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proairesis / proaíresis / prohairesis / προαίρεσις / escolha / arbítrio / αυτεξούσιον / liberum arbitrium
gr. προαίρεσις, proaíresis (he): livre escolha, escolha deliberada. Latim: liberum arbitrium. Faculdade de escolher livremente. Composto de aírein, pegar, e da preposição pró, adiante. Aristóteles observa que essa faculdade é mais elevada e específica do que a simples vontade (boulesis ). É exercida sobretudo na ordem moral (Et. Mc , III, II, 1-2).
"A liberdade no homem não é o livre arbítrio: pois o livre arbítrio é a escolha entre o bem e o mal, entre a liberdade e a escravidão. Enquanto o homem tem a escolha entre o bem e o mal (no estado de inocência primeira ou no estado de graça restituída no tempo) que se denomina livre arbítrio, ainda não tem a liberdade (atual), posto que esta liberdade não pode existir a não ser depois de ter escolhido. Assim a liberdade atual (assim como a escravidão) só existe no momento que o livre arbítrio cessa. Pois a liberdade (a escravidão) só pode existir com vontade, e a deliberação que supõe o exercício do livre arbítrio (a vontade formada ou a resolução voluntária) não admite ainda a vontade. O homem não tem necessidade de querer agir, quer dizer de vontade e de força, a não ser quando ele escolheu aquilo ao qual quer aplicar uma ou outra" (Bonald, Teoria do poder político, II, 393). "Deus desfruta portanto da liberdade mais perfeita, mas não tem o livre arbítrio", etc., e mais adiante o mesmo autor diz: : "Deus influencia sobre a escolha do homem". O termo influência designa aqui um poder constitutivo ao qual o homem não pode opor qualquer ação direta, mas o dito poder deixa a princípio a esta ação direta toda a liberdade. — A escolha se manifesta precisamente no fato que se permite uma influência (abre-se a ela) ou que se recusa ela. — É preciso em seguida distinguir entre vontade indeterminada (ainda não definitivamente constituída) e vontade livre; e a possibilidade de redenção é a possibilidade de uma dissolução (dissolubilitas) da vontade má já determinada. O homem que se abre à influência "a" subordina a esta uma outra influência "b", e é em seguida "a" que o libera de "b", não é ele que se libera. [BaaderFG I §4]
Antes de prosseguir, porém, é preciso procurar resolver uma grande dificuldade , que pode surgir dos fundamentos que acima estabelecemos. Dissemos que a noção de uma substância individual encerra de uma vez para todas o que possa ocorrer-lhe, e que considerando esta noção se pode ver tudo o que se poderá enunciar dela com verdade, como podemos ver na natureza do círculo todas as propriedades que se podem dela deduzir. Mas parece que com isto anular-se-á a diferença entre as verdades contingentes e necessárias; que a liberdade humana não terá mais lugar algum, e que uma fatalidade absoluta dominará em todas nossas ações como em todo o resto dos acontecimentos do mundo. Ao que respondo que se deve distinguir entre o que é certo e o que é necessário: todo o mundo está de acordo em que os futuros contingentes são seguros, visto que Deus os prevê, mas não se reconhece por isso que sejam necessários. (...) Demos um exemplo: visto que Júlio César chegará a ser ditador perpétuo e dono da república e suprimirá a liberdade dos romanos, esta ação está compreendida em sua noção, pois supomos que a natureza de tal noção perfeita de um sujeito é compreendê-lo todo, a fim de que o predicado esteja incluído nela, ut possit inesse subjecto. Poder-se-ia dizer que não tem que cometer essa ação em virtude dessa noção ou ideia, visto que só lhe convém porque Deus o sabe tudo. Mas se insistirá em que sua natureza ou forma corresponde a essa noção, e visto que Deus lhe impôs esse personagem, desde esse momento lhe é necessário satisfazer a ele. (...) E o momento, pois, de ter que aplicar a distinção das conexões, e digo que o que acontece de conformidade com estas antecipações é seguro, mas não necessário, e se alguém fizesse o contrário não faria nada impossível em si mesmo , embora seja impossível (ex hypothesi) que isto aconteça. Pois se algum homem fosse capaz de concluir toda a demonstração, em virtude da qual poderia provar essa conexão do sujeito que é César e do predicado que é sua empresa feliz, faria ver, com efeito, que a futura ditadura de César tem seu fundamento em sua noção ou natureza, que se vê nesta uma razão de por que resolveu passar o Rubicão em vez de deter-se nele, e por que ganhou e não perdeu a jornada de Farsália, e que era razoável e por conseguinte seguro que isto ocorresse; mas não que seja necessário em si mesmo nem que o contrário implique contradição. Analogamente a como é razoável e seguro que Deus fará sempre o melhor, embora o menos perfeito não implique (contradição). Pois Se daria conta que esta demonstração desse predicado de César não é tão absoluta como as dos números da geometria , mas que supõe a sucessão das coisas que Deus escolhe livremente, e que está fundada no primeiro decreto livre de Deus, que estabelece fazer sempre o que é mais perfeito, e no decreto que Deus deu (continuando o primeiro) a respeito da natureza humana, que é que o homem fará sempre (embora livremente) o que lhe pareça melhor. (Discours de métaphysique, 13.)
