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mysterion / mystagogeo / myesis / memyemenos / mysteria / κρύπτω / krypto / ἀποκρύπτω / apokrypto / ἀπόκρυφος / apócrifo / apócrifos / sentido oculto / vertente oculta / acepção oculta / perspectiva ouclta / exegese oculta / Cristo oculto / manifesto e oculto / oculto e manifesto / encoberto / arcano / arcanus / ἀρκέω / μύστης / mystes / o iniciado / el iniciado / μυστικός / mystikos / místico / misticismo / kouros / xamã / shaman
Da raiz grega "mus" = silêncio, "fechar a boca". Mistério do grego mysterion que significa etimologicamente fechar os olhos ou a boca. Designa originalmente um segredo ou uma realidade a se manter secreta. Refere-se então a práticas e ritos de certas religiões antigas, reservados aos iniciados, os Mistérios.
«El iniciado entra en las fauces de Agnisomau [v. Agni ]; que en el día de ayuno les ofrezca una víctima, esto es una redención de sí mismo» (Kausitaki Brahmana X.3). Similarmente, Satapatha Brahmana III.3.4.21 y III.6.3.19, donde «el iniciado es la oblación ofrecida a los dioses» ([...]), es decir, su alimento, y debe redimirse a sí mismo de Soma, es decir, del lazo (ídem, 20) o de la maldición de Varuna (III.3.2.2), pues Soma era Varunya —en otras palabras, de las fauces de Muerte dentro de las cuales el sacrificador sería tragado en cada etapa del sacrificio si no se redimiera a sí mismo de uno u otro modo. El sacrificio de Soma es un «rito misterioso» (gambhiram adhvaram, Satapatha Brahmana III.9.4.5 adhvara, literalmente «no-una-matanza», lo cual alude sin duda a la naturaleza del sacrificio, en el que la víctima es matada pero revivificada, y el sacrificador moriría si no fuera redimido). «Tales, ciertamente, son las espesuras y barrancos del sacrificio ([...])... y si alguien entra en ellos ignorantemente, entonces el hambre y la sed, los malhechores y los demonios le acosan, pero si entran Comprehensores, pasan de una tarea a otra, como de una corriente a otra, de un refugio a otro, y obtienen la bienaventuranza, el mundo del Céus - cielo » (Satapatha Brahmana XII.2.3.12); «las vías entre el cielo y la tierra son peligrosas» (Satapatha Brahmana II.3.4.37); «el sacrificio es como filo de navaja, y (el que sacrifica) deviene rápidamente santo o perece» ([...], Taittiriya Samhita II.5.5.6). [AKCMeta :Nota]
Segundo Christophe Andruzac, os mistérios não estando proporcionados à inteligência humana, os homens participando a esta fecundidade não poderão senão «crer» em suas estruturas específicas — quer dizer aí aderir do interior, aí aderir experimentalmente aceitando de não poder penetrá-las intelectualmente; esta «fé», se existe, é um enriquecimento vital se exprimindo intelectualmente por modo de pobreza .
- No sentido mais imediato, (...) o mistério é aquilo do qual não se deve falar, aquilo que se deve guardar silêncio, ou o que é interdito ser dado a conhecer a outros.
- "O segundo sentido da palavra ‘mistério’ (...) designa aquilo que se deve receber em silêncio, aquilo que não se deve discutir".
- "Enfim, há um terceiro sentido, o mais profundo de todos, segundo o qual o mistério é propriamente inexprimível, que só se pode contemplá-lo em silêncio".
Se o arcano é superior ao segredo, o mistério é superior ao arcano. O mistério é mais do que um "fermento " estimulante. Ele é um acontecimento espiritual comparável ao nascimento ou à morte física , é a mudança total da motivação espiritual e psíquica ou do plano da consciência.
