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entelecheia / ἐντελέχεια / entelequia / τέλος / telos / télos / teleioteta / τελειότητα / teleion / τέλειον / teleios / teleiosis / τελείωσις / ἐντέλεια / προορισμός / proorismos

  

entelecheia / ἐντελέχεια / entelequia / τέλος / telos / télos / fim / completude / finalidade / teleioteta / τελειότητα / perfeição / teleion / τέλειον / teleios / teleiosis / τελείωσις / ἐντέλεια / προορισμός / proorismos / propósito

gr. τέλος, télos: completude, fim, finalidade. gr. ἐντελέχεια, entelécheia: estado de completude ou perfeição, atualidade. Figura nas doutrinas aristotélicas onde significa o ser no estado de acabamento e de perfeição. Aristóteles   usa como sinônimo de enérgeia; embora na Metafísica enquanto o ato (enérgia) é a ação (érgon), a enteléquia é o fim realizado da ação.


Heidegger

Τέλος means “end” in the sense of “completedness,” not “aim” or even “purpose.” That is to say that completedness is a πέρας such that “movement and action go toward it”—κίνησις and πρᾶξις, the being-occupied with something where a movement or action finds its end (no idea of a purpose!) There are, indeed, beings that have both of these limit-characters. The character of πέρας also has something to do with the οὗ ἕνεκα, the “for-the-sake-of-which.” The genuine, ultimate character of being in the εἶδος and τέλος is the character of the πέρας. For recognizing, limit is the having-of-limits only because it is the having-of-limits of the matter, the πρᾶγμα determined in its limits. [Heidegger  , GA18]

Coomaraswamy

De fato, o conceito metafísico de Perfeição visualiza um estado de existência que não é inumano, pois sabemos que tal estado é sempre acessível em toda parte para qualquer pessoa que se forçar a atingir o ponto central interno da própria consciência e existir em qualquer região ou plano de existência; nem é "sem coração", a não ser que com coração queiramos indicar a sede da alma e da sentimentalidade; mas garantidamente não é humano. Por exemplo, em Chandogya   Upanixade   V.10.2 é exatamente como amanava purusha (pessoa não-humana) que o Filho e avatara eviterno que é Agni supostamente conduz para a frente Aquele Que Compreende e através do Sol Supernal encontrou o próprio caminho para o lado mais afastado dos mundos, caminho que é o "percurso dos Anjos" (devayana), em contraste com o dos Patriarcas (pitryana), que não vai além do Sol, mas conduz à recorporificação num modo de ser humano. E prevê-se que, mais cedo ou mais tarde, esse devayana possa levar ao que no misticismo doutrinário se chama "morte final da alma" ou "afogamento" da alma, que é o al-fana ‘an al-fana dos sufistas; isso implica uma passagem (que vai até além da percepção consciente de uma divindade como ato) para um Supremo (para, paratpara em sânscrito) que fica além de todos os traços ou mesmo de uma multiplicidade exemplar, de modo nenhum inteligível. E lá, tão longe isso está de qualquer "reminiscência" possível daquelas que foram conhecidas ou amadas em outro ser, nas palavras de Eckhart  , "ninguém me perguntará de onde vim nem para onde fui"; ou, nas palavras de Rumi  , "ninguém tem conhecimento de cada um que entra, se é Fulano ou Beltrano". [AKCcivi  ]

Caeiro

Tanto a perseverança corajosa (andreia) como a justiça justificadora (dikaiosyne) ou o olhar a salvo do coração (sophrosyne) são as completudes (tele) em vista das quais é possível dar o sentido e a direção que nos orientam em situações aparentemente sem sentido, bloqueadas pela crise. Elas correspondem a uma outra forma de olhar que transcende a mera patologia do instante, cuja lógica decide o para sempre da qualidade do instante vivido. A excelência (arete) corresponde ao olhar para o único objetivo que nos pode dar um projeto de vida que resolve a situação hermética de toda e qualquerafetação patológica. [CaeiroArete]