Esto nos introduce a «Soma», de quien tendremos mucho que decir. Pues él también, el Rey Soma, es la víctima: Agni el comedor, Soma el alimento aquí abajo, el Sol el Comedor, la Luna su alimento y oblación allí arriba (Satapatha Brahmana XI.1.6.19, X.6.2.1-4, y passim).
Esto nos introduce a «Soma», de quien tendremos mucho que decir. Pues él también, el Rey Soma, es la víctima: Agni el comedor, Soma el alimento aquí abajo, el Sol el Comedor, la Luna su alimento y oblación allí arriba (Satapatha (...)
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mimesis / μίμησις / mímese / imitação / μιμέομαι / mimeomai / μίμημα
gr. μίμησις, mímêsis: mímese, mímica, imitação, arte. A mimesis, em todos os seus cambiantes de significados, é de importância central em Platão. Lemos no Sofista 265b que as artes produtivas (poetikai technai; ver techne ) são divididas em artes divinas e humanas (chamadas na Rep. 597d-e pythourgia e demiourgia), e que há, além disso, outro tipo de produtividade partilhado tanto por Deus como pelo homem que não produz os «originais» mas apenas cópias (eikones). Esta é a mimesis, arte do poeta, do pintor, do escultor ou do ator que, ao contrário dos outros citados, não usa instrumentos mas cria a imagem na sua própria pessoa (Soph. 267a; Platão usa a mimesis também para a arte do ator, mas para fins de distinção a «mímica» está provavelmente mais próxima do que o contexto exige).
Matérias
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Coomaraswamy (ASM:110-114) – Soma
26 de julho de 2022, por Cardoso de Castro -
Caeiro (Arete:97-99) – compreensão do acontecido
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroCAEIRO, António de Castro. A arete como possibilidade extrema do humano. Fenomenologia da práxis em Platão e Aristóteles. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2002, p. 97-99
§17 A reprodução imitadora (μίμησις) como o paroxismo da situação habitual de compreensão do que nos acontece
Esta contraditoriedade de interpretações é já apurável quando comparamos a compreensão natural que temos deles com a compreensão que nos é «oferecida» pela tematização mimética. Naturalmente, propendemos para uma compreensão da (...) -
techne
24 de março de 2022téchnê: ofício, habilidade, arte, ciência aplicada
1. Falando de um modo geral, Platão não tem nenhuma teoria da techne. Como sucede frequentemente, uma palavra que finaliza em Aristóteles como um termo técnico cuidadosamente definido e delimitado ainda é empregada por Platão de um modo popular e não técnico. O uso contemporâneo de techne era descrever qualquer habilidade no fazer e, mais especificamente, uma espécie de competência profissional oposta à capacidade instintiva (physis) ou ao mero acaso (...) -
Coomaraswamy (AKCCivi:234-237) – Atena e Hefesto
11 de novembro de 2022, por Cardoso de CastroReconhecemos que para qualquer coisa ser “bem feita e feita com dedicação” é indispensável a cooperação das mãos como causa eficiente e do intelecto como causa formal. A finalidade deste ensaio é chamar a atenção para as expressões disto em forma mitológica, em termos da relação entre Atena e Hefesto, sendo Atena a Deusa da Sabedoria que surgiu da cabeça do pai (Zeus) e Hefesto o ferreiro titã cujas obras maravilhosas são produzidas com o auxílio de Atena como colaboradora (syntechnos).
Na produção de (...) -
Plotino - Tratado 19,2 (I, 2, 2) — Teoria da dupla assimilação
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 2. Teoria da dupla assimilação. 1-4: Investigação do elemento comum presente em nós e no mundo inteligível 4-10: As duas sortes de assimilação 11-18: As virtudes cívicas impõem medida e limite aos desejos e às paixões 19-26: Participar à forma, é tornar-se semelhante a um princípio que é sem forma
nossa tradução
versão Brisson & Pradeau + Armstrong
2. Em primeiro lugar, portanto, devemos considerar as virtudes pelas quais nos tornamos, digamos, semelhantes ao deus, a fim de descobrir o (...) -
Platão: eidos
24 de março de 20226. A origem da teoria deve ser procurada mais na fonte. Sócrates estivera interessado em definir qualidades éticas (ver Metafísica 987b), provavelmente como reação contra o relativismo sofistico (ver nomos), e há razão para acreditar que os eide platônicos eram versões hipostasiadas precisamente dessas definições (logoi; ver Fédon 99e, Metafísica 987b, e comparar a conexão com a predicação, infra). De fato, nos «Diálogos Socráticos» pode ver-se o próprio Sócrates movendo-se em tal direção (ver Lísias 219d, (...)