Matérias
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Asín Palacios (EMDC) – Lenda da Viagem Noturna
28 de março de 2022, por Cardoso de Castro
A LENDA DA VIAGEM NOTURNA E ASCENSÃO DE MAOMÉ, COTEJADA COM A «DIVINA COMÉDIA»
I. Gênese da lenda 1. Seu gérmen alcorânico 2. Evolução deste gérmen em três ciclos de redações diversas
II. Ciclo primeiro: lendas da viagem noturna ou «isra» 1. Caráter comum às duas redações deste ciclo 2. Redacción A. Su análisis 3. Su cotejo con la Divina Comedia. Coincidencia en las líneas generales 4. ídem en pormenores descriptivos 5. Redacción B. Su análisis 6. Su cotejo con la Divina Comedia. Analogías generales 7. Wem en (...)
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MFS Deus
29 de março de 2022
DEUS (Do gr. theos, o que vê). A palavra tomou a significação de princípio de explicação de todas as coisas, da entidade superior, imanente ou transcendente ao mundo (cosmos), ou princípio ou fim, ou princípio e fim, ser simplicíssimo, potentíssimo, único ou não, pessoal ou impessoal, consciente ou inconsciente, fonte e origem de tudo, venerado, adorado, respeitado, amado nas religiões e nas diversas crenças. Deste modo, em toda a parte onde está o homem, em seu pensamento e em suas especulações, a ideia (...)
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Kingsley (DPW:87-92) – Apolo
6 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Apolo era conectado não somente com a noite mas com as cavernas e lugares escuros, com o submundo e a morte. Agora é tão fácil assumir que Apolo e o Sol são ambos questão de resplendor e luz. Mas, isto é esquecer onde o Sol está mais em casa: na escuridão do submundo. E é também não alcançar o que estas proposições sobre o Sol e Apolo realmente afirmam.
As tradições ligando Apolo com incubação e cavernas e lugares escuros, nada tem com o Apolo que costumamos conhecer.
Hoje em dia Apolo é considerado a (...)
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Evelyn Underhill – Misticismo
1º de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Construímos este resumo a partir do índice analítico do livro e o utilizaremos para aditar anotações traduzidas da obra.
O FATO MÍSTICO
I Ponto de partida O tipo místico Sua persistência A busca da verdade pelo homem Os místicos reivindicam te-la alcançado As fundações da experiência O Si Suas sensações Seus conceitos O mundo sensível Seu caráter irreal Filosofia Suas teorias clássicas da realidade O naturalismo Seus fracassos O idealismo Suas limitações Ceticismo filosófico O fim lógico (...)
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Corbin (CETC:54-57) – O retiro de Zaratustra
18 de dezembro de 2022, por Cardoso de Castro
CORBIN, Henry. Corps Spirituel et Terre Céleste. De l’Iran mazdéen à l’Iran shî’ite. Paris: Buchet/Chastel, 1979, p. 54-57 (inglês)
En los dos casos que acabamos de analizar vemos que la intención y el esfuerzo del alma tienden a configurar y a realizar la Tierra celeste, para permitir así la epifanía de los seres de luz. Se trata de alcanzar la Tierra de las visiones, in medio mundi, allí donde los acontecimientos reales consisten en las propias visiones. Y éstos son precisamente los acontecimientos (...)
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Daniélou : La mystique du baptême
31 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Excerto da primeira edição de "Platonisme et théologie mystique"
Nous avons vu que l’expression la plus courante dont use Grégoire pour désigner l’entrée dans la vie spirituelle est, sous diverses formes, celle de « séparation » d’avec le mal ou d’avec l’erreur. L’apostasis, l’allotriosis, l’anakoresis, la démarche est toujours la même. C’est elle qui est figurée dans les premières lignes de la Vie de Moïse par la mise à mort des filles des Hébreux, figure de la vie sensuelle. A lire ce passage, on est (...)
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Duval (HZ:197-201) – Linguagem
25 de setembro de 2022, por Cardoso de Castro
Escutemos a processão da Linguagem no desdobramento afirmativo de si da Panrealidade universal, processão e afirmação onde põe em obra o Tácito.
Ecoutons la procession de la Langue dans le déploiement affirmatif de soi de la Panréalité universelle, procession et affirmation où se met en oeuvre le Tacite.
Corps de Shiva : corps oeuvré par la provenance fulgurante de la Vie universelle qui donne forme en le rythme encore muet de son alchimie anonyme.