A palavra "arbítrio", em relação ao homem, pode ser entendida de diferentes maneiras . Pelágio afirmava que um ser humano é capaz de escolher entre o bem e o mal a qualquer momento, em qualquer circunstância da vida. Para Pelágio, o "arbítrio" representava o poder de escolha, imparcial e neutro. Agostinho descreve nossa vontade como algo já condicionado por acontecimentos anteriores. Em De Civitate Dei , ele escreve: "Mas não se subentende que nada deva ser deixado ao nosso livre-arbítrio, porque Deus conhece a ordem certa e estabelecida de todas as causas (porque nossa própria vontade encontra-se nessa ordem de causas, que Deus conhece muito bem já de antemão), já que a vontade humana e a causa (imediata) de todas as ações humanas. [Excertos da tradução em português de José Antoino Ceschin do livro de Joan O’Grady, «HERESY: HERETICAL TRUTH OR ORTHODOX ERROR? A STUDY OF EARLY CHRISTIAN HERESIES»]
Matérias
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Nisargadatta (S:I-4) – o destino é como um filme
9 de setembro de 2022, por Cardoso de Castro
Considere a projeção de um filme de cinema. O personagem na tela pode fazer outra coisa além do que foi impresso no filme? Não ! É o mesmo para você. Você tem a impressão de que pode fazer uma escolha, mas essa escolha e as razões para essa escolha já estão no filme.
tradução
V.: Você já nos falou sobre o destino que é como um filme, um negativo impresso no momento da concepção e que contém o desenrolar de todos os acontecimentos de nossa vida. Se cada um tem seu filme, se todas as nossas vidas são (...)
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Coomaraswamy (AKCcivi:86-89) – Destino, antecipação e livre arbítrio
13 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro
Não podemos dizer que nenhum fato ocorreu de modo separado de uma possibilidade logicamente antecedente e realmente iminente da ocorrência desse fato; nesse sentido, cada novo indivíduo é o prenúncio de uma potencialidade pré-natal que morre como tal logo à primeira concepção da criatura, e depois disso vai morrendo pela vida à medida que os diversos aspectos dessa potencialidade vão sendo reduzidos à ação, coerentemente com uma vontade em parte consciente e em parte inconsciente que procura sempre se (...)
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Wei Wu Wei (OS:3) – a vontade-inferência
28 de agosto de 2022, por Cardoso de Castro
... a «volição» é somente uma inferência, pois, buscando tanto quanto se queira, não se encontra um entidade para exercitá-la. Tudo que encontramos é um impulso que parece ser uma expressão da noção de "eu". [Wei Wu Wei]
tradução
I
O mecanismo da vida parece estar baseado na noção de que o que os seres sencientes fazem é devido a um ato de volição da parte de cada tal objeto fenomenal.
É óbvio, entretanto, que reagem ao invés de agirem, e que sua vida está condicionada pelo instinto, hábito, moda e (...)
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Coomaraswamy: Livre Arbítrio
28 de julho de 2022, por Cardoso de Castro
Así pues, nosotros estamos a merced de nuestra propia volición característica: cuando se da rienda suelta a los poderes sensitivos, siempre que nosotros estamos haciendo lo que nos gusta o pensando volitivamente, y en la medida en que todo nuestro comportamiento —bien sea bueno o malo— es sin principios, nosotros no somos agentes libres, sino sujetos pasivos de lo que se llama acertadamente nuestras «pasiones». Esta es la única doctrina ortodoxa, a saber, que el hombre como es en sí mismo, «este (...)
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Aristóteles (EN:III,2) – decisão (proairesis, escolha)
10 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
2. Escolha distinta do voluntário: o objeto da escolha é o resultado de deliberação prévia.
Caeiro
Definidas que estão as ações voluntárias e involuntárias, [1111b4] segue-se agora a discussão acerca da decisão [proairesis, escolha]. A decisão é, na verdade, 5 [70] o que de mais próprio concerne a excelência e é melhor do que as próprias ações no que respeita a avaliação dos caracteres Humanos.
A decisão parece, pois, ser voluntária. Decidir e agir voluntariamente não é, contudo, a mesma coisa, pois, a ação (...)
