Tentação
28 de marçoTanquerey Tentações - CAPÍTULO V - LUTA CONTRA AS TENTAÇÕES (cont.)
III. Como proceder na peirasmos - tentação
Para triunfar das tentações e fazê-las servir ao bem espiritual da nossa alma, três coisas principais se devem observar: 1. prevenir a peirasmos - tentação; 2. combatê-la vigorosamente; 3. agradecer a Deus depois da vitória, ou levantar-se após a queda.
911. 1. Prevenir a peirasmos - tentação. Conhecemos o provérbio: Mais vale prevenir que remediar; é também o que aconselha a sabedoria cristã. (...) -
Carreira das Neves Samaritana 2
29 de marçoJesus revela-se aos discípulos (4, 27-38) No segundo bloco (vv. 27-38) entram em ação os discípulos que, entretanto, tinham ido à cidade comprar alimentos. Quando regressam "ficam admirados por ele estar a falar com uma mulher" (v. 27), pois era culturalmente proibido um homem judeu estabelecer conversa com uma mulher, a sós. O imperfeito do verbo laleiti (elalei) indica que os discípulos se aperceberam que a conversa de Jesus com a mulher fora prolongada. Perante a estranheza da situação, os (...)
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POL 262a-264b: Regras de método: divisão e especificação
24 de marçoSÓCRATES, O JOVEM — Aplicarei todos os meus esforços. A criação de homens, todavia, parece-me ser diversa da dos animais.
ESTRANGEIRO — Distinguiste com diligência e coragem. Tomaremos todo o cuidado a fim de não incidir mais uma vez em erro.
SÓCRATES, O JOVEM — Que erro?
ESTRANGEIRO — Não ponhamos de parte, isolada, uma pequena porção em face de outras maiores, sem considerar a sua espécie. Cuidemos, ao contrário, que a parte traga em si a espécie. É fácil, por certo, separar logo o objeto que se (...) -
Clemente de Alexandria Ricos
29 de marçoSOBRE A SALVAÇÃO DOS RICOS (P.G. 9, 603-652)
Os que fazem discursos elogiando os ricos devem ser tidos por aduladores, penso eu, pois afetam pagar caro o que não merece agradecimento; e além disto, por ímpios e insidiosos. Ímpios, porque a honra que se deve a Deus — o único perfeito e bom, "de quem tudo provém, por meio de quem tudo existe, para o qual tudo é — prestam-na a homens pecadores e postos sob o juízo de Deus. Insidiosos, porque agem como se já não bastassem as riquezas para desvanecer seus (...)
Notas
- ainigma
- ainigma
- BQT 174a-178a: Prólogo
- BQT 221c-222b: Sócrates não se assemelha a ninguém
- Cassiano Conferencias II-16
- Evangelho de Tomé - Logion 31
- Filebo 59d-66d — O Soberano Bem
- Hani: L’interprétation allégorique
- Kingsley: Poema de Parmênides - 6
- Meu Mundo
- paroimia
- Riffard Catarismo
- Santiago de Compostela Enigma Tradição
- Sof 260b-263d: Lugar do Não-ser no juízo e no discurso