A cosmovisão de Platão é caracterizada pelo rígido recorte que ele faz entre o mundo sensível e o mundo inteligível; entre o mundo dos fenômenos e o das ideias.
Azenha & Viaro
A cosmovisão de Platão é caracterizada pelo rígido recorte que ele faz entre o mundo sensível e o mundo inteligível; entre o mundo dos fenômenos e o das ideias. Ambos os mundos — o mundo do “visível” e o do “invisível”, o mundo do ορατόν [horatón] e do νοητόν [noetón] — não se encontram num mesmo plano e não permitem, portanto, (...)
Página inicial > Palavras-chave > Termos > doxa / δόξα / dóxa / gratia / glória / opinião / doxazein / opinar / doxastikos (...)
doxa / δόξα / dóxa / gratia / glória / opinião / doxazein / opinar / doxastikos logos / razão opinativa / eikasia / conjectura / auto deixei / άδοξα / adoxa / desgraça
gr. δόξα, dóxa: 1) opinião, 2) juízo. Segundo Jayme Paviani, é uma modalidade de conhecimento considerado inferior ou pseudo-conhecimento na perspectiva platônica. Para Fraile , as artes e as ciências que se ocupam do estudo da natureza, embora necessárias por sua utilidade para a vida prática, não passam da ordem da opinião (doxa), pois se "aplicam ao que sempre está chegando e nunca chega a ser" (Filebo 59a).
gr. auto deixei. A indicação de uma revelação que a palavra filosófica deve permitir ao leitor. [Brisson ]
La distinción vedántica y budista entre el conocimiento empírico y probable, válido para los propósitos prácticos, y la verdad axiomática e intelectualmente válida de los primeros principios es la misma que la que hay entre la «opinión» y la «verdad» en la filosofía griega, donde la opinión corresponde al devenir, y la verdad al ser (Parménides, Diógenes Laertius 9.22, Diels frs. 1.8; y Platón, Timeo 28, 29); la opinión se refiere a «eso que comienza y perece» y la verdad a «eso que siempre es, y no comienza»; la distinción, que sobrevive en las dos formas de la intuición de Leibniz , una que da «la verdad del hecho», la otra «la verdad de la razón», es virtualmente, y quizás efectivamente, una reafirmación de Demócrito , que reconocía «dos formas de conocimiento, respectivamente bastardo y legítimo, el primero obtenido por los sentidos, y el segundo inteligible, siendo la razón el criterio» (Sextus Empiricus , Adv. Dogm. 1.138 sig.). El «pragmatismo» moderno, por supuesto, trata sólo de la verdad «bastarda» de los hechos, según la cual, por ejemplo, nosotros esperamos (aunque no lo sabemos) que el sol saldrá mañana, y actuamos acordemente. De aquí, también, el concepto moderno del arte como una experiencia meramente estética. [AKCTE ]
Matérias
-
Cassirer (ICR) – Aparência e Ideia
24 de março de 2022, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 53,7 (I, 1, 7) — O sujeito da sensação é o composto
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro(§7, 1-6) A constituição da parelha O sujeito das paixões é uma terceira entidade, nascida da mistura do corpo e da potência emanada da alma. (§7, 6-23) O "Nós"e o animal. Multiplicidade do "Nós O processo da sensação As operações do "Nós"
traduzindo de MacKenna
7. A verdade jaz na Consideração que a Parelha subsiste em virtude da presença da Alma.
Isto, entretanto, não quer dizer que a Alma se dá como é em si mesma para formar seja a Parelha ou o corpo.
Não; do corpo organizado e algo mais, digamos uma (...) -
noesis
24 de março de 2022nóêsis: a operação do noûs, pensar (como oposto à sensação), intuição (como oposto ao raciocínio discursivo)
1. Diferenças sutis entre a mera percepção de um objeto ou objetos, i. e., a sensação (aisthesis) e outra espécie de consciência psíquica que vai além dos dados dos sentidos e percebe coisas menos tangíveis, como semelhanças e diferenças entre os objetos, está já presente em Homero e é identificada com o órgão chamado noûs. Com os filósofos a diferença torna-se um problema. Heráclito suspeita da (...) -
Plotino - Tratado 5,7 (V, 9, 7) — O Intelecto, as Formas e as ciências
15 de junho de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 7: O Intelecto, as Formas e as ciências 1-8. As ciências verdadeiras têm por objeto de pensamento os inteligíveis; elas são aquilo que elas pensam e elas têm nelas mesmas o inteligível assim como a intelecção. 8-12. Sendo todas coisas juntas, o Intelecto não busca adquiri-las, e ele não tem que pensar para que elas existam. 12-18. As Formas não são pensamentos que o Intelecto faz existir neles pensando, pois é preciso que o inteligível seja anterior à intelecção.
