DE LIBERA, Alain. Arqueologia do Sujeito. Nascimento do Sujeito. Tr. Fátima Conceição Murad. São Paulo: Fap-Unifesp, 2013, p. 34-36
Se não tivesse havido o-cogito-de-Descartes, sem dúvida jamais teria havido o-cogito-de-Agostinho. Mas, mais ainda, se não tivesse havido, aumentando a mira, esse objeto trans-histórico: “o”-cogito-EM-Descartes, ninguém jamais teria se interessado em “o” procurar, e naturalmente em “o” encontrar em estado nascente nesse outro: “o”-cogito-EM-Agostinho. Procurar o (...)
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onta / ὄντα / ὄν / ón / ónta / εἶναι / είναι / einai / ser / existir / ente / me on / μή ὄν / mê on / não-ser / nihil / nihilum
gr. ón, ónta (pl.) ou εἶναι, είναι, einai: ser, seres. Dupla significação: a) o ser singular, o existente; b) o ato de ser, o fato de ser; e daí: o ser em geral, tomado abstratamente; que pode vir a ser, em Platão: o Ser em si, a Essência do Ser, Realidade inteligível.
gr. μή ὄν, mê on: não-ser. Latim: nihil, nihilum. Termo inaugurado por Parmênides e depois confrontado por Górgias, Platão e Aristóteles com a noção de ser, ón (v. essa palavra). Também se encontra ouk ón.
Matérias
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De Libera (AS:34-36) – o sujeito "cartesiano"
24 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 48,1 (III, 3, 1) — As razões são o ato de uma alma total
20 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 1, 1-6: As razões são o ato de uma alma total e as partes das razões são o ato de almas parciais; a razão universal contém as coisas más e as coisas boas.
Cap 1,7 a cap 2: Tudo pertence a uma só e mesma ordem universal.
Míguez
1- ¿Qué hemos de pensar, por tanto, de estas cosas? Afirmaremos que la razón universal lo comprende todo, tanto los males como los bienes, pues unos y otros son partes de ella. Y no porque la razón los produzca, sino porque los tiene consigo. Las razones son el acto de un (...) -
Realidade
28 de marçoBÍBLIA Paul Nothomb: Excertos de ÇA OU L’HISTOIRE DE LA POMME RACONTÉE AUX ADULTES
Se a Criação na Bíblia é a obra de Deus, Adão aí contribui ou a completa, em a existência - fazendo existir. Temos um exemplo chocante no relato quando do episódio da denominação dos animais. É dito que Deus "concebeu" "retirado da adama", como no caso de Adão, salvo que desta vez não é questão de afar ("Pó") que caracteriza o Homem Um, e múltiplo todos os animal - animais dos campos e os pássaro - pássaros do céu, para ver (...) -
Patocka (EHPH:24-27) – a "abertura"
15 de março, por Cardoso de CastroPATOCKA, Jan. Heretical essays in the philosophy of history. Tr. Erazim Kohäk. Chicago: Open Court, 1996, p. 5-8
PATOCKA, Jan. Essais hérétiques sur la philosophie de l’histoire. Tr. Erika Abrams. Préface de Paul Ricœur. Postface par Roman Jakobson. Paris: Verdier, 1990, p. 24-27
Erazim Kohäk
Heidegger took over and recast the Husserlian idea of the need to pose the problem as one of the manifestations of that which manifests itself and of the structure of that being to which it manifests (...) -
Sloterdijk (RPH) – o humano
30 de janeiro, por Cardoso de CastroPeter Sloterdijk, «REGRAS DO PARQUE HUMANO»
Se há um fundamento filosófico para se falar da dignidade do ser humano, então é porque justamente o homem é chamado pelo próprio ser e - como Heidegger enquanto filósofo pastoral gosta de dizer - escolhido para sua guarda. Por isso os homens possuem a linguagem; mas a finalidade precípua dessa posse, segundo Heidegger, não é apenas entender-se e domesticar-se mutuamente nesses entendimentos.
