Os dois livros seguintes ocupar-se-ão, logicamente, da preparação do filósofo. Depois de enumerar as qualidades que o recomendam para ocupar os lugares de chefia e de analisar as causas do desfavor em que geralmente é tido, principia a esboçar a maneira deformar os guardiões (502c-d), a fim de eles procurarem alcançar o saber mais elevado (megiston mathema - 505a), cujo objeto é a ideia do bem, a ideia suprema que toma inteligível o mundo.
Toda esta parte constitui o que J. E. Raven (...)
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Mito de Er / Ἤρ
Para dar a seu discurso (Rep. X) seu caráter de revelação divina, Sócrates faz apelo ao relato do mito de Er, cuja alma , se diz, reveio à terra depois de ter estado no reino dos mortos.
Matérias
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Rocha Pereira: República Livro VI
24 de março de 2022 -
Schopenhauer (MVR1:187) – vontade própria
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 187]
Jair Barboza
Espinosa afirma (Epist. 62) que, se uma pedra fosse atirada, por choque, ao ar, e tivesse consciência, pensaria voar por vontade própria. Apenas acrescento: a pedra teria razão. O choque é para ela o que para mim é o motivo. O que nela aparece como coesão, gravidade, rigidez no estado adquirido é, segundo sua essência (...) -
Plotino - Tratado 47,7 (III, 2, 7) — Não se deve culpar nem o universo nem a providência pelo mal
27 de maio de 2022, por Cardoso de CastroCap. 7: Não se deve culpar nem o universo nem a providência Cap. 7, 1-15: A perfeição do universo não iguala aquela do Intelecto Cap. 7, 15-28: As almas são responsáveis dos males que causam Cap. 7, 29-43: A providência se estende por toda parte e não deve-se culpar seu produto
Míguez
7-Comprendamos en primer lugar que el bien que buscamos en este mundo se halla en un ser mezclado de mal. No le exijamos, pues, que sea tan grande como el bien que se encuentra en el ser sin mezcla, ni (...) -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado (...) -
LIV - Bâtir sur le désintéressement
26 de fevereiro de 2018, por Cardoso de CastroWaley
What Tao plants cannot be plucked, What Tao clasps, cannot slip. By its virtue alone can one generation after another carry on the ancestrial sacrifice. Apply it to yourself and by its power you will be freed from dross. Apply it to your household and your household shall thereby have abundance. Apply it to the village, and the village will be made secure. Apply it to the kingdom, and the kingdom shall thereby be made to flourish. Apply it to an empire, and the empire shall thereby (...) -
VAN DER LEEUW: Fenômeno e Fenomenologia
25 de fevereiro de 2020, por Cardoso de CastroVAN DER LEEUW, G. Religion in Essence and Manifestation. Volume Two. Translated by J. E. Turner with Appendices to the Torchbook edition incorporating the additions of the second German edition by Hans H. Fenner. New York: Hapre & Row, 1963, p. 683-689
Original
1. PHENOMENOLOGY is the systematic discussion of what appears. Religion, however, is an ultimate experience that evades our observation, a revelation which in its very essence is, and remains, concealed. But how shall I (...) -
Platão - A República - Livro X (614a-621d) — Descida aos infernos: o mito de Er
7 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro3 Recompensas da justiça após a morte: Mito de Er o Pamphyliano (mito da escolha do destino) (614a até o fim) Er, morto em uma batalha, retorna à vida e relata o que viu no além. As almas, julgadas, e punidas ou recompensadas na proporção de sua conduta sobre a terra. Estrutura do mundo Antes de renascer à vida mortal, as almas devem, em uma ordem fortuita, escolher o gênero de vida ao qual elas serão em seguida ligadas necessariamente: "cada um é responsável de sua escolha, o deus está (...)
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Schopenhauer (MVR2:277-279) – vontade e intelecto
16 de abril de 2021, por Cardoso de CastroSCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Segundo Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015, p. 277-279
Jair Barboza
Portanto, quando se diz de uma pessoa: “ela tem um bom coração, mas uma cabeça ruim”; de uma outra, entretanto: “ela tem uma cabeça muito boa, mas um coração ruim”; todos sentem que, no primeiro caso, o louvor em muito ultrapassa a censura; no segundo, o contrário. Correspondendo a isso vemos que, quando alguém pratica uma má ação, seus (...) -
Henri Plard (Silesius) – Connaissance et amour
11 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroHenri Plard, La mystique d’Angelus Silesius. Aubier, 1943
Tant de passion inquiète, tant d’érudition savante n’ont pas alourdi le Pèlerin chérubînique, ni troublé la pureté froide et cristalline qui, dans ses plus beaux vers, fait son charme intellectuel extrême. Böhme a lutté toute son existence contre des connaissances mal assimilées et des doutes encore douloureux, et ses livres, de forme confuse, donnent l’impression d’un chaos fécond; les épigrammes de Silesius n’ont rien gardé de (...) -
Nietzsche (GC:§373) – O preconceito “científico”
14 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroNIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tr. Alfredo Margarido. Lisboa: Guimarães Editores, 2000, § 373 (ebook)
português
373 — O preconceito “científico” — As leis da hierarquia proíbem aos sábios que pertencem à classe intelectual média distinguir os grandes problemas, os verdadeiros pontos de interrogação; nem a sua coragem nem a sua vista podem, de resto, ir assim muito longe; é preciso dizer sobretudo isto: que a necessidade que os leva às pesquisas, a ambição, o desejo íntimo que (...) -