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Gregorio de Nissa Eternidade Tempo
29 de março de 2022
Excertos da tese de Maria Cândida da Costa Reis Monteiro Pacheco, S. Gregório de Nissa - Criação e Tempo Eternidade e tempo (a eternidade como plenitude de ser - criatura e temporalidade - o conceito de diastema)
Quando tentamos entender o pensamento de S. Gregório de Nissa sobre a temática da criação, o homem definiu-se, a partir de raízes cósmicas, como ser complexo, na unidade corpo-espírito, preparado por uma evolução lenta e gradual e destinado a uma missão de divinizador. À medida que os temas se (...)
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Plotino - Tratado 7,1 (V, 4, 1) — Do Uno, que é o Primeiro, nasce algo
16 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 1: Do Uno, que é o Primeiro, nasce algo 1-23. Se há algo depois de Primeiro, é preciso que este Primeiro seja Uno, simples e perfeito. 23-41. Se o Uno é perfeito, deve necessariamente produzir algo.
Míguez
1. Si existen seres después del Primero, es necesario, que provengan inmediatamente de El, o que se reduzcan a El por medio de otros seres intermedios y que ocupen el segundo y el tercer rango, el segundo con referencia al primero y el tercero con referencia al segundo. Porque (...)
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Eckhart – Sermão 28 - Ego elegi vos de mundo.
29 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Jeanne Ancelet-Hustache - Excertos do resumo que encabeça sua tradução
Os desenvolvimentos sobre o amor são muito próximo daqueles do Sermão 27: o amor não tem porque, deve ser absolutamente desinteressado, o amor do próximo como o amor de Deus. Eckhart trata de cegueira e de loucura a visão que temos sobre o que abandonamos por Deus.
"Aquele que ama a justiça, a justiça dele não se preocupa, é tomado pela justiça e é a justiça". Eckhart desenvolveu um pensamento análogo no Livro da Consolação Divina: (...)
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Sorabji (PC2:95-96) – problemas do mal
22 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro
Como pode haver mal em um mundo sob a Providência?
|Como pode haver mal em um mundo providencial? Platão, como tantas vezes, colocou o problema, sem legar aos seus comentadores nenhuma solução. Em três lugares, ele insiste que Deus não é responsável (anaitios) pelo mal, Timeu 42D; República 2, 379C; República 10, 617E. Na última passagem, ele exonera Deus de causar o pecado pelo dispositivo de deixar as almas escolherem sua próxima encarnação. Quanto à responsabilidade por outras imperfeições que não (...)
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Plotino - Tratado 52,15 (II, 3, 15) — A alma superior faz escolhas antes de vir no universo
2 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
15. A alma superior faz escolhas antes de vir no universo e ela aí vem com uma natureza e tendências próprias que os astros não podem fundamentalmente mudar.
Míguez
15. Platón, antes de referirse al movimiento del huso, concede la debida importancia a la suerte elegida por nosotros; y a continuación, habla de la suerte atribuible al huso, que concurre enteramente con aquélla. También el demonio colabora en su cumplimiento. Entonces, nos preguntamos: ¿qué papel corresponde al huso? Su suerte, (...)
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Alexandre de Afrodísias (AD:C13) – por nossa conta
8 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
The Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A Sourcebook. Vol. 1: Psychology
tradução
(1) Alexandre de Afrodísias On Fate 15, 185,7-11
Confiar no argumento de que "se nas mesmas circunstâncias alguém age agora desta maneira e agora de outra, moção sem uma causa é introduzida" e, por esta razão, dizer que ninguém pode fazer o oposto do que fará – não pode isto também ser um descuido como os já mencionados?
(2) Alexandre de Afrodísias On Fate 10, 176,21-2
Pois as causas do advir dos opostos (...)
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Plotino - Tratado 26,4 (III, 6, 4) — O que é a potência passiva (pathetikon)?
27 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 4: O que é a potência passiva (pathetikon)? 1-6: Anúncio da questão 6-17: Todas as paixões não vêm de uma opinião, mas se acompanham de opinião 17-30: Análise do medo e de suas manifestações corporais 31-41: Introdução da noção de Forma (eidos): o poder vegetativo onde se enraíza o desejo é uma forma impassível 41-52: Comparação entre a relação da alma ao corpo e aquele da harmonia das cordas de um instrumento de música
Baracat
4. Devemos investigar a chamada parte afectiva da alma. De certo modo, já (...)
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Plotino - Tratado 39,9 (VI, 8, 9) — Sequência da refutação do advir acidental do Bem
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 9: Sequência da refutação do advir acidental do Bem 1-10: O princípio de todas as coisas não poderia advir por acaso sem ser uma realidade deficiente 10-17: O Bem é único; ele é superior à necessidade em sendo o que devia ser 17-23: Imagem da aparição do rei 23-35: Raciocínio a fortiori: o advento acidental do ser inteligível é impossível; por conseguinte o Bem, princípio do ser, pode ainda menos advir acidentalmente 36-49: Dizer do Bem que ele é "assim" implica a determiná-lo.
