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dyas / δυάς / díade / δύο / dois / Dyad / deutera / δεύτερα / σύζυγος / syzygos / syzygia / syzygie / sizígia / sicigia / sicígica / dualidade / dualismo

  

gr. δυάς, dyás: díade, par. Sentido aritmético: o número dois. Sentido metafísico: entre os pitagóricos, o ser segundo, criado pela Mónada, portanto imperfeito, e causa da matéria (Alexandre Poliístor, in D.L., VIII, 25; Aécio, VII, 18). Criticado por Aristóteles   em Met., N, 1-4. Em Plotino  , é a causa dos números e das ideias, em associação com o Uno (V, IV, 2).


Wei Wu Wei

Embora pareça haver pouca justificação etimologicamente, há uma convenção útil em francês segundo a qual o termo dualité é reservado para o que é pessoal, enquanto o termo dualisme é reservado para o que não é, ou seja, para qualidades, atributos e estados de espírito.

Assim, sujeito-objeto representam uma dualidade, enquanto bem-mal, amor-ódio, representam dualismos.

Pode ser útil seguir esta convenção?

Coomaraswamy

Puesto que es en el «corazón» (identificado con Brahma en Brhadaranyaka Upanishad   IV.1.7, y en otras partes) donde los distintos sí mismos del hombre se unifican (samahitah, ekadha bhavanti), se verá que nuestras palabras esquizo-fren-ia y fren-esí son designaciones sumamente apropiadas de lo que tiene lugar en un estado de «alienación», o de extranamiento de nuestro Sí mismo.

Por otra parte vi-dha, distribuir, dar su parte, no tiene ninguna otra connotación específicamente peyorativa que la que implica en la noción misma de «división». Los constituyentes del mundo se «distribuyen» en el sacrificio primordial, donde se pregunta, «¿cuán múltiplemente (katidha) dividieron ellos (vy adadhuh) a la Persona?» —en efecto, «¿en cuántas hitah?». A estas divisiones se alude en Rg Veda   Samhita I.164.15, vihitani dhamasah; y son, de hecho, divisiones de las Aguas primordiales (apo vy adadhat, Atharva Veda Samhita X.2.11), es decir, su ser soltadas. La respuesta a katidha es, por supuesto, los bahudha de muchos otros contextos, cf. nota 37. [DOIS EUS]

Huxley

Esta penetração na natureza das coisas e na origem do bem e do mal não é atribuída exclusivamente ao santo, mas reconhecida, obscuramente, por qualquer ser humano, estando demonstrada na própria estrutura de nossa linguagem. A linguagem, como há muito tempo observou Richard Trench, é inúmeras vezes "muito mais sábia, não simplesmente a linguagem vulgar, mas até a do mais sábio daqueles que a falam. Algumas vezes ela capta verdades que antes eram bem conhecidas, mas que foram esquecidas. Em outros casos mantém os germes das verdades que, embora nunca plenamente discernidas, o gênio dos que as vislumbraram capturou num feliz momento de intuição." Por exemplo, é tão importante que, nas línguas indo-europeias, como observou Darmsteter, o significado da raiz "dois" indicaria maldade. O prefixo grego dys (como em dispepsia) e o latino dis (como em desonrado) são ambos derivados de duo. O cognativo bis dá um sentido pejorativo às palavras do francês moderno tal como bévue ("engano", literalmente "visão dupla"). Traços daquele "segundo que te conduz à deriva" podem ser encontrados na palavra "dúbio", "dúvida" e Zweifel — pois duvidar é ter a mente dividida. Bunyan tem o seu "Sr. Olha-Para-os-Lados", e a gíria americana, seu two-timers. Obscura e inconscientemente sábia, nossa linguagem confirma as descobertas dos místicos e proclama a maldade essencial da divisão — uma palavra, incidentalmente, na qual nosso velho inimigo "dois" faz outra aparição decisiva.

Roberto Pla

Tem várias direções o caminho para a unidade do homem consigo mesmo, mas a rota mais segura consistem em buscar o que engendrou o “dois” no homem. Nesta ordem, o “dois” mais ilustre é o o que o Gênesis aponta quando em seu primeiro capítulo descreve ao Homem, a cada ser humano, como uma conjunção em si mesmo de “macho e fêmea”, e anuncia que com esse desígnio foi criado.

Segundo este relato, o Homem, criado “à imagem”, foi varão, e ao dizer “à imagem”, quer dizer entre outras coisas que era só “espírito”, como seu criador. Mas este homem essencial, pneumático, foi logo vestido nos campos psíquicos do paraíso, dotado de forma, “à semelhança”, e este foi o homem psico-pneumático, um composto de espírito (macho) e alma (fêmea) (vide Imagem e Semelhança).

Este foi o primeiro “dois” do homem, e sua resolução final em ser “uno” somente, é a obra mais importante que o corresponde realizar a cada um dos homens desta longa geração. As Escrituras se referem de muitas maneiras distintas a este “fazer do dois um” e o evangelho o toma como o eixo de seu ensinamento (vide Unidade).

O Espírito, já o sabemos, é o “esposo” místico, idêntico enquanto essência ao Espírito de Deus com o que se une; e a alma, é a “esposa”, a consciência, que quando purificada, recebe a unção do Espírito de Deus, aprende, por conhecimento, a derrubar as paredes que a enclausuram formalmente no mundo.