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Plotino - Tratado 30,1 (III, 8, 1) — Todas as coisas aspiram à contemplação
18 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 1, 1-18: Tese: todas as coisas aspiram à contemplação Capítulo 1, 18 ao Capítulo 4: A natureza contempla
tradução desde Pradeau
Se começamos por nos entreter, antes de nos pôr a falar seriamente, dizendo que todas as coisas aspiram à contemplação, que esta é o fim para o qual todas voltam seu olhar – não somente os seres vivos racionais, mas também aqueles que não são racionais, a natureza que está nas plantas e a terra que as engendra – e que todas aí chegam tanto quanto sua natureza permite, (...) -
Plotino - Tratado 13,1 (III, 9, 1) — Intelecto vê as ideias no que é vivente
17 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroÉ notável que a maior parte dos capítulos desta miscelânea que forma este tratado, retomam dificuldades já encontradas, resumem ou perseguem definições ou reflexões que tinham encontrado um primeiro desenvolvimento em um tratado anterior; como se Plotino escolhesse enfrentar nestas notas dificuldades persistentes, e se propusesse então a precisar seu argumento, até resumi-lo. A este respeito, o exemplo oferecido pelo exame do caráter «indeterminado» (aoristos) da Alma como do Intelecto, que aqui evocam (...)
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Jean Brun (Platão) – Participação e separação
18 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroDizer que o ser não é, mas que percorre todos os gêneros, é dizer que não é isto ou aquilo, mas aquilo por que existe o isto ou o aquilo; por isso Platão diz que o ser, participando do outro, será outro que não o resto dos gêneros, «outro que não todos eles, não é portanto nem nenhum deles tomado separadamente, nem a totalidade dos outros menos si próprio»; o ser não é porque nega todos os não-seres que o afirmam muito mais pelo não que eles são do que pelo ser que não são. Por isso «as vezes que são os (...)
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Plotino — Uno
24 de março de 202210. Em todas estas teorias das archai é de notar que o uno permanece um fator estável; é o seu correlato que altera as nuances: o apeiron dos pitagóricos, a polarizada Díade Infinita de Platão e Xenócrates, e o plethos pluralista de Espeusipo e os pitagóricos (aoristos dyas; Metafísica 987b; ver Physica 206b; a dyas não aparece na terminologia de Phil. 24a-25b mas o que é descrito é dual na natureza). Uma opinião bastante diferente aparece no renascimento pitagórico do primeiro século em que escritores (...)
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Plotino - Tratado 22,2 (VI, 4, 2) — O universo sensível se encontra no universo inteligível
29 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroII. Primera fundamentacion de la omnipresencia (VI 4, 2-10). 1. Omnipresencia del Ser: natural, total e inmediata (caps. 2-3). a) Omnipresencia natural (2, 1-39). b) Omnipresencia total (2, 39-49).
Igal
2 En realidad, existe, de un lado, el Universo verdadero, y de otro, la copia de ese Universo, o sea, la naturaleza de este mundo visible. Pues bien, el Universo real no está en cosa alguna, porque ninguna es anterior a él. En cambio, lo que sea posterior a él, eso forzosamente estará ya, (...) -
Arendt (CASA:89-93) – Agostinho, concepção de mundo
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. O Conceito de Amor em Santo Agostinho. Lisboa: Instituto Piaget, 1997, p. 89-93]
Constatámos no início desta passagem que encontramos em Santo Agostinho uma concepção dupla, absolutamente heterogênea, do mundo. A vida, considerada no seu estado de criatura e na sua mortalidade concreta, é compreendida como vida no mundo e com o mundo, do qual, num primeiro tempo, já não é mais independente (no regresso do mundo à origem, por exemplo) do que o mundo dela; pelo contrário, ela (...) -
Plotino - Tratado 14,1 (II, 2, 1) — O movimento do céu imita aquele do Intelecto
17 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Solução geral. 1-2. O movimento do céu imita aquele do Intelecto. 2-19. O movimento do céu resulta do movimento da alma e daquele do corpo.
