Les Cahiers d’Hermès. Dir. Rolland de Renéville. La Colombe, 1947
Certes, nous ne ferions pas une constatation particulièrement originale, si nous disions que la littérature a totalement transformé la figure de Cyrano de Bergerac, en lui assurant la faveur du grand public, dans une réputation quasi universelle. Ainsi par les moyens les plus divers, la Vérité est-elle imposée aux hommes, même dans le clinquant des tréteaux, dans l’enthousiasme tapageur des foules, toujours prêtes à s’émouvoir et à (...)
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hen / ἕν / uno / henosis / ἕνωσις / união / amplios hen / dois-um
gr. ἕν, hen = o um, o Uno. Em Plotino , seguindo o Parmênides de Platão , a causa de todas as causas: nada se pode atribuir ao Uno, sendo por definição não-predicável. Não se pode nem mesmo dizer que o Uno "é", pois assim se atribuiria a ele o ser e o predicado "existência". A mais perfeita substância divina, ao mesmo tempo perfeita transcendência, constante atualidade e poder infinito de produção. (Gandillac )
gr. ἕνωσις, henosis = união. O Tratado 8 das Enéadas de Plotino , que Porfírio reterá como último na ordenação que impôs, ilumina — com o permanente bemol que representa a pequena palavra hoion — mais uma espécie de despossessão de si que uma integral manutenção da singularidade individual em uma íntima união ao Uno.
Le contemplatif n’est proprement « un » que dans la mesure où il échappe aux attraits de la vie active. Le sommet de la theoria n’implique pourtant fusion dépersonnalisante avec l’Un que si l’identité du sujet y est conservée, ce qu’affirme du moins Plotin par l’« oxymore » d’un « deux-un » (amplios hen, VI, 9 , 10). [GandillacPlotin :48]
Por fim, o Uno não é este (touto), nem aquele (ekeino), pois isso o particularizaria como um tí, isto é, como algo, deixando-se, assim, de parte todo o restante que o Uno é em si, na sua simplicidade absoluta, a qual representa a sua identidade. [Ullmann :37]
Matérias
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CYRANO DE BERGERAC PHILOSOPHE HERMÉTIQUE
13 de outubro de 2007, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 50,3 (III, 5, 3) — O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 3: O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina. A segunda Afrodite, que representa a alma do mundo, engendra em seguida um Eros interior ao mundo linhas 1-6: Eros é uma realidade que provém da atividade da alma voltada para o Intelecto, como a alma divina provém da atividade do Intelecto voltada para o Uno. linhas 6-21: Nascido da alma divina que contempla intensamente, Eros deve sua existência à visão (horasis) e encontra ele também sua satisfação em contemplar os (...)
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Bouillet: Traité 32 (V, 5) - LES INTELLIGIBLES NE SONT PAS HORS DE L INTELLIGENCE DU BIEN.
19 de janeiro, por Cardoso de Castro(I-II) L’intelligence véritable doit être infaillible et posséder la certitude. Pour cela, il faut qu’elle soit identique aux intelligibles afin de tirer sa science de son propre fonds. Si elle l’empruntait à autrui, elle n’aurait pas le droit de croire que les choses sont telles qu’elle les conçoit ; elle ressemblerait aux sens qui nous représentent les objets extérieurs, mais n’atteignent pas ces objets eux-mêmes: elle n’aurait que des connaissances incertaines et accidentelles, et elle manquerait de (...)
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Plotino - Tratado 11,1 (V, 2, 1) — Como todas as coisas vêm do Uno?
16 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Como todas as coisas vêm do Uno, se ele é absolutamente simples e que ele permanece sempre nele mesmo? 1-3. O Uno é todas as coisas e nenhuma delas 3-13. O Uno engendra o Intelecto por sua superabundância; o Intelecto, se voltando para seu princípio, dele é determinado, e se torna assim Intelecto e ser. 13-21. Do mesmo modo, por sua potência, O Intelecto produz a Alma; a Alma por sua vez produz uma imagem dela mesma que corresponde as funções inferiores. 21-28. A produção das realidades (...)