Míguez
7. De las ciencias que (...) -
Schelling : Philosophie de la Mythologie - ONZIÈME LEÇON
24 de dezembro de 2009, por Cardoso de CastroIntroduction à la Philosophie de la Mythologie, F.-W. Schelling. ONZIÈME LEÇON. Trad. S. Jankélévitch
La religion philosophique, telle que nous l’exigeons, n’existe pas. Mais, étant donné que, par !a place que nous lui assignons, elle a pour mission de nous rendre intelligibles toutes celles qui l’ont précédée, elle constitue le terme final du processus, depuis le commencement de celui-ci, ce qui revient à dire que sa réalisation ne peut s’effectuer ni aujourd’hui, ni demain, mais qu’elle est ce qui (...) -
Platão (República:L6:509d-511e) – as quatro operações da alma
15 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017
Rocha Pereira
[509d] — Imagina então — comecei eu — que, conforme dissemos, eles são dois e que reinam, um na espécie e no mundo inteligível, o outro no visível. Não digo «no céu», não vás tu julgar que estou a fazer etimologias com o nome . Compreendeste, pois, estas duas espécies, o visível e o inteligível?
— Compreendí. [310]
— Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada (...) -
kakon
24 de março de 2022kakón: mal
1. Antes de Sócrates fazer da ética um assunto do discurso filosófico as considerações sobre o bem e o mal tinham sido apanágio dos poetas e dos legisladores. Mas a consciência crescente do relativismo moral e a asserção feita pelos sofistas, do caráter puramente arbitrário da lei (nomos) levaram Sócrates a procurar padrões absolutos de conduta moral.
2. Porém, a ênfase socrática é posta na virtude (arete) e no bem (agathon). De fato, do seu ponto de vista intelectualista parecia não ser (...) -
Fernando Gil (ME:3-6) – a crença
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFernando Gil, MODOS DA EVIDÊNCIA. Lisboa: INCM, 1998, p. 3-6
1. A minha exposição tem a sua origem no cruzamento de um dos eixos que nos é proposto — a distinção entre juízo de existência e juízo de atribuição tal como ela se apresenta em Freud — com uma ou, antes, duas questões filosóficas: a crença e a evidência. Partirei de algumas teses sobre a existência que encontramos em Kant, Husserl, Wittgenstein, para as confrontar a seguir com a doutrina freudiana do juízo. A referência a estes três filósofos (...) -
Barbuy: ser unívoco e ser análogo I
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 46-53. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
Intuir na realidade o que a realidade é, qual é a sua estrutura, o seu — ontos ón — é o mesmo que buscar o ser da realidade. Mas este ser, como se apresenta? Heráclito, afirmando a perpétua mudança, o fluir incessante de todas as cousas do mundo incerto e transitório, tinha negado os princípios primeiros da Inteligência, afirmando do ser ao mesmo tempo que é e não (...) -
Aristóteles (EN:III,2) – decisão (proairesis, escolha)
10 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro2. Escolha distinta do voluntário: o objeto da escolha é o resultado de deliberação prévia.
Caeiro
Definidas que estão as ações voluntárias e involuntárias, [1111b4] segue-se agora a discussão acerca da decisão [proairesis, escolha]. A decisão é, na verdade, 5 [70] o que de mais próprio concerne a excelência e é melhor do que as próprias ações no que respeita a avaliação dos caracteres Humanos.
A decisão parece, pois, ser voluntária. Decidir e agir voluntariamente não é, contudo, a mesma coisa, pois, a ação (...) -
Barbuy: sophia e episteme
7 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 79-83.
Sophia, sabedoria, se distingue de episteme, ciência. E distingue-se de doxa, opinião. De onde, o sentido mais radical da Filosofia, é o da Sabedoria, que se distingue do saber. A filosofia não é o conjunto das cousas que se sabem, não é uma synthèse scientifique (como se diria no século XIX), mas uma sabedoria da realidade profunda. O saber se distingue da sabedoria, como a ciência se distingue da filosofia. (...) -
Plotino - Tratado 32,1 (V, 5, 1) — Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto
19 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto 1-32: O Intelecto contem os inteligíveis a fim de que seu conhecimento seja infalível e imediato 32-50: Os inteligíveis têm a vida e o intelecto, e eles não estão separados uns dos outros 50-68: Pôr os inteligíveis no exterior, é privar o Intelecto da verdade e de sua natureza
Míguez
1. En cuanto a la Inteligencia, a la verdadera y real Inteligencia, ¿podría ciertamente equivocarse y no formular juicios verdaderos? De ningún (...) -
Corbin (CETC:39-42) – Xvarnah, a Luz-de-Glória
18 de dezembro de 2022, por Cardoso de CastroCORBIN, Henry. Cuerpo espiritual y Tierra celeste. Del Irán mazdeísta al Irán chiíta. Traducción de Ana Cristina Crespo. Madrid: Ediciones Siruela, 2006
Ahora la tarea consistirá en buscar cómo y en qué condiciones se perfila precisamente la figura del Ángel, cuando la Imaginación activa (cuando el gētīk se capta en su mēnōk) transfiere los datos de la percepción sensible al estado diáfano. Esta labor equivale a concretar cuál es esta Forma imaginal como órgano a través del cual la Imaginación activa, al (...) -
Berger (Proclus:1-13) – Proclus e sua doutrina
11 de outubro de 2007, por Cardoso de CastroBerger, Adolphe. Proclus, exposition de sa doctrine. Paris: Imprimerie de Bourgogne et Marinet, 1840
Héritier de la philosophie grecque tout entière, et devenu maître, par un travail opiniâtre, de tout son héritage, Proclus a légué à son siècle et aux âges suivants une doctrine complète et arrêtée, qui est en même temps le dernier mot du platonisme, et un immense répertoire des opinions de tous les philosophes. Comparer son système aux doctrines antérieures de la philosophie grecque, montrer ce qu’il (...) -
O noûs em Aristóteles
24 de março de 20228. O princípio transcendente de Aristóteles é, primeiro e antes de tudo, um «motor», desenvolvido a partir de uma série de argumentos que derivam da natureza da kinesis e da genesis (ver kinoun 7-10) e que Aristóteles, tal como Anaxágoras, escolheu para identificar como um princípio inteligente, o noûs. Mas diferentemente de Anaxágoras, ele está agora perante uma «separação» entre o material e o imaterial e assim tem de recorrer, mesmo no caso desta causa eficiente, à força motriz da causalidade final (ver (...)