Schopenhauer (MVR1:58-61) – A vida é sonho
18 de abril de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 58-61]
Jair Barboza
A questão acerca da realidade do mundo exterior, tal qual a consideramos até agora, sempre se originou de um engano da razão consigo mesma, alçado à confusão geral, de modo que a questão só podia ser respondida mediante o esclarecimento de seu conteúdo. Após o exame da essência inteira do princípio de razão, da relação entre sujeito (...) -
Nietzsche (GM:13) – o agente
9 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroNietzsche, F.. A Genealogia da Moral. Tr. Paulo César Lima de Souza. Belo Horizonte: Companhia das Letras, 1998 (ebook)
Lima de Souza
13. — Mas voltemos atrás: o problema da outra origem do “bom”, do bom como concebido pelo homem do ressentimento, exige sua conclusão. — Que as ovelhas tenham rancor às grandes aves de rapina não surpreende: mas não é motivo para censurar às aves de rapina o fato de pegarem as ovelhinhas. E se as ovelhas dizem entre si: “essas aves de rapina são más; e (...) -
Schopenhauer (MVR1:138-141) – Razão Prática
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 138-141]
Jair Barboza
Após as considerações sobre a razão enquanto faculdade especial e exclusiva do homem, e sobre aqueles fenômenos e realizações próprios da natureza humana, falta ainda falar da razão na medida em que conduz a ação das pessoas, portanto, podendo nesse aspecto ser denominada PRÁTICA. Porém, o que aqui será mencionado (...) -
Platão - A República (estrutura segundo Annas)
17 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEstrutura-resumo baseada no livro ANNAS, Julia. Introduction à la "République" de Platon. Paris: PUF, 1994, p. 451-466
PREÂMBULO
PREÂMBULO (LIVRO I): CRÍTICA DAS IDEIAS ADMITIDAS SOBRE A JUSTIÇA Introdução: Sócrates e Céfalo (I, 327a-331d) Sócrates na festa de Bendidios Conversação com o velho Céfalo sobre os incômodos da velhice O bem supremo que busca a fortuna é de não ser tentado a ser desonesto Mas (primeira opinião sobre a justiça, Céfalo): a justiça consiste em "dizer a (...) -
Nietzsche (ABM:§§204-206) – o cientista é um plebeu do espírito
6 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. Tr. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, §§204-206]
português
204. Correndo o risco de que também aqui o moralizar se revele o que sempre foi — um impávido montrer ses plaies [mostrar suas chagas], como diz Balzac —, ousarei me opor a uma imprópria e funesta inversão hierárquica que, de modo totalmente despercebido e como que de consciência tranquila, ameaça hoje estabelecer-se (...) -
Marquet : L’histoire de Dieu (1809-1827)
2 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExtrait du chapitre sur Schelling du livre « La philosophie allemande », dir. Dominique Folscheid’’
Cette révolution va s’opérer, en 1809, avec les Recherches philosophiques sur la liberté humaine et les problèmes qui s’y rattachent. De toutes les ouvres de Schelling, c’est celle qui, au XXe siècle, sera la plus lue, la plus traduite et la plus commentée (notamment par Heidegger). Cette faveur peut étonner, s’agissant d’un écrit relativement mal composé et souvent peu original (...) -
Schürmann (Eckhart:341-367) – Identité pérégrinale (Maître Eckhart et Heidegger).
13 de outubro de 2010, por Cardoso de CastroReiner Schürmann, Maître Eckhart ou la joie errante. Denoël, 1972
Die Gelassenheit zu den Dingen und die Offenheit fur das Geheimnis gehören zusammen.
Die Gelassenheit z den Dingen und dieu Offenheit fur das Geheimnis geben uns den Ausblick auf eine neue Bodenständigkeit.
Die Gelassenheit zu den Dingen und die Offenheit fur das Geheimnis fallen uns niemals von selber zu. Sie sind nichts Zu-fälliges. Beide gedeihen nur aus einem unablässigen herzhaften Denken.
Wenn die Gelassenheit (...) -
Míguez: Tratado 3 (III,1) — Sobre o destino
8 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro1. Plotino, el destino y la providencia.
Los tres primeros tratados que reúne la Enéada tercera tienen indudable relación entre sí, aunque para la temática plotiniana el segundo y el tercero presenten una unidad más sólida, que viene confirmada enteramente por su misma sucesión cronológica. El tema del destino, que aparece como pórtico de esta Enéada, entra de lleno en la preocupación filosófica y religiosa de Plotino y nos pone en contacto, a la vez, con las doctrinas más en boga en su (...) -
XXVIII - Qui se connaît fort et agit clément
22 de fevereiro de 2018, por Cardoso de CastroWaley
“He who knows the males, yet cleaves to what is female Because like a ravine, receiving all things under heaven,” And being such a ravine He knows all the time a power that he never calls upon in vain. This is returning to the state of infancy. He who knows the white, (yet cleaves to the black Becomes the standard by which all things are tested; And being such a standard He has all the time a power that never errs, He returns to the Limitless. He who knows glory,) yet cleaves to (...) -
XLV - La vie retirée du Sage rectifie tout
25 de fevereiro de 2018, por Cardoso de CastroWaley
What is most perfect seems to have something missing; Yet its use is unimpaired. What is most full seems empty; Yet its use will never fail. What is most straight seems crooked; The greatest skill seems like clumsiness, The greatest eloquence like stuttering. Movement overcomes cold; But staying still overcomes heat. So he by his limpid calm Puts right everything under heaven.
Wieger
A. Accompli, sous des dehors imparfaits, et donnant sans s’user. Rempli, sans le paraître, et (...)