Tal destruição é o que Jesus qualifica como “negação de si mesmo”, completa, até chegar ao ponto de morrer, ainda que em seu sentido estrito é negação do que a alma crê ser, até que vem a ser só a essência de si mesma, a Consciência pura, o espírito.

A este processo interior básico se chamou dentro do vocabulário dos místicos, as bodas do esposo e a esposa, bodas das que fala em muitas ocasiões Jesus, ainda que às vezes “em parábola”. Esta bodas são a mais ilustre e elevada forma da unidade do homem no mundo.

Outro “dois”, ilustra também porque desponta dos dias do Jardim do Éden, é o “dois” da alma consigo mesma. Ao homem o toca convertê-lo em “um”, e não sem sofrimento, durante sua estadia no mundo, para alcança o Dia terceiro, o de sua saída ou ressurreição, tal como se diz que saiu Jonas do cetáceo. [Evangelho de Tomé - Logion 106]

Frithjof Schuon

Quem diz Realidade diz Poder ou Potencialidade, ou Shakti,se quisermos; portanto, há no Real um princípio de polarização perfeitamente indiferenciado no Absoluto, mais suscetível de ser discernido e causa de todo desdobramento subsequente. Podemos representar essa polaridade de princípio por um eixo horizontal ou vertical. Se ele é horizontal significa que a Potencialidade, ou a Maya suprema, continua no Princípio supremo, Paramatma, a título de dimensão intrínseca ou de poder latente. Se o eixo é vertical, significa que a Potencialidade torna-se Virtualidade, que ela resplandece e se comunica, que, consequentemente, dá margem a esta primeira Hipóstase que é o Ser, o princípio criador. É nesta primeira bipolaridade, ou nesta dualidade do princípio, que se encontram prefiguradas ou pré-realizadas todas as complementaridades e oposições possíveis: o sujeito e o objeto, a atividade e a passividade, o estático e o dinâmico, a unicidade e a totalidade, o exclusivo e o inclusivo, o rigor e a brandura. Esses pares são horizontais quando o segundo termo é o complemento qualitativo e, portanto, harmonioso do primeiro, isto é, se for a Shakti; são verticais quando o segundo termo tende de maneira eficiente a um nível mais relativo ou quando já aí se encontra. Não precisamos mencionar aqui as oposições puras e simples, cujo segundo termo tem apenas caráter privativo e que não podem ter nenhum arquétipo divino, exceto de maneira puramente lógica e simbólica.

No microcosmo humano, a dualidade manifesta-se pela dupla função do coração, simultaneamente Intelecto e Amor, este em relação ao Infinito e aquele ao Absoluto. De outro ponto de vista, que reflete a projeção hipostática descendente, o Intelecto corresponde ao Superser e o mental, ao Ser. [ESOTERISMO COMO PRINCÍPIO E COMO VIA]

Elémire Zolla

La corrispondenza musicale è con la prima nota generata, nel tono minóre o nel maggiore, a distanza di un’ottava. Quella geometrica con l’estensione del punto : la linea. Il rapporto fra unità e dualità illustra ancora la trinità. La nota generatrice in sé è il Padre; la stessa un’ottava sopra, il Figlio; l’intervallo lo Spirito Santo. Per i pitagorici la dualità è il primo numero pari cioè femminile, simbolo di giustizia in quanto divide in parti uguali (due parti e tre rapporti). Si può dire che la dualità è divisione dell’unità o sua addizione (a seconda che essa si presenti nel tono minore o maggiore, nell’esempio musicale). Simboli della dualità sono il sole e la luna; il maschile e il femminile, cioè forma e materia, secondo l’uguaglianza stabilita da Aristotele; la destra e la mancina; la prosperità e l’avversità; notte e giorno; fas e jus; i dioscuri. Il prodursi della dualità dall’unità è simboleggiata (in quanto avviene nel tono minore) dallo smembramento, dalla divisione in parti del Dio (Dioniso, Orfeo, Lino, Osiride): l’unità, in minore, si deve sacrificare, diventare serva della molteplicità. In maggiore si espande, emana. Il due nella Cabbala è la seconda lettera, beth, che mostra alto e basso, inferno e paradiso, secolo ed eternità, è simbolo della legge   (di là della quale è l’alef che può apparire bestemmia se visto dal secolo).

Scechina, cit. p. 167: a Nel trattato Berechith Rabà, I, 10, è detto: "Perché con un alef? Perché designa l’imprecazione" ». Dice San Paolo (Romani, 2, 24): «Il nome del Signore è bestemmiato fra le genti». Il primo numero delle cose soprannaturali è l’uno, alef, mentre il primo delle cose naturali è due. Soprannaturalmente si va dall’uno al due. Naturalmente si va dal due all’uno. La diade è la scienza, secondo Aristotele e Teone di Smirne, perché « è scienza di qualcosa », cioè partecipazione o rapporto di due termini, laddove l’unità è il nous, il conoscere non intellettualistico ma per identificazione. Noûs = 1, epistemen o dianoia = 2, doxa = 3, aisthesis = 4: è la progressiuone di origine pitagorica (mente, scienza, opinione, sensazione sono traduzioni approssimative. [Místicos do Ocidente]