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Ibn Arabi (SP) – Noé
22 de abril, por Cardoso de CastroSabedoria dos Profetas: DA SABEDORIA DA TRANSCENDÊNCIA NO VERBO DE NOÉ (EXTRATO DO CAPÍTULO)
Para os conhecedores das Verdades divinas (ahl al-haqaiq) afirmar [unilateralmente] que Deus é incomparável às coisas, é precisamente limitar e tornar condicional a concepção da Realidade divina [por dela excluir assim as qualidades das coisas]; aquele que nega toda similitude a respeito de Deus, sem se afastar deste ponto de vista exclusivo, manifesta, seja ignorância, seja uma falta de “tato”(adab). O (...) -
Parmênides 127d-130a — início do debate uno-múltiplo
16 de abril de 2021, por Cardoso de CastroPLATON. Parmênides. Tr. Carlos Alberto Nunes. Grupo Acrópolis (doc)
PLATON. Oeuvres complètes. Tr. Victor Cousin. Paris: Arvensa (ebook)
Plato. The Dialogues of Plato. Tr. Benjamin Jowett. (ebook)
Carlos Alberto Nunes
Terminada essa parte, Sócrates lhe pediu que relesse a primeira hipótese do primeiro argumento, depois do que se manifestou: Que queres dizer com isto, Zenão? Se os seres são múltiplos, por força terão de mostrar, a um só tempo, semelhanças e dissemelhanças, o que não é possível. (...) -
Plotino - Tratado 51,8 (I, 8, 8) — A união da alma e do corpo
29 de janeiro, por Cardoso de Castro8: A união da alma e do corpo 1-11: Objeção: o mal na alma vem da forma do corpo 11-28: Resposta: é a matéria que explica que a forma no corpo é enfraquecida e incapaz de garantir a ordem a a saúde 28-37: As disposições do corpo determinam o estado da alma 37-44: Distinção do mal primeiro e dos males secundários
Igal
8 Y si alguno dijera que nosotros no nos hacemos malos a causa de la materia arguyendo que ni la ignorancia ni los apetitos depravados deben su existencia a la materia y que, aun (...) -
Mesquita (RP:11-12) – uno e múltiplo
8 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroMESQUITA, António Pedro. Reler Platão. Ensaio sobre a teoria das ideias. Lisboa: Imprensa Nacional, 1995, p. 11-12
O pensamento plat6onico tem sido, quase desde o seu início, condenado a ser visto pelos olhos de outrem.
É certo que essa é a condição de toda a exegese: não só enquanto tal tarefa supõe o olhar de um outro ou «de si mesmo enquanto outro», mas principalmente porque ela mesma é necessariamente alteradora, tendo de tomar o que interpreta num «outro» para que haja propriamente (...) -
Brisson & Pradeau (Traités 1-6:95-96) – Sobre a imortalidade da alma
30 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroBRISSON, Luc Brisson et PRADEAU, Jean-François Pradeau. Plotin Traités 1-6. Paris: GF Flammarion, 2002, p. 95-96
tradução
Este segundo tratado de Plotino trata da alma. A tradição filosófica antiga sempre fez desta um objeto de predileção, lembrando-se unanimemente que a definição da alma era a condição de uma definição do homem e da vida humana, posto que o homem é uma alma antes de ser um corpo e que a alma é nele o sujeito das condutas como do conhecimento; mas os filósofos antigos adicionavam ainda (...) -
Plotino - Tratado 23,1 (VI, 5, 1) — Temos todos a noção de um deus que está por toda parte presente
18 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 1: Temos todos a noção de um deus que está por toda parte presente e idêntico em cada uma; o bem e o Ser pertencem a cada ser enquanto ele é um ser
Míguez
1. Dícese que lo que es uno e idéntico en cuanto al número y que se da a la vez y por entero en todas las cosas, constituye una noción común. Por otra parte, todos los hombres son llevados a afirmar de manera natural que el dios que se encuentra en cada uno de nosotros es un solo y mismo ser. Si no se les preguntase cómo lo ven ellos (...) -
Barbuy: Da negação verbal do ser
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 17-23. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
As preocupações do pensamento posterior a Kant foram de ordem fenomênica, não de ordem ontológica. Desde que o fenomenismo, com a exclusão teórica do ser substancial se instaura no seio mesmo da filosofia contemporânea, marcada pelo subjetivismo, não tarda que o sujeito do conhecimento se negue verbalmente pelo seu próprio objeto, sendo assim o fenomenismo (...) -
Plotino - Tratado 7,1 (V, 4, 1) — Do Uno, que é o Primeiro, nasce algo
16 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Do Uno, que é o Primeiro, nasce algo 1-23. Se há algo depois de Primeiro, é preciso que este Primeiro seja Uno, simples e perfeito. 23-41. Se o Uno é perfeito, deve necessariamente produzir algo.
Míguez
1. Si existen seres después del Primero, es necesario, que provengan inmediatamente de El, o que se reduzcan a El por medio de otros seres intermedios y que ocupen el segundo y el tercer rango, el segundo con referencia al primero y el tercero con referencia al segundo. Porque (...) -
Plotino - Tratado 19,3 (I, 2, 3) — As virtudes são purificações
29 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 3. As virtudes, sob sua forma mais alta, são purificações 1-10: Platão põe a semelhança ao deus nas virtudes mais altas que as virtudes cívicas 10-14: A alma misturada ao corpo recebe dele afetos e opiniões; mas que ela deles se libera e ela se purifica e possui a virtude 15-19: O que são, na alma que se purifica, as quatro virtudes fundamentais (reflexão, temperança, coragem e justiça) 19-22: A disposição da alma impassível é semelhante ao divino 23-27: Pensar não é a mesma coisa para a alma e (...)
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Plotino - Tratado 2,1 (IV,7,1) - somos inteira ou parcialmente imortais?