Míguez
9. Si se (...)
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Plotino - Tratado 39,10 (VI, 8, 10) — Sequência da refutação do advir acidental do Bem
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 10: Sequência da refutação do advir acidental do Bem 1-21: Raciocínio pela causalidade: como o que é causa do Intelecto, da razão e da ordem poderia existir por acaso? 21-25: Retomada da objeção: o Bem se existe de maneira necessária não poder ser livre e mestre de sua própria realidade 25-38: Resposta: a superabundância de poder do Bem o torna superior a toda necessidade.
Míguez
10. Convendría preguntar al que dice que el Bien es como es por accidente: ¿y cómo juzgaría, si los hubiese, que (...)
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bouleusis
24 de março de 2022
boúleusis: deliberação ver proairesis. [Termos Filosóficos Gregos, F. E. Peters] boulé (he) / boule / βουλευτόν: deliberação. Marca da liberdade de escolha (proaíresis) que preside a ação virtuosa (Aristóteles, Et. Nic, III, III). Política: o Conselho da Polis (que delibera) (id. Pol., VI, III, IV.VIII). [Gobry] Βουλή era a assembleia deliberativa, a sede de deliberação. Βουλευσις é o acto de aconselhamento e deliberação qua nomen actionis. A deliberação é um processo e é, assim, o que serve de base fundamental a (...)
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Plotino - Tratado 39,12 (VI, 8, 12) — Experiência da liberdade em nós
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Transição: Da experiência individual da liberdade à liberdade do Bem
Capítulo 12: Retomada da argumentação partindo da experiência da liberdade em nós. 1-3: Protesto do interlocutor: ele "não está nada persuadido" pelo que acaba de ser dito 3-17: Retomada da argumentação ao nível de nossa alma: podemos fazer a experiência de nossa própria liberdade 17-31: Como desde então recusar a liberdade ao princípio que nos torna livres? 31-37: Explicação: como se formou a noção de "mestre de si".
Míguez
12. Pero (...)
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Plotino - Tratado 39,13 (VI, 8, 13) — Início do discurso positivo a respeito do Bem
19 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Terceira parte: O discurso positivo sobre a liberdade do Bem
Capítulo 13: Início do discurso positivo a respeito do Bem 1-5: Advertência: As expressões que vão doravante ser empregadas não tem outra finalidade que persuadir 5-11: Há total identidade entre o ato do Bem e sua realidade: ele não age portanto sendo submisso a sua natureza 11-40: Cada ser se deseja ele mesmo desejando o Bem; também o Bem deve a fortiori se querer ele mesmo 41-47: O Bem é a única realidade a encontrar absolutamente (...)
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Alexandre de Afrodísias (AD:C13) – aquilo que depende de nós
7 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
The Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A Sourcebook. Vol. 1: Psychology
García Valverde
13. Y siendo así este asunto, ni siquiera hacen el amago de mostrar que es preservado por parte de quienes dicen que todo sucede por el destino (saben, efectivamente, que pondrían sobre sí una tarea imposible); pero, tal como en el caso de la fortuna ellos intentan inducir a quienes los escuchan a creer que salvan el acaecer fortuito de algunas cosas sosteniendo un cierto significado 10 distinto (...)
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Eliasson – a noção daquilo que depende de nós
8 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
ELIASSON, Erik. The Notion of That Which Depends On Us in Plotinus and Its Background. Leiden: Brill, 2008
tradução
Este livro é uma investigação da noção de Plotinus de ἐφ’ ᾐμῖν (eph hemin), sua noção de "aquilo-que-depende-de-nós". No grego antigo, essa terminologia ocorre em muitas formas diferentes de ἐπί + dativus personae, traduzidas de forma variável como variantes de ’aquilo-que-depende-de-nós’, ’aquilo que está ao nosso alcance’ ou ’aquilo que cabe a nós’, ou mesmo ’responsabilidade’ ou ’liberdade’. (...)
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kinoun
24 de março de 2022
kinoún: motor, agente, causa eficiente
1. O problema de um agente externo ou arche para o movimento não o é para os primeiros physikoi, dado que no seu ponto de vista vitalístico a kinesis era inerente às coisas (ver kinesis 1). Mas uma vez que Parmênides negara que a kinesis fosse um atributo do verdadeiro ser, o fenômeno óbvio do movimento no mundo físico tinha de ser explicado pelo recurso a um motor externo que daria, pelo menos, o ímpeto inicial para a kinesis.
2. A primeira tentativa neste (...)