Míguez
9- Pero la providencia no debe ser considerada así hasta el punto de que nosotros no seamos nada. Porque si la providencia lo fuese todo y ella misma fuese sola, ninguna cosa tendría que hacer. ¿De qué debería, en efecto, preocuparse? Porque entonces sólo existiría el ser divino. Mas ahora, si decimos que existe ese ser, no es menos cierto que su acción se dirige a otro ser y no para destruirlo; y así se acerca a algún ser, como por ejemplo el hombre, para conservarle lo que es (...)
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zoe / ζωή / zôê / ζόα / zoa / ζωά / zoa / ζάω / zao / ζῷον / zoon / ζῳδιακός / zodiakos / βίος / bíos / βιόω / bióu / biou / βίοτος / bíotos / βιοτεύω / bioteúo / vita / viver / teleia zoe / vida perfeita
gr. ζωή, zôê, βίος, bíos: vida. Um ser vivo é um corpo animado. É a presença de uma alma em um corpo que define o vivente. Todas as coisas sensíveis dotadas de uma alma e de um corpo são portanto viventes, desde os vegetais até o mundo em seu conjunto. (Luc Brisson ). Outros termos: bíos, bioteúo, bioté, bíotos, bióu.
teleia zoe: Expressão designa a "vida perfeita", e se repete várias vezes nos tratados de Plotino para designar o que é o Intelecto divino ou o ser principial. Trata-se da retomada da associação estabelecida por Platão no Sofista entre a vida, o pensamento e o ser. Plotino associa este texto àquele do Timeu onde Platão define o mundo como um vivente "perfeito" que imita o inteligível.
Karl Renz
How to live life or to be lived by life in the best possible way?
There is no such thing as “living life”. What is living what?
How to live a pure life?
What is a pure life? A pure life is the dirtiest idea I know because if you speak of a pure life there is an impure life as well. So the very idea of a pure life is stained. There is nobody who lives life or is lived by life. Who wants to know? Who needs to know what Life is? Who wants to control it? “Me”! Starting from what? Starting from the existential crisis of a “me”, a spirit, a phantom. A phantom wants to know Life and to become himself the Living.
The beauty of Life is that it cannot be known or controlled by a phantom or by anything. This little “me”, this idea, wants to control Life, but thanks God, Life cannot be controlled by anyone, known or unknown. Again whatever we can know or understand only relates to this relative life and has no meaning for the Life that you are. [RenzCGT ]
Michel Henry
Le philosophe Michel Henry définit la vie d’un point de vue phénoménologique comme ce qui possède la faculté et le pouvoir « de se sentir et de s’éprouver soi-même en tout point de son être ». Pour lui, la vie est essentiellement force subjective et affectivité, elle consiste en une pure expérience subjective de soi qui oscille en permanence entre la souffrance et la joie.
O’Meara
Segundo O’Meara (1995, p. 16), com relação às várias funções vitais específicas, Plotino segue a lista de funções dada por Aristóteles em De Anima, uma lista que ajuda a tornar concreto o que é significado por "vida": viver é ser capaz de uma ou mais das funções de nutrição, crescimento, reprodução, locomoção, percepção dos sentidos, imaginação, memória, pensamento. Na visão de Plotino pode se ver que a alma, como a causa responsável por estas funções particulares, não pode ser corpo. Por exemplo, "Como lembramos e como reconhecemos aqueles próximos a nós se nossas almas nunca permanecem as mesmas?" (Enéada IV, 7 , 5). Ou seja, como posso ter uma identidade que persiste através do tempo se minha alma é um corpo e todo corpo está em fluxo perpétuo? E quando percebo algo, percebo como um percebedor, e não como uma multitude de diferentes partes que percebem. O poder para perceber age tanto como uma unidade quanto como presente através das diferentes partes do corpo. Mas um corpo não pode estar em diferentes lugares e não perder sua unidade. Portanto a alma como a faculdade de percepção não pode ser um corpo (Enéada IV, 7, 6).
Luc Brisson
Segundo Brisson & Pradeau (2002 p.127), a posse por si mesmo da vida (ou da existência) é a definição mesma da alma (Plotino segue então o Fedro 245c-246a). Ela pode parecer desconcertante, na medida que a alma é engendrada ou produzida pelo Intelecto que deveria por este fato ser designado como sua causa e como o que lhe dá a vida. Mas nada disto é assim: é uma particularidade maior da doutrina plotiniana supor que cada realidade que possui a existência, ela mesma se a dá. Mais exatamente, isto que é engendrado por um princípio (aqui, a alma que engendra o Intelecto) não é determinado enquanto não se tenha voltado para o seu princípio. É este voltar-se que determina sua existência e lhe dá uma realidade. E eis aí porque, cada realidade, quando mesmo ela seja produzida por seu princípio, pode ser dita causa de si, causa de sua existência ou, como aqui, possuindo por ela mesma a existência.
Roberto Pla
Os termos "morrer" e "viver", estar morto e ser Vivente, se utilizam comumente no Novo Testamento e provavelmente também no Antigo em muitos casos, com um sentido "oculto" que podemos denominar "espiritual" e que dá como consequência, em geral, uma significação inversa ao que se entende desde o ponto de vista habitual. Afortunadamente, este sentido "oculto" que interpreta "viver", Vivente, por ter vida eterna e "morrer", estar morto, por figurar inscrito na vida temporal, mortal, foi bem entendido de maneira "manifesta" e isto nos exime agora de tentar qualquer trabalho exegético sobre isto.
Vivo, Vivente, é sempre o Filho do Homem, o homem pneumático, posto que tem vida eterna na participação com o Pai. Daí que todo o que ouve a Palavra e a guarda recebe o fruto da Vida eterna e não voltará a saborear a morte (Mt 16,28; Jo 5,24; 8,51), (com toda a carga de transfiguração da consciência — de identificação com o que em um mesmo é eterno — que isto significa). Por isso diz Jesus: "O que crê em mim, embora morra viverá, e todo o que vive e crê em mim, não morrerá jamais" (Jo 11, 25-26)... passou da morte à vida (Jo 5,24). (breve 6750)