A linguagem é antes a casa do ser; ao morar nela o homem existe (...) -
Fernandes (SH:286-293) – ser - bem - valor
17 de março, por Cardoso de CastroFERNANDES, Sérgio L. de C.. Ser Humano. Um ensaio em antropologia filosófica. Rio de Janeiro: Editora Mukharajj, 2005, p. 286-291
A antiga noção de axios (valioso) foi chamada, no início do século passado, a compor, com a antiga noção de logos, a palavra “axiologia”, para designar, a exemplo da composição de logos com episteme (epistemologia), o estudo filosófico dos valores em geral, em substituição à Werttheorie, até então usada para valores econômicos. A essa altura, seria excusado dizer que teria (...) -
Barbuy: ser unívoco e ser análogo I
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 46-53. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
Intuir na realidade o que a realidade é, qual é a sua estrutura, o seu — ontos ón — é o mesmo que buscar o ser da realidade. Mas este ser, como se apresenta? Heráclito, afirmando a perpétua mudança, o fluir incessante de todas as cousas do mundo incerto e transitório, tinha negado os princípios primeiros da Inteligência, afirmando do ser ao mesmo tempo que é e não (...) -
Izutsu Mundo Manifestação
28 de março, por Cardoso de CastroTexto integral em El auto conocimiento del hombre O AUTOCONHECIMENTO DO HOMEM Mundo Manifestação do Absoluto El conocimiento de que el mundo de la creación no es sino una manifestación de lo Absoluto corresponde a la segunda fase, que Ibn Arabi describe de la siguiente manera: Tras el primer estadio viene el segundo, en que la experiencia de la «revelación» nos hacer tomar consciencia de que lo Absoluto en sí (y no el mundo) es el indicador de sí mismo y no de su ser Dios (para el mundo). (También (...)
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Bouillet: Traité 32 (V, 5) - LES INTELLIGIBLES NE SONT PAS HORS DE L INTELLIGENCE DU BIEN.
19 de janeiro, por Cardoso de Castro(I-II) L’intelligence véritable doit être infaillible et posséder la certitude. Pour cela, il faut qu’elle soit identique aux intelligibles afin de tirer sa science de son propre fonds. Si elle l’empruntait à autrui, elle n’aurait pas le droit de croire que les choses sont telles qu’elle les conçoit ; elle ressemblerait aux sens qui nous représentent les objets extérieurs, mais n’atteignent pas ces objets eux-mêmes: elle n’aurait que des connaissances incertaines et accidentelles, et elle manquerait de (...)
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Husserl (IFP1:114-116) – O ser absoluto da consciência
24 de março de 2018, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 114-116
Por outro lado, com tudo isso não está dito que tem de haver um mundo, que tem de haver alguma coisa. A existência de um mundo é o correlato de certas diversidades empíricas que se destacam por certas configurações eidéticas. Não há, porém, evidência de que as experiências atuais só possam transcorrer nessas (...) -
Plotino - Tratado 11,1 (V, 2, 1) — Como todas as coisas vêm do Uno?
16 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Como todas as coisas vêm do Uno, se ele é absolutamente simples e que ele permanece sempre nele mesmo? 1-3. O Uno é todas as coisas e nenhuma delas 3-13. O Uno engendra o Intelecto por sua superabundância; o Intelecto, se voltando para seu princípio, dele é determinado, e se torna assim Intelecto e ser. 13-21. Do mesmo modo, por sua potência, O Intelecto produz a Alma; a Alma por sua vez produz uma imagem dela mesma que corresponde as funções inferiores. 21-28. A produção das realidades (...)
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Varela: SOBRE EL SER COGNITIVO NO UNITARIO
21 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroCon el fin de que el ser no unitario cobre significado desde nuestra tradición y nuestra perspectiva (occidental), se antoja necesario dirigirse a la ciencia cognitiva moderna; sin embargo, no hemos de quedarnos en una sola de las tendencias de la ciencia cognitiva, porque incluso las perspectivas más conservadoras de la misma, como la computacional, niegan la existencia de un ser unitario sólido y centralizado.
El computacionalismo de la ciencia cognitiva abraza la idea de que el ser o el (...) -
Foucault (PC) – o fim do homem no brilho do ser da linguagem
4 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de FOUCAULT, Michel. As Palavras e as Coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Tr. Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (epub)
português
Em nossos dias, e ainda aí Nietzsche indica de longe o ponto de inflexão, não é tanto a ausência ou a morte de Deus que é afirmada, mas sim o fim do homem (este tênue, este imperceptível desnível, este recuo na forma da identidade que fazem com que a finitude do homem se tenha tornado o seu fim); descobre-se então que a morte de Deus (...) -
Francis Bacon – o ser humano
1º de novembro de 2021, por Cardoso de CastroDe dignitate et augmentis scientiarum, lib. IV, cap. I
De Sapientia Veterum, XXVI: Prometheus
De dignitate et augmentis scientiarum, lib. IV, cap. I
A ciência do homem tem duas partes, pois o considera ou isolado ou congregado e em sociedade. A uma, chamo filosofia da humanidade; a outra, filosofia civil. A filosofia da humanidade compõe-se de partes semelhantes àquelas de que se compõe o homem; isto é, de conhecimentos referentes ao corpo e de conhecimentos que se referem à alma. Mas antes (...) -
Tatakis: L’homme selon Maxime
25 de setembro de 2007, por Cardoso de CastroExtrait de « Histoire de la Philosophie », Fascicule supplémentaire - La Philosophie Byzantine, de Basile Tatakis
Avant de saisir le rythme mystique dans l’univers, Maxime le sentit au dedans de l’homme. Ses idées sur l’âme constituent, en effet, le point central de sa pensée ; la nature qu’il lui confère, conduit, d’une part, à une certaine théorie de la connaissance, à l’intuition, à l’élévation de l’homme jusqu’à Dieu, à la déification et même jusqu’aux interprétations allégoriques et mystiques de (...) -
Plotino - Tratado 26,6 (III, 6, 6) — Refutação da tese estoica segundo a qual o ser é corporal
28 de janeiro, por Cardoso de Castro1-7: Anúncio dos capítulos que seguem: e qual sentido a matéria é impensável? 7-11: É preciso refutar o sentido comum (e os estoicos) que se enganam sobre a natureza do ser 11-14: O ser real é a totalidade a qual nada falta; ele é a causa do que aparece. 14-23: O ser vive e pensa; toda adição seria para ele a adjunção de um não-ser 23-32: A vida e o intelecto não podem destacar-se do que é inferior ao ser. O ser não é portanto um corpo 33-41: Objeção de um auditor "materialista": como pensar que a terra e (...)
