Dialectique existentielle du divin et de l’humain, par Nicolas Berdiaeff. Janin, 1947
Chapitre XI L’IMMORTALITÉ
Le problème de l’immortalité est ùn problème fondamental, le principal problème de la vie humaine, et si les hommes l’oublient, c’est parce que leur légèreté d’esprit les empêche d’approfondir les choses. Parfois cependant l’homme veut se persuader qu’il a vraiment oublié, alors qu’il ne se permet pas de penser à ce qui est plus important que tout. La prière que nous soit donnée la mémoire de la (...)
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gnosis / γνῶσις / gnorizein / gnorimon / γνώριμος / familiaridade / epiginoskein / ginoskein / ἐπίγνωσις / exame / διάγνωσις / distinguir / γιγνώσκω / gignosko / observar / episteme / ἐπιστήμη / epistḗmē / epistéme / ἐπίσταμαι / epistamai / epístamai / gnorizein / reconhecer / γνώμη / gnome / meios de conhecimento / ευγνώμων / gratidão / ἄγνοια / ágnoia / ἀγνωσία / agnosía / ἄγνωτος / agnotos / ignotos / ἀγνώς / obscuro / ininteligível / desconhecido / ignóbil / irfan / vidya / avidya / nescience / nescidade / Erkennen / Erkenntnis
gr. γνῶσις, gnosis: 1) conhecimento; 2) gnose; 3) gnosticismo. O termo grego ganhou na história das religiões uma forte conotação de conhecimento portando sobre realidades divinas e celestes e conduzindo por aí à salvação. gnôrimon: cognoscível, inteligível.
gr. ἐπιστήμη, episteme: 1) conhecimento (verdadeiro e científico) (oposto a doxa ); 2) um corpo organizado de conhecimento, uma ciência; 3) conhecimento teorético (oposto a praktike e poietike).
Em quatro níveis podemos escalonar a teoria do conhecimento de Plotino : 1 - o autoconhecimento; 2 - o conhecimento do mundo sensível ; 3 - o conhecimento do mundo inteligível; 4 - o conhecimento místico. [Ullmann ]
gr. ἄγνοια, agnoia = ignorância; ágnôstos = desconhecido, não cognoscível. Devido à transcendência de Deus surgem alguns problemas acerca da possibilidade de este ser um objeto de conhecimento.
Franz von Baader
Pode-se aplicar a cada atividade do homem (e por conseguinte a seu conhecimento) o que vale de maneira geral para seu ser, a saber que é ao mesmo tempo em outro ser (superior a ele), que é com ele, e que este outro, superior (enquanto revelado pelo homem), existe por sua vez por ele : sobre este ponto remeto o leitor a meu tratado "sobre a força divinatória e de crença". O conhecimento só me é, com efeito, no princípio dado, e neste sentido pode-se admitir a fórmula de Voltaire "que o pensamento não é de nós". Na evolução orgânica (no crescimento deste conhecimento em mim e por mim) faço então simplesmente função de colaborador, enfim na representação acabada (na expressão) eu ajo inteiramente, ao que parece, como ator único. Embora neste último momento da evolução possa parecer que os primeiros tenham desaparecido e que tenham sido transformados, eles estão todavia aí presentes e fundam precisamente por sua reserva ou retiro o advento do terceiro momento; eu não posso com efeito, falando corretamente, senão exprimir (representar, tornar concebível) o que passivamente recebi na orelha espiritual, e isto que representei, em parte ativo, no olho do espírito; dito de outro modo, a manifestação passa por três momentos joânicos do verbo, do signo e da tomada de posse. Mas em cada desenvolvimento orgânico a imagem primitiva (o princípio, o protótipo, o talento ou se preferir o dogma ) permanece idêntico ou melhor retorna sempre através de todas as evoluções ou revoluções da vida que forma a história (pois a eterna renovação ou a eterna permanência só se realiza pela negação (a mutatio) constante do velho que se transforma; e é assim mesmo no processo de evolução do conhecimento que também é um organismo ou algo suscetível de crescer; e neste domínio a palavra de Paulo tem também valor : "Eis porque, homem! tua glória própria é vã diante de Deus ou em presença dele, pois que és tu ou que possuis (que fazes) que não tenhas recebido?" [BaaderFG I §6]