30 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Somos inteiramente ou parcialmente imortais? O corpo é mortal, mas aquilo que somos nós mesmos, nossa alma, não é.
tradução
1. Se cada um de nós é imortal ou se é inteiramente destruído, ou ainda se algumas de suas partes vão à dispersão e à destruição, enquanto outras, que são estas que somos nós mesmos, subsistem sempre, eis o que se pode descobrir em examinando a coisa conforme à natureza. Certamente, o homem não poderia ser algo de simples: há nele uma alma, e também um corpo, que seja (...) -
Plotino - Tratado 1 (I, 6) – Beleza. Considerações de diferentes pensadores
21 de janeiro, por Cardoso de CastroExcertos de diferentes tradutores e comentadores das Enéadas
Igal
En este tratado, el primero que compuso Plotino (Vida 4, 22), el más traducido y el más popularizado, se entrecruzan característicamente los dos temas fundamentales de la filosofía plotiniana: metafísica y mística. La decidida identificación de la belleza con la forma marca una revolución en la historia de la estética y permite a su autor establecer la siguiente gradación: la belleza sensible se identifica con una forma inmanente; (...) -
Igal - Tratado 30 (III, 8) — Sobre a Natureza, a Contemplação e o Uno
18 de janeiro, por Cardoso de CastroPor su originalidad y profundidad, el presente tratado es uno de los favoritos de los estudiosos de Plotino Ya hemos indicado repetidamente que, originariamente, formaba parte de un magno escrito antignóstico del segundo período (Vida 5, 26-34), constituido por cuatro tratados arbitrariamente distribuidos en la edición porfiriana: III, 8; V, 8; V, 5 y II, 9, 2. El mismo Porfirio deja traslucir la dificultad de ubicar III, 8 en la Enéada III, supuestamente de carácter cosmológico. Para entender (...)
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Plotino - Tratado 33,1 (II, 9, 1) — Só existem três realidades inteligíveis
19 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Só existem três realidade inteligíveis 1-19. Lembrança da natureza e ordem das três realidades: o Uno, o Intelecto e a Alma. 19-25. Nenhuma realidade pode se encontrar acima do Uno 25-57. Não se pode multiplicar os Intelectos. 57-63. Não pode existir um intermediário entre o Intelecto e a Alma.
Míguez
1. Nos ha parecido que la naturaleza del Bien es simple y primitiva, porque todo lo que no es primitivo no es simple. Esta naturaleza nada contiene en sí misma y es algo uno que no se (...) -
Zubiri (SE:3-6) – essência e substância
29 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroZUBIRI, Xavier. Sobre la esencia. Madrid: Alianza Editorial, 1985, p. 3-6
tradução
Essência é o título de um dos temas centrais de toda metafísica. A palavra latina essentia é um termo culto; é o abstrato de um suposto particípio presente essens (esente) do verbo esse (ser). Morfologicamente, então, é o homólogo exato do grego ousia, que por sua vez (ou pelo menos era assim percebido pelos gregos) um abstrato do particípio feminino atual ousa do verbo einai (ser). Essa homologia pode nos levar a (...) -
Platão (Parmênides 160b-166c) – O Uno não é...
21 de abril de 2021, por Cardoso de CastroPLATON. Parmênides. Tr. Carlos Alberto Nunes. Grupo Acrópolis (doc)
PLATON. Oeuvres complètes. Tr. Victor Cousin. Paris: Arvensa (ebook)
PLATO. The Dialogues of Plato. Tr. Benjamin Jowett. (ebook)
Nunes
XXIV – Muito bem. E agora, na hipótese de não existir o Uno, não teremos de examinar que consequências decorrem disso?
É o que precisaremos fazer.
Que significa, então, este pressuposto: Se o Uno não existe? Será diferente nalgum ponto seguinte: Não-um não é?
O contrário, em toda a linha.
E se (...) -
Plotino - Tratado 9,1 (VI, 9, 1) —Todos os seres são seres em virtude da unidade
16 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Todos os seres são seres em virtude da unidade 1-17. Toda coisa é na medida em que é "uma" coisa; sem unidade, nada poderia ser. 17-30. A alma dá sua unidade às outras coisas, mas ela não é ela mesma a unidade. 30-43. É em participando na unidade que a alma é una, pois ela é nela mesma uma realidade múltipla.
nossa tradução
1. É em virtude da unidade que todos os seres são seres assim como aqueles que são seres no sentido primeiro do termo que aqueles que são ditos ser de alguma maneira (...)
Notas
- 1.° O Uno-Bem
- A absoluta transcendência do Uno
- Agamben (IH:27) – intelecto e psique
- agnostos
- arche
- Aristóteles — Uno
- Beleza e Uno
- Brisson & Pradeau (Enéada I, 6) – intelecto (noûs) não é uma potência interna à alma
- Brisson & Pradeau (Enéada I, 6) – o belo (kalon) e o bem (agathon)
- Brisson & Pradeau: Uno e Múltiplo
- Corbin Proclo Uno
- Crouzel: Alma do Mundo e Unidade
- Damiani: O Uno
- Eckhart Uno
- Emanação
- Fraile: Uno
- Gobry: stoikheia
- hen
- henologia
- henosis