Intermezzo: necessidade de uma palinodia (241d-243e) Sócrates para de falar, quer partir o sinal divino o impede disto necessidade de uma expiação a falta de Sócrates impiedade estupidez a palinodia aquela de Stesichore aquela de Sócrates O segundo discurso de Sócrates (243e-257b) Introdução Desenvolvimento: elogio da loucura mantikos telestikos poietikos eros 1. o que é a alma imortalidade forma estrutura da alma viagens da alma antes da encarnação no céu além do céu a queda encarnação 2. o que é o (...)
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palingenesia / παλιγγενεσία / metempsychose / μετεμψύχωση / μετενσωματοῦσθαι / palin / πάλιν / renovação
gr. παλιγγενεσία, palingenesía: palingenesia, renascimento, transmigração das almas; (gr. μετεμψύχωση, metempsychosis é uma palavra muito tardia). Que Pitágoras sustentou tal doutrina é assegurado pelo seu contemporâneo Xenófanes (frg. 7), e há o posterior e mais duvidoso testemunho (D. L. VIII, 4-5) de que ele recordou quatro das suas próprias reencarnações anteriores. Que a qualidade das reencarnações está ligada a uma escala ética é óbvio pelo orfismo e por Empédocles (frg. 115, 117, 127, 146, 147). Platão ouviu falar desta doutrina (Ménon 81a), e no Fédon 70c-72e incorpora-a nas suas provas da imortalidade da alma e, num contexto mais órfico, no Fedro 249a e no Tim. 42b-c, onde os renascimentos sucessivos estão ligados à pureza moral. A sua apresentação mais elaborada encontra-se no «mito de Er» na Rep. 614b-621b. Para a noção errada de Heródoto quanto às suas origens, ver Hist. II, 123.
gr. μετεμψύχωση, metempsychôsis: transmigração das almas ver palingenesia. [Termos Filosóficos Gregos, F . E. Peters ]
gr. palin = poder permanente de renovação.
Matérias
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Platão (Fedro:242b-259d) — Segundo discurso de Sócrates
8 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado mais vezes por (...) -
Gusdorf (OH): As Origens da Hermenêutica
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroA hermenêutica, o trabalho de interpretação é a arte e a técnica da leitura. Textos e documentos não oferecem um acesso direto ao sentido. Não se lê em transparência como se vê uma pedra na água do riacho. Um texto deve ser interpretado. O texto antigo é obscurecido pelas sedimentações dos séculos e o distanciamento das mentalidades. para manter viva a memória d a humanidade, é preciso regenerar o espírito da letra, despertar o sentido dentre os mortos.
Na tradição do Ocidente, a obra de compreensão nasceu (...) -
Plotino - Tratado 53,12 (I, 1, 12) — Isso que somos e isso que somos responsáveis (3)
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro(§12) Retorno sobre o problema da impecabilidade da alma separada. O problema do julgamento dos mortos [thanatos] A estátua de Glauco O problema da descida da alma [kathodos, katabasis] Hércules [Herakles] ou a dualidade [dyas]
traduzindo MacKenna
12. Mas se a Alma é sem pecado, como podem haver expiações? Aqui certamente há uma contradição; por um lado a Alma está acima de toda culpa; por outro, ouvimos de seu pecado, sua purificação, sua expiação; está condenada ao mundo inferior, passa de corpo (...) -
Pessoa: Philosopho Hermetico I
1º de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExcertos de «ROSEA CRUZ
«E a Gnose», perguntou ele, «o que sabem os senhores do que foi realmente a Gnose? Tratam-na ainda, e a tratarão sempre, como uma seita religiosa, um movimento herético. Há, é verdade, quem se lembre de a considerar como uma sobrevivência de qualquer cousa anterior ao Cristianismo. A ideia é justa, muito justa, mas como é errado, ao mesmo tempo!»
«Assim como na vida há dois lados — o lado pelo qual ela é exterior, luz, vida pratica, logar do senso comum, da ciência, da arte, da (...) -
aisthesis (pré-socráticos)
24 de março6. A referência a Parmênides é, evidentemente, à segunda parte do seu poema «A Via da Aparência» (ver on, episteme). Sabemos que Parmênides tinha pouco respeito epistemológico pela aisthesis (cf. fr. 7), e não está de modo algum esclarecido que as teorias apresentadas na «Via da Aparência» sejam de fato suas. Mas o que ressalta do resumo de Teofrasto (De sens. 3-4) é que «Parmênides» sustentou que a sensação e o pensar (phronesis) eram idênticos (fosse o que fosse que ele possa ter acreditado o certo é que o (...)