Corps de Shiva : corps oeuvré par l’affleurement (...)
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Burkert Mistérios
28 de março de 2022
Excertos de Antigos Cultos de Mistério
As iniciações constituem um fenômeno muito conhecido, frequentemente discutido pelos antropólogos. Elas se encontram numa ampla variedade de contextos, desde as mais primitivas tribos australianas até as universidades americanas. Existem muitas formas diferentes de iniciação, incluindo os ritos de puberdade, a consagração de sacerdotes ou reis e a admissão em sociedades secretas. De um ponto de vista sociológico, a iniciação em geral tem sido definida como uma (...)
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Kingsley (DPW:93-96) – A Deusa que acolhe Parmênides
6 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Mais do que no caso de quaisquer outras divindades, era normal não dar um nome aos deuses ou deusas do submundo. Então o silêncio foi deliberado. Qualquer risco de confusão era aceito como parte do mistério; a ambiguidade era inevitável.
Ele [Parmênides] não diz quem ela é.
Logo no início de seu poema, ele descreve como foi levado no “caminho da divindade”, e quando você lê o original grego há apenas uma dica de que a divindade é feminina – apenas uma mínima sugestão, isto é tudo. Seria difícil até (...)
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Reymond: La Divine Shakti
30 de março de 2018, por Cardoso de Castro
La Shakti est le mystère des mystères. C’est ainsi qu’on devrait y penser. Elle est le Centre unique, le « vide » de toutes les religions. Tous les avatars, incarnations, prophètes, initiés, libérés-vivants ont bu à cette source et y boivent constamment. Ils ont connu ou connaissent l’identification, l’unicité et nous font partager — quand ils reviennent — ce qu’ils peuvent exprimer de leur félicité. Leur récit, leur enseignement ne varient guère, bien que leurs disciples, après avoir analysé ces « (...)
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Dermenghem (Joseph de Maistre) – l’ésotérisme
6 de dezembro de 2008, por Cardoso de Castro
L’idée d’ésotérisme. — Explication allégorique des Ecritures. — La parole vivante et l’écriture morte. — Symbolisme. — Théurgie et Magie. — Les voies mystiques. Dangers des voies mentale et expérimentale ; illusions du plan astral. — La Révélation primitive. — La Science Antique. — La tradition ésotérique. — Les mystères antiques et les initiations modernes. —Rôle libérateur de la révélation chrétienne.
Da mihi intellectum, et scrutabor legem tuam. Psaume CXVIII.
Mysterium quod absconditum fuit a sæculis et (...)
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La théologie sacramentaire d’Origène (I)
17 de junho de 2013, por Cardoso de Castro
Origène : Par Jean Daniélou
Extrait du "CHAPITRE III - LA THÉOLOGIE SACRAMENTAIRE D’ORIGÈNE"
Dans le texte de l’Homélie sur les Nombres où il énumérait quelques-uns des rites qui font partie de la paradosis non écrite, après la prière vers l’orient et la prière à genoux, Origène citait « les paroles, les gestes, les rites, les interrogations qui ont lieu au baptême — et les rites eucharistiques » (cf. Com. Rom., V, 8). La doctrine d’Origène sur les sacrements est l’un des aspects les plus difficiles et les (...)
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Chittick (SPL:19-23) – a forma e o sentido
1º de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
O mundo então é forma, ou coleção de uma miríade de formas. Por sua própria natureza, cada forma exibe seu próprio significado, que é sua realidade com Deus. É tarefa do homem não ser enganado pela forma. Ele deve entender que a forma não existe por si mesma, mas manifesta um significado acima e além de si mesma.
tradução (português)
Rumi não tem nada além de pena e desdém por aqueles que olham para o mundo ao redor e dentro de si e não entendem que o que estão vendo é um véu sobre a realidade. O mundo é (...)
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Cruz Hernández: Ibn Arabi - Vida Espiritual
29 de março de 2022, por Cardoso de Castro
4. El pensamiento «espiritual» de Ibn Arabi
La profunda transformación que sobre los viejos moldes conceptuales neoplatónicos ha operado Ibn Arabi y en los que ha sabido trasvasar los frutos de una espiritualidad, que — sin dejar de ser por su origen, desarrollo y contenido, rigurosamente musulmana — ha recibido también un legado espiritual de raíz y sentido cristianos, va a manifestarse de un modo excepcional en su doctrina espiritual y en especial en la de la iluminación. Su punto de partida (...)