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Plotino - Tratado 50,5 (III, 5, 5) — O Eros do Banquete não deve ser interpretado como o mundo sensível
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 5: O Eros do Banquete não deve ser interpretado como o mundo sensível linhas 1-4: O Banquete coloca a questão da natureza dos demônios em geral, e de Eros em particular linhas 5-21: Dificuldades às quais conduz a interpretação do Eros do Banquete como designando o mundo sensível: contradição interna em Platão, contradição lógica, expressões forçadas
Míguez
5- Pero, ¿cuál es la naturaleza del demonio y, en general, de los demonios de que se habla en el Banquete? ¿Y cuál es, no sólo la naturaleza de los (...) -
Lavelle: O Eu reconhece a Presença do Ser
7 de maio de 2008, por Cardoso de CastroLAVELLE, Louis. A Presença Total. Tr. Américo Pereira. Covilhã: Universidade da Beira interior, 2008.
LAVELLE, Louis. La Présence totale. Paris: Fernand Aubier, aux Éditions Montaigne, 2e édition, 1934
1. O Eu reconhece a Presença do Ser
I Le moi reconnaît la présence de l’être.
Américo Pereira
Há uma experiência inicial que é implicada em todas as outras e que dá a cada uma delas a sua gravidade e a sua profundidade: é a experiência da presença do ser. Reconhecer esta presença, é reconhecer ao (...) -
Plotino - Tratado 28,17 (IV, 4, 17) — A questão da sucessão das razões na alma: mais a alma é submetida a um princípio único, melhor ela é
5 de maio, por Cardoso de CastroCap 15 a 17: Dificuldades relativas à alma e à temporalidade Cap 15: A questão da temporalidade: as almas não estão no tempo Cap 16: A questão da sucessão: ela existe nos produtos da alma, mas não nela Cap 17: A questão da sucessão das razões na alma: mais a alma é submetida a um princípio único, melhor ela é
Míguez
17. Pero, ¿cómo no se dan en nosotros los pensamientos y las ideas del mismo modo que se dan en el alma universal? ¿Por qué en nosotros esa sucesión en el tiempo y esa serie de (...) -
Plotino - Tratado 23,1 (VI, 5, 1) — Temos todos a noção de um deus que está por toda parte presente
18 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 1: Temos todos a noção de um deus que está por toda parte presente e idêntico em cada uma; o bem e o Ser pertencem a cada ser enquanto ele é um ser
Míguez
1. Dícese que lo que es uno e idéntico en cuanto al número y que se da a la vez y por entero en todas las cosas, constituye una noción común. Por otra parte, todos los hombres son llevados a afirmar de manera natural que el dios que se encuentra en cada uno de nosotros es un solo y mismo ser. Si no se les preguntase cómo lo ven ellos (...)
Notas
- A QUESTÃO "O QUE É O ENTE?" (TI TO ON)
- aletheia
- Aristóteles: Ética a Nicômaco
- Avicena Modos do Ser
- Borella Serafim da Alma
- Brisson & Pradeau (Enéada I, 6) – movimento (kinesis)
- Brisson & Pradeau (Enéada I, 6) – o belo (kalon) e o bem (agathon)
- Brisson & Pradeau (Enéada IV, 7) – causa sui
- Brun: Parmênides — Fragmento III
- Brun: Parmênides — O Ser e o Não-Ser
- Buzzi Ser
- Cadeia do Ser
- Caeiro (EN:9) – horizonte do ético em Aristóteles
- Caeiro: physei onta
- Centro Ser Total
- Coomaraswamy Aletheia
- Coomaraswamy Pensamento Ser
- Coomaraswamy Tempo Eternidade
- de Castro: campo
- Deus Ser Metafísica