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Rocha Pereira: Fontes do Mito de Er
24 de marçoAs fontes de uma parte do mito de Er são identificáveis.
Podemos ter algumas dúvidas quanto às que se têm encontrado para certos motivos, como os duplos chasmata que conduzem do céu à terra, a ida e vinda e saudações das almas, que figuram de modo semelhante em mitos iranianos do Avesta; e como as cores dos contrapesos do fuso, que correspondem aproximadamente aos símbolos dos planetas, do Sol e da Lua entre os sacerdotes caldaicos . Mas teremos de reconhecer, por outro lado, que há certa relação (...) -
kathodos
24 de marçokáthodos: descida, queda (da alma)
1. As origens da figura da queda ou afastamento da alma da sua residência natural e imortal são religiosas, como surge da sua primeira ocorrência entre os filósofos nas Purificações de Empédocles (frg. 115; pode, em certa medida, ter sido sustentada também por Heráclito; ver frgs. 62, 68; Platão, Górgias 492e-493b; Plotino, Enéadas IV, 8, 1) onde o afastamento é resultado de um crime primitivo (derramamento de sangue ou comer carne humana; frgs. 136, 137, 139) cometido (...) -
Platão: eidos
24 de março6. A origem da teoria deve ser procurada mais na fonte. Sócrates estivera interessado em definir qualidades éticas (ver Metafísica 987b), provavelmente como reação contra o relativismo sofistico (ver nomos), e há razão para acreditar que os eide platônicos eram versões hipostasiadas precisamente dessas definições (logoi; ver Fédon 99e, Metafísica 987b, e comparar a conexão com a predicação, infra). De fato, nos «Diálogos Socráticos» pode ver-se o próprio Sócrates movendo-se em tal direção (ver Lísias 219d, (...)
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Plotino - Tratado 22,16 (VI, 4, 16) — Explicação do vocabulário empregado por Platão no decreto de Adrasteu
29 de março, por Cardoso de CastroChap. 16. Explication du vocabulaire employé par Platon dans le décret d’Adrastée (Phèdre 248c-249b). [Richard Dufour]
Igal
16. Mas, si esa naturaleza de que hablamos no se vuelve mala y es tal como decimos su manera de penetrar y de permanecer en el cuerpo, ¿cómo entender el descenso y el ascenso periódico de las almas? ¿Cómo considerar las sanciones y las migraciones a los cuerpos de otros animales? Tales son las enseñanzas que hemos recibido de los filósofos antiguos, los mejores tratadistas (...) -
pathos
24 de marçopathos: acontecimento, experiência, sofrimento, emoção, atributo
1. A história da palavra pathos está obscurecida por uma multiplicidade de conotações. A sua acepção mais geral significa «algo que acontece», quer em referência ao próprio evento (assim Heródoto V, 4; Sófocles, O. T., 732) quer à pessoa afetada (assim Platão, Fedão 96a: «as minhas experiências»), o último tipo de uso consideravelmente alargado em sentidos éticos, como, por exemplo, no «sofrimento instrutivo» dos trágicos (ver Esquilo, Aga. 177). (...) -
Riffard Spiritus
28 de marçoEtimologia: "spiritus, us, masculino. Sopro (de ar), vento; flatuosidade, exalação, emanação; odor; ar, atmosfera; sopro (de expiração), alento, respiração; ... sopro vital, vida; gemido, suspiro; silvar (de uma serpente); espírito, sentimentos, coração..." (H. Goelzer, 1928). Em quase todas as línguas do mundo "espírito" vem de "sopro"; assim de ru’ah em hebreu, pneuma em grego, atman - atman em sânscrito.
Mas o problema é: a que se opõe "espírito": à "vida", "matéria", "alma"...? em que estrutura se (...) -
Coomaraswamy Sopros
28 de marçoEn la angelología Védica (devavidyá), las Inteligencias que son los constituyentes de nuestra personalidad psíquica, y de los que hemos hablado principalmente como «seres-elementales», se llaman por muchos otros nombres; por consiguiente, nosotros los consideramos como «Soplos» (Prana), «Glorias» (sriyah), «Fuegos» (agnayah), Facultades (indriyani), Veedores o Profetas (rsayah), «Tempestades» o «Vientos» (marutah), y como Dioses o ángeles (Devas - devah, devatah).