Míguez
1. ¿Por qué se mueve (el cielo) con un movimiento circular? Porque imita a la inteligencia. ¿Y a quién corresponde este movimiento, al alma o al cuerpo? ¿Por qué? ¿Acaso porque el alma está en sí misma y porque procura con todo celo el acercarse a sí misma? ¿O porque está en si misma, pero no continuamente? ¿Consideramos que al moverse mueve (...) -
Plotino - Tratado 31,1 (V, 8, 1) — A beleza das artes
18 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 1: A beleza das artes: exemplo de Zeus de Fídias. 1-6: Introdução: a beleza inteligível conduz a seu princípio (o Uno) 6-26: Exemplo de uma estátua: a beleza vem da arte (a forma) e não da matéria (a pedra) 26-40: A arte não imita tanto a natureza quanto as razões que a fundam. Exemplo da estátua de Zeus de Fídias.
Míguez
1. Puesto que, según decimos, lo que ha llegado a la contemplación de la belleza inteligible y que comprende la belleza de la inteligencia verdadera, puede también imprimir (...) -
Platão - A República - Livro X (595a-608b) – os imitadores
5 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroC) A má educação pelas artes de ilusão como causa da injustiça 1 Como a representação, na arte, está ligada à realidade A imitação: os três leitos (o leito pintado, o leito particular, a ideia de leito) e seus três artesãos (o pintor, o marceneiro e o deus). A imitação distanciada da realidade dos três graus. A poesia, notadamente homérica, ignora aquilo de que fala. O poeta, e em particular Homero, não pode em nenhum caso ser o educador da humanidade Pintura e poesia, artes de ilusão. Elas imitam não a (...)
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Plotino - Tratado 7,1 (V, 4, 1) — Do Uno, que é o Primeiro, nasce algo
16 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Do Uno, que é o Primeiro, nasce algo 1-23. Se há algo depois de Primeiro, é preciso que este Primeiro seja Uno, simples e perfeito. 23-41. Se o Uno é perfeito, deve necessariamente produzir algo.
Míguez
1. Si existen seres después del Primero, es necesario, que provengan inmediatamente de El, o que se reduzcan a El por medio de otros seres intermedios y que ocupen el segundo y el tercer rango, el segundo con referencia al primero y el tercero con referencia al segundo. Porque (...) -
Coomaraswamy (ASM:260-263) – Linguagem Universal
26 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroTodos los lenguajes existentes son los ecos, parcialmente recordados y más o menos fragmentados, de esta lengua universal, de la misma manera que todos los modos de la visión son las refracciones más o menos obscuras de la imagen del mundo (jagaccitra; Svatmanirupana 95), o espejo eterno (speculum aeternum; San Agustín, De civitate Dei XII.29) que, si uno la conoce y ve la en su entereidad y simultaneidad, es omnisciente.
Se comienza a vislumbrar así una teoría de la expresión en la que la (...) -
Coomaraswamy Arte Imitação
28 de março de 2022ARTE «IMITAÇÃO»
Todas las artes, sin excepción, son imitativas. La obra de arte sólo puede juzgarse como tal (e independientemente de su «valor») por el grado en el que el modelo se ha representado correctamente. La Beleza - belleza de la obra es proporcionada a su exactitud (ortothes = integritas sive perfectio), o Verdade - verdad (aletheia = veritas). En otras palabras, el juicio del artista respecto de su propia obra, por el criterio del arte, es una crítica basada en la proporción entre la (...) -
Coomaraswamy Voz
28 de março de 2022Hasta aquí hemos hecho uso de fuentes orientales sólo incidentalmente, y principalmente para recordarnos que la verdadera arte - filosofía del arte es siempre y por todas partes la misma. Pero puesto que estamos tratando la distinción entre las artes de la auto-complacencia y las del ministério - ministerio, nos proponemos aludir brevemente a algunos de los textos indios en los que se examina «la totalidad del fin de la facultad expresiva». Esta facultad natural es la de la «Voz»: no la palabra (...)
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Santos Gênese do símbolo
29 de março de 2022A GÊNESE DO SÍMBOLO Aproveitando o esquema biológico da adaptação, que tão bem corresponde às nossas concepções dos fatores da cultura, que implicam a presença dos fatores emergentes (intrínsecos), que são os bionômicos e os psicológicos, e dos fatores predisponentes (extrínsecos), que são os ecológicos e os histórico-sociais, podemos compreender facilmente a gênese do símbolo.
A criança, que é sempre uma grande lição para nós, mostra-nos no desenrolar de sua formação, o histórico da antropogênese, como vemos (...)