Míguez
8. Quedan así resueltas las dificultades que se habían planteado. Y tampoco constituye una dificultad la simpatía existente entre las almas, porque es claro que las almas simpatizan entre sí por derivar todas ellas de una misma alma, de la cual proviene también el alma del universo.
Se ha dicho, en efecto, que hay un alma única y muchas otras almas. Se ha afirmado igualmente que hay virtual diferencia entre las partes y el todo, y se ha hablado, en general, de la diferencia que (…)
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trias / τριάς / τριάδος / triados / trigonon / τρίτα / trita / Triada / Τριάδα / Trindade / trika / três princípios
gr. τριάς, triás: tríade, estrutura triádica. Um dos aspectos mais característicos do platonismo tardio é a presença de uma estrutura triádica nas suas hipóstases.
Silburn
O Xivaísmo é chamado Trika porque distingue três planos da realidade: Shiva, Shakti, indivíduo. Estes planos correspondem a três níveis de experiência sobre cada um dos quais predomina uma energia: o puro Sujeito conhecedor, todo por inteiro em seu ato de vontade, o conhecimento onde reina naturalmente a energia cognitiva, enfim o nível do objeto conhecido, onde se exerce a atividade.
A aparição dessas três energias divinas em uma rápida sucessão corresponde aos três momentos da manifestação diferenciada do universo e cobre todo o campo da experiência humana:
Nada aparece que não repouse na tripla energia consciente se exprimindo por: eu quero, eu sei, eu faço » escreveu Abhinavagupta (H.A. p. 13).
Mas os dois primeiros momentos são tão sutis que escapam ao homem ordinário que ignora o processo, pois vive no único nível da objetividade e da dualidade. O místico, ao contrário, volta ao momento inicial, à tomada de consciência do abalo original, esse da incitação divina, e se esforça de aí se manter tomando uma firme consciência de sua essência. (tr. Antonio Carneiro , de excerto de SILBURN , Lilian. HERMÈS I. 1981, p. 145)
Jacob Boehme
Para Boehme , a manifestação divina divide-se, basicamente, em três Princípios, em três Mundos, que em si mesmos e em suas funções, são bons (cf. A Tripla Vida do Homem, 4:15). O primeiro é o Princípio ou Mundo das Trevas e da Cólera; o segundo, o da Luz e do Amor; o terceiro, o material, criado após a queda de Lúcifer, no qual a Luz e as Trevas, o Amor e a Cólera combatem-se. Os dois primeiros são eternos, o terceiro tem um tempo delimitado. É interessante, aqui, a semelhança entre esses três Princípios e os três deuses primordiais da Teogonía de Hesíodo : Caos (Trevas e Cólera), Eros (Luz e Amor) e Gea (Terra, o princípio material). [BoehmeSD:48, Mieckwicz]