A la deidad inmanente, el Atman solar, (...) -
Sampaio Bruno Encoberto
28 de marçoExcertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologos em língua portuguesa"
Enveredando cada vez mais por vias heterodoxas e esotéricas, Sampaio Bruno passa de Sampaio Bruno Deus - A IDEIA DE DEUS a O ENCOBERTO, obra em que a sofia meta-racional, o teurgismo profético se transforma em escatologia, messianismo universal, partindo sempre dos arquétipos sebastianistas, latentes na nossa mitogenia. A teleologia de um tempo triádico que, na sua dialética circular faz coincidir os pontos alfa e (...) -
Gregorio de Nissa Tempo
29 de marçoExcertos da tese de Maria Cândida da Costa Reis Monteiro Pacheco, S. Gregório de Nissa - Criação e Tempo TEMPO E COSMO O kosmos — a akolouthia de progressão e finalidade — ritmos cíclicos e dimensão vetorial — o tempo cósmico.
Dizer que o mundo é no tempo significa, para S. Gregório que não tirou de si a sua própria origem, tendo um princípio e um fim e que, não possuindo totalmente o seu ser, conhecerá a alteração e o movimento, no devir. Então, o momento presente, passageiro e efêmero, será (...) -
Eliade Orfeu Teogonia
28 de marçoTeogonia e antropologia órficas: transmigração e imortalidade da alma. No século VI, o pensamento religioso e filosófico era dominado pelo problema do Um e do Múltiplo. Os espíritos religiosos da época indagavam de si para si: "Qual é a relação entre cada indivíduo e a divindade à qual se sente aparentado? Como podemos realizar a unidade potencial implícita tanto no homem como no deus?." Durante os orgia dionisíacos, efetuava-se certa união entre o divino e o humano, mas era temporária e obtida pelo (...)
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Eliade Orfeu Escatologia
28 de marçoA nova escatologia. No que concerne à escatologia "órfica", as suas linhas gerais podem ser reconstituídas com base em certas referências de Platão, Empédocles e Píndaro. Depois da morte, a alma dirige-se para o Hades. Segundo o Fédon (108 a) e o Górgias (524 a), o caminho "não é nem único nem simples, vários são os desvios e numerosos os obstáculos". A Republica (614 c-d) esclarece que é permitido ao justo tomar a estrada à direita, ao passo que os maus são enviados para a esquerda. Deparam-se indicações (...)
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Temple Ícone Natividade
28 de marçoUm símbolo relevante nas representações orientais da Natividade é a “caverna”, onde teria Natividade - nascido Jesus, segundo o relato do Protoevangelium - Protoevangelho de Tiago, e sobre o qual se baseiam em geral os Ícones da Natividade. Richard Temple, em seu notável estudo sobre os ícones (ICONS), considera este símbolo da caverna como originário de tradições anteriores ao cristianismo, em particular a própria tradição helênica. Citanto um estudo de Peter Gorman, sobre Pitágoras, apresenta o pouco (...)
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Mario Ferreira dos Santos Pitagoras Resumo
29 de marçoPitágoras (de Samos — 569?-470? a. C.) Segundo alguns, foi discípulo de Ferécides de Siros e de Anaxágoras. São contraditórias as informações que nos oferecem os historiadores. No entanto, tudo indica que formou sua cultura no Oriente, no Egito, na Babilônia, em Creta, por onde viajou. De retorno a Samos, tentou fundar aí uma escola, mas tendo que abandonar a pátria, foi residir na Itália do sul, por 530, na aristocrática Crotona, onde fundou uma comunidade ou ordem religioso-moral, que se estendeu a (...)
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Mario Ferreira dos Santos Platon Resumo
29 de marçoPlatão (428-347 a. C.) Foi discípulo de Sócrates, o qual aparece como principal interlocutor em quase todas as suas obras dialogais.
Após a morte de Sócrates, viajou pelo Egito, Cirene, a Grande Grécia, entrando em contato com as filosofias egípcias, a pitagórica e a eleática. Em 387, fundou em Atenas, perto do ginásio de Academos, sua escola (Academia), dedicando-se daí em diante, ao ensino e à composição de suas obras. Antes de Sócrates, teve por mestre Crátilo, que seguia a doutrina de Heráclito, (...)
Notas
- allasso
- anamnesis
- arche
- Brun: Empédocles
- Coomaraswamy (AKCM:15) – dissolução do composto humano
- Crouzel Humanidade
- Do quadragésimo dia ao Juízo Final
- Empédocles — Teologia
- Evangelho de Tomé - Logion 114
- Gandillac: Pletão
- Gichtel Prancha 5
- Gusdorf Leitura
- harmonia
- Hermes Livro 3 - Festugiere
- Jatakas
- Mario Ferreira dos Santos Empedocles
- metempsychosis
- Nova Vida Mística
- palingenesia
- Pistis Sophia