-
Victor Cousin : THÉÉTÈTE ou la science
25 de maio de 2009, por Cardoso de Castro1846 Oeuvres de Platon. Traduites par Victor Cousin (Volume 1-2)
Le sujet de Théétète est la science et sou fondement. Il s’agit d’y déterminer, non pas quels sont les objets de la science, ni quelles sont les différentes sciences, mais ce que c’est que la science considérée en elle-même, ce qui la caractérise et la constitue. L’adversaire de Socrate propose trois solutions à ce problème. D’abord il répond que savoir, c’est sentir. Battu sur ce point, il a recours à une solution un peu plus étendue, et (...) -
Bouillet: Traité 32 (V, 5) - LES INTELLIGIBLES NE SONT PAS HORS DE L INTELLIGENCE DU BIEN.
19 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro(I-II) L’intelligence véritable doit être infaillible et posséder la certitude. Pour cela, il faut qu’elle soit identique aux intelligibles afin de tirer sa science de son propre fonds. Si elle l’empruntait à autrui, elle n’aurait pas le droit de croire que les choses sont telles qu’elle les conçoit ; elle ressemblerait aux sens qui nous représentent les objets extérieurs, mais n’atteignent pas ces objets eux-mêmes: elle n’aurait que des connaissances incertaines et accidentelles, et elle manquerait de (...)
-
Sorabji (PC1:33-37) – percepção requer opinião e raciocínio?
20 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroNão segundo Aristóteles, para quem a opinião é uma faculdade racional que falta aos animais (DA 3.3, 428a22-4), enquanto os animais por definição têm percepção (DA 2.3), e através da percepção o leão pode perceber que o boi está próximo (EN 3.10, 1118a20-3).
Platão
Platão havia concordado que a percepção é distinta da razão e da crença, mas não que ela possa alcançar muito sem elas. Em Platão Teeteto 186A-187A, a percepção só pode apreender, por exemplo, a brancura, mas não ser e verdade. Ser (ousia), 186C e E, (...) -
Brochard : LES MYTHES DANS LA PHILOSOPHIE DE PLATON
17 de junho de 2013, por Cardoso de CastroÉTUDES DE PHILOSOPHIE ANCIENNE ET DE PHILOSOPHIE MODERNE par V. Brochard
Parmi les questions préjudicielles que doit nécessairement résoudre quiconque veut pénétrer un peu avant dans la philosophie de Platon se trouve au premier rang celle de la valeur des mythes. Il est certain que Platon a souvent présenté ses doctrines sous forme poétique ou allégorique. Il s’est complu dans la fiction, et il n’est presque pas de dialogue où l’on ne puisse, en cherchant bien, découvrir des mythes plus ou moins (...) -
Sorabji (PC1:275) – emotion (pathos)
28 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroAspasius, the earliest commentator in the Aristotelian school whose commentary has survived as more than excerpts, asks if the most generic emotions are just pleasure and pain, or the four given by the Stoics (and often listed by Plato), who add fear and appetite, or the six sometimes listed by Plato. Aspasius backs the pleasure-pain pair, ignoring Aristotle’s Rhetoric, Book 2, of which he shows little knowledge [...], where Aristotle defines a number of emotions in terms of different types (...)
Notas
- 4.° O mundo sensível
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:67,15-23) – convicção (pistis)
- anamnesis
- arche
- Aristóteles (A:3.3, 428a18-24) – phantasia e doxa
- Aristóteles: noesis
- Brisson-Pradeau: Beleza
- Cadaver e Aguias
- dianoia
- doxa
- Doxa-Logos
- eidenai
- eikon
- enargeia
- Epicuristas: noesis
- Ética a Nicômaco (VI, 3) – modos de desencobrimento - episteme
- Eudoro de Sousa (HC:103-104) – Poema de Parmênides - Mundo da Aparência
- Eudoro de Sousa (HC:98-99) – Poema de Parmênides - Proêmio (1)
- Eudoro de Sousa (HC:99-100) – Poema de Parmênides - Mitologia do Horizonte
- Gerson: episteme