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Borella : Le symbole
4 de agosto de 2014, por Cardoso de Castro
Extrait de « Le mystère du signe »
Le corpus des écrits que l’Eglise désigne sous le nom de Nouveau Testament ne contient pas le mot symbolon. On y rencontre, en revanche, de nombreux termes dont la signification est voisine, voire identique. L’un d’eux, employé une fois par saint Paul, était appelé à une grande fortune, puisqu’il s’agit d’allègoria . Quant aux autres, il ne nous appartient pas de les répertorier dans une enquête consacrée au seul symbolon. Signalons seulement, à titre indicatif, les (...)
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Hutin (Meyrink) – Le visage vert
20 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
Extrait de « Le visage vert », par Gustav Meyrink. Préface et glossaire de Serge Hutin. Trad. A.D. Sampieri. La Colombe, 1964.
COMME Le Golem, cet autre chef-d’œuvre de Gustav Meyrink, Le Visage Vert se présente à nous comme un roman fantastique, envoûtant, oppressant. Au lieu de se passer dans l’ancien Ghetto de Prague, l’action se déroule cette fois dans les quartiers pittoresques du vieil Amsterdam ; mais nous retrouvons la même atmosphère louche, inquiétante, douloureuse aussi, avec les mêmes (...)
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Parmênides – Poema - Proêmio
7 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Algumas traduções do início do Poema de Parmênides
EUDORO DE SOUSA
1. As éguas que me tiram tão longe quanto o desejo alcance, escoltavam-me, guiando elas, quando me enviaramc puseram na via no celebrado caminho da divindade o caminho que a divindade percorre, que por (sobre) todas as cidades conduz o homem vidente (sapiente). Por ele me conduziam, por ele me levaram os habilíssimos corcéis, tirando o carro, e donzelas à frente iam mostrando o caminho. O eixo, deflagrando nos cubos, despedia o (...)
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Rahner: LE MYSTÈRE CHRÉTIEN ET LES MYSTÈRES PAÏENS (III)
10 de novembro de 2008, por Cardoso de Castro
Extrait de Hugo Rahner, Mythes grecs et mystère chrétien. Payot, 1954
PREMIÈRE PARTIE MYSTERION
CHAPITRE PREMIER
LE MYSTÈRE CHRÉTIEN ET LES MYSTÈRES PAÏENS
III
Si nous recherchons un mot d’empreinte grecque qui permette d’exprimer brièvement et profondément le profond problème des rapports entre mystère antique et chrétien, j’aimerais utiliser, en en détournant le sens, la Tessera christologique du concile de Chalcédoine : asygkytos kai adiairetos « sans mélange, mais sans séparation ». Il s’agit (...)
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Parmênides – Poema - Fragmento 2
7 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Parmênides foi conduzido ao submundo, pelo caminho da morte, e da deusa que o acolhe recebe a mensagem a ser trazida a respeito de dois caminhos. Caminhos estes já reconhecidos pela antiga iniciação dos seguidores de Apolo: um caminho que conduz à vida real, à verdade (aletheia) e outro que conduz ao esquecimento (lethe) e morte, a se sucumbir no silêncio da não-existência. [KingsleyR]
EUDORO DE SOUSA
2. «Pois bem; vou dizer — e tu acolhe as minhas palavras depois de as escutar — quais são os (...)
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Parmênides – Poema - Fragmento 5
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
...para mim é comum donde eu comece...
EUDORO DE SOUSA
5. «Igual (indiferente) é para mim o por onde quer que eu comece; pois lá hei-de sempre voltar.»
CARNEIRO LEÃO .......................para mim é comum donde eu comece; pois aí de novo chegarei de volta.
GREDOS XII «Común es para mí aquello desde donde comienzo; pues allí volveré nuevamente».
BARBARA CASSIN
Comum me é aí de onde parto; pois aí retornarei de (...)