Ananda Coomaraswamy
Filón , Elr. 160, la ignoia (ignorancia) es la causa de todos los pecados. Anguttara Nikaya IV.195, Dhammapada 243, avijja param malam; cf. Majjhima Nikaya I.263. Con D. I.70, sobre la infatuación que resulta de dar rienda suelta a la visión y a los demás sentidos, cf. Platón , Protágoras 356 D, «Es el poder de la apariencia (to phainomenon = pali rupa ) el que nos lleva al extravío», 357 E «Ser dominado por el placer es ignorancia en su grado más alto», 358 C. «Este abandono a uno mismo es sólo “ignorancia”, y lo es tan ciertamente como el dominio de uno mismo es “sabiduría”» (sophia = pali kusalata = hochma); y la medicina para la ignorancia no es otra que el «conocimiento» (episteme), Critias 106 B. Similarmente Hermes , Lib. IX.8.9 «El vicio del alma es la ignorancia, su virtud el conocimiento», Lib. XIII.7 B donde «la ignorancia» es el primero de los «doce tormentos de la materia» (como en la Cadena de las Causas budista, ver Hartmann en Journal of the American Oriental Society 60, 1940, 356-360), y Lib. I.18 «La causa de la muerte es el deseo», que implica la elección entre opuestos. [AKCHB ]
Hermes Trismegistus, Libellus (Hermes Trismegistus) X,8b: kakia de psyches agnosia... tounantion de arete psyches gnosis. o gargnous... hede theios , e XI.ii. 21 a: "Mas se calares a tua alma no corpo e te humilhares e disseres ’nada sei’ (oudin noon)..., que tens então a ver com Deus?" Ignorantia divisiva est errantium, como diz Ulrico no comentário de Dionísio em De div. Nom. "Agnóstico" significa "ignoramos" ou mesmo quis ignorara vult sive ignorantium diligit. Pelo contrário, "pensa que também para ti nada é impossível" (Hermes, Libellus (Hermes Trismegistus) Xl,ii.20b); cf. "nada é impossível para ti" (Mateus 17,20): "Só depois que a alma conhecer tudo que há para ser conhecido passará para o lado do bem, que é desconhecido" (editado por Eckhart e Evans, primeira edição, p. 385). Note que Hermes Libellus (Hermes Trismegistus) XI,ii.20b e 21a correspondem a Chandogya Upanixade VIII.1. [AKCcivi :Nota:94]
AVIDYA
AVIDYA (nescience). Sk., subs. fém.
Dérivé de la racine verbale VID-, savoir (cf. grec oida , latin vidire, anglais wit), précédé du préfixe privatif a-.
1 / Bouddhisme ancien
Pali avijja : « ignorance » de la réalité, c’est-à-dire des quatre saintes Vérités (arya-satya ) bouddhiques. Elle est généralement donnée comme étant le premier élément de la chaîne de la Production conditionnée (pratitya-samutpada), celui qui entraîne l’apparition successive de tous les autres, qui cause donc l’enchaînement de l’être aux passions, à la transmigration et à la douleur. (A. Bareau.)
2 / Mahayana
La « nescience ». Le premier des douze facteurs de la production en consécution (pratitya-samutpada) en ordre descendant ; le dernier en ordre ascendant. Désigne a) l’ignorance de l’enseignement du Buddha , b) l’ignorance de la vraie nature des choses. Les deux sens, à la vérité, ne sont pas distincts, puisque c’est l’enseignement du Buddha qui nous dévoile la vraie nature des choses. — A cause de sa position initiale dans un des énoncés du pratitya-samutpada, avidya est parfois apparue comme à l’origine du déploiement du monde. En fait, elle n’est qu’un des éléments du processus . Elle n’est sans commencement (armdi) que dans la mesure où la transmigration (samsara ) est sans commencement. Ce qui est donné originellement, c’est le samsara ; avidya lui est intérieure. — Ce qu’il convient de remarquer, en revanche, c’est que avidya n’est pas une simple absence de savoir adéquat. Comme tous les facteurs de la transmigration, elle est dynamique. Elle s’articule en faux savoirs (les drsti , vues fausses), et les résultats de cette construction s’appellent encore avidya. Avidya est donc non seulement l’« inconscience », mais « tout ce qui n’est pas science (vidya) adéquate ». (J. May.)
— An-adi, Drsti, Pratitya-samutpada, Viparyasa ; Nature, Vérité ; Wuming (chin.).
3 / Brahmanisme
« Ignorance métaphysique, nescience, inscience. » En dépit de la structure négative du terme, l’a-vidya n’est pas simple absence de connaissance (vidya), ignorance neutre, susceptible à tout moment d’être comblée par le savoir. Elle se présente comme mé-connaissance de la réalité, croyance abusive en la possession d’un savoir de cette [2805] réalité et sourde résistance à l’avènement de la connaissance authentique. Le contenu particulier assigné à la nescience varie certes avec chaque système : dans le Samkhya-Yoga , par exemple, elle consiste en une certaine manière pour l’Esprit (purusa) de s’identifier faussement à la Nature (prakrti) et à ses modes dérivés ; dans le Vedanta , elle prend la forme de l’incapacité naturelle du Soi (atman ) à se reconnaître comme foncièrement identique à l’absolu ou brahman , etc. Mais, dans tous les cas, l’avidya est conçue comme une tare originelle (sahaja) de l’esprit qui l’enchaîne au monde sensible, l’entraîne à accomplir des actes (karman ) sous l’emprise du désir et l’oblige ainsi à transmigrer indéfiniment.
On distingue ordinairement une nescience « privée », individuelle, et une nescience commune à tous ou « fondamentale » (mulavidya). La seconde est consubstantielle à la condition humaine et à celle d’être fini en général. Elle se traduit par la « thèse du monde », la croyance partagée spontanément par tous les vivants en un être-là pur et simple des choses et en la substantialité de leur moi. Cette forme universelle de la nescience équivaut pratiquement à l’« illusion cosmique » ou maya . Quant à la première forme, elle est faite des innombrables modulations que les aléas de chaque destin individuel viennent greffer sur le thème fondamental de l’ignorance métaphysique.
C’est surtout dans le Vedanta non-dualiste que le statut ontologique de la nescience a fait l’objet d’une réflexion approfondie. Schématiquement, les solutions retenues se répartissent autour de deux pôles opposés. Tantôt la nescience est « psychologisée » à l’extrême : elle n’affecte que l’individu dont elle constitue l’affaire privée. C’est la thèse de la « nescience siégeant dans le Soi individuel » (jmsritavidya). Dans ce cas, la nescience générale n’est que la somme des ignorances individuelles. Tantôt, au contraire, elle est conçue comme une puissance quasi positive de l’absolu, une capacité présente en lui d’occulter son essence à travers le déploiement des formes de l’univers. C’est la notion de la « nescience siégeant en brahman » (brahmasritavidya). C’est alors la nescience individuelle — et le Soi individuel lui-même — qui apparaissent comme de purs effets.
Cette prise en compte de la nescience n’est pas sans influer sur la conception même que l’on se fait du sens de l’activité philosophique. En effet, si l’esprit humain est originairement affecté par la nescience, il sera incapable de la surmonter par ses propres forces car elle sera, par définition, déja présente au cœur même de toutes ses démarches. Si donc nous sommes en fait capables de reconnaître la nescience en tant que telle, au lieu de baigner en elle dans la plus parfaite inconscience, c’est qu’un secours nous est déja venu d’ailleurs.
Tel est le fondement de la notion de Révélation : l’absolu contrebalance, en quelque sorte, la force d’aveuglement qu’il exerce sur nous en se rendant présent à notre esprit, par exemple sous la forme des « Grandes Paroles » (voir ce terme) des Upanisad. La philosophie ne peut plus alors être conçue comme recherche autonome d’un commencement radical mais comme préservation et transmission initiatique de cet antidote naturel de la nescience qu’est la Parole des origines. (M. Hulin .)
• D.H.H. Ingalls, « Çankara on the question : whose is avidya », Philosophy East and West, III, 1, Univ. of Hawai, 1953.
— Bhranti, Maya, Moha ; Illusion, Irrationnel. — III : Sankara. [NP ]