KOYRÉ, Alexandre. Galileu e Platão. Tr. Maria Teresa Brito Curado. Lisboa: Gradiva, sem data
Num artigo publicado na Critique afirmei que o problema da origem do mecanicismo, considerado no seu duplo aspecto, a saber: a) por que razão o mecanicismo nasceu no século XVII e b) por que motivo não nasceu vinte séculos mais cedo, nomeadamente na Grécia, não tem uma solução satisfatória, isto é, uma solução que não nos remeta simplesmente para o fato (duvido, aliás, que em história se possa alguma vez (...)
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Bachelard
Matérias
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Koyré (GP) – mundo da precisão
25 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Latour (VL:196-200) – A fabricação dos fatos científicos
27 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLATOUR, Bruno & WOOLGAR, Steve. A Vida de Laboratório. A produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997, p. 196-200
Os próprios cientistas passam um bom tempo perguntando-se se este ou aquele enunciado tem “verdadeiramente” relação com um objeto “exterior”, se ele não é um produto da imaginação ou um artefato, resultado dos procedimentos utilizados. É por isso que não se pode dizer que os homens de ciência ocupam-se dos temas científicos deixando aos filósofos os debates entre (...) -
Marejko (TM:147-152) – O mito Galileu
6 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroMarejko, Jan. Le territoire métaphysique. Paris: L’Age d’homme, 1989, pp. 147-152.
tradução parcial
Na mitologia da modernidade, o processo de Galileu constitui um dos mitos poderosos. Este processo em sua versão mítica, assinalaria um momento de inflexão na história do mundo, um momento em que um espírito independente se levantou face às forças das trevas. Há tão pouca verdade nesta imagem quanto no relato das experiências de Galileu na Torre de Pisa. Um dos melhores historiadores da atualidade (...) -
Bachelard (FES) – obra da ciência
27 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBACHELARD, Gaston. (1934), La formation de l’esprit scientifique. Contribution à une psychanalyse de la connaissance objective. Paris: Librairie philosophique J. Vrin, 5e édition, 1967 (ebook)
excerto traduzido
Só na obra da ciência é possível amar o que se destrói, continuar o passado negando-o, venerar seu mestre contradizendo-o.
Original
Dès lors une psychanalyse de l’esprit scientifique prend tout son sens : le passé intellectuel, comme le passé affectif, doit être connu comme tel, comme (...) -
Carneiro Leão (FG1:36-39) – O Caos
11 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 36-39]
Em seu Essai sur la connaissance approché (277), Gaston Bachelard afirma peremptoriamente: “La diversité absolue d’un chaos ne pourrait recevoir l’occasion d’acune action e par conséquence d’aucune pensée! [“A diversidade absoluta de um caos não poderia receber a ocasião de nenhuma ação e, por conseguinte, de nenhum pensamento”!]
Diante de uma afirmativa tão cabal, nossa tentativa de falar do sentido grego do caos (...) -
Bachelard (ARPC) – o mundo científico é uma escola
27 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroGaston Bachelard (1965), L’activité rationaliste de la physique contemporaine. Paris : Les Presses universitaires de France, 1965
tradução parcial
Como não inscrever doravante na filosofia fundamental do pensamento científico, na sequência de seu estatuto intersubjetivo, seu inelutável caráter social? Pois enfim, esta essencial pluralidade dos pensadores de um pensamento científico determinado, aí está, como diz o poeta, a expressão do homem "na milésima pessoa do singular" , aí está uma geração de (...) -
Beaune (FMT) – Meio Técnico
25 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBEAUNE, Jean-Claude. Philosophie des milieux techniques: La matière, l’instrument, l’automate. Seyssel: Champ Vallon, 1998
Este grosso volume publicado em 1998 trata muito das técnica e da tecnologia, das máquinas, de objetos concebidos e fabricados,d e artifícios, de autômatos. Tantas óticas que se recobrem em parte mas deixando, através desta pluralidade reivindicada, entrever um ponto comum: um objeto técnico não tem sentido por si mesmo mas pelo fato que ao seu redor se estabelece um meio de (...) -
Durand (GTSM) – Sociologia
31 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DURAND, Gilbert. Os Grandes Textos da Sociologia Moderna. Tr. Maria do Céu Ferreira Tarouca da SIlva, Carla Filomena Simões Coelho Espinho e José Cortês. Lisboa: Edições 70, 1982, p. 13-15.]
A especificidade e a autonomia de toda a ciência não surgem por simples providência epistemológica, mas através de laboriosos progressos. A sociologia não foge a esta regra. Ao longo dos séculos, ela conseguiu emergir, progressivamente, de diferentes níveis epistemológicos, de diferentes filosofias e visões do (...) -
Alguns autores sobre a noção de "precursor" em história da ciência
8 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroHilton Japiassu, «A Revolução Científica Moderna»
PORTOCARRERO, V. As ciências da vida: de Canguilhem a Foucault. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2009
Portocarrero
Se existissem precursores, a história das ciências perderia todo sentido. A dimensão histórica da ciência seria apenas uma aparência, visto que um precursor seria um pesquisador que teria percorrido, no passado, um trecho de um caminho finalizado, recentemente, por um outro. Se, na Antiguidade, quando o mundo era considerado fechado, (...) -
Fourez (CC:21-24) – o apartamento e a casa com porão e sótão
27 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroFOUREZ, Gérard. A Construção das Ciências. Tr. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: EDUSP, 1985, p. 21-24
A distinção desses dois códigos pode ser ilustrada por uma anedota cujo herói é o filósofo da ciência Gaston Bachelard. Esse pensador francês, no fim de sua vida, estava sendo entrevistado por um jornalista. Depois de alguns minutos, Bachelard o interrompeu: “O senhor, manifestamente, vive em um apartamento e não em uma casa.” E o jornalista, surpreso, perguntou-lhe o que queria dizer com isso. O filósofo (...) -
Gusdorf: Structure de l’oeuvre
7 de agosto de 2008, por Cardoso de CastroRésumé d’après la table de matières des deux tomes de l’oeuvre publié par PUF, 1993.
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Comunicação não-verbal
22 de marçoChaim Samuel Katz Pode ser analisada de vários pontos de vista. Veja-se inicialmente a distinção entre comunicação cognitiva e comunicação verbal. Na comunicação cognitiva os vários sentidos são definidos e tendem para um valor unívoco e universal. Quanto mais precisa esta comunicação, tanto mais se afastará da expressão verbal que, no plano existencial, se volta necessariamente para os significados. Por exemplo, as linguagens matemáticas, que são primordialmente representação gráfica e secundariamente (...)
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Sampaio Bruno Brasil
28 de marçoO BRAZIL MENTAL, ESBOÇO CRITICO Excertos do estudo de Maria Helena Varela, "O Heterologos em língua portuguesa"
Conhecer as ideias dominantes da intelligentsia de um país é condição necessária e suficiente para compreender a sua realidade social; daí o Brasil mental, para o autor portuense, conter e explicar o Brasil social, sendo esta precedência não só lógica como indispensável, já que toda a prática pressupõe uma teoria. Assim, "o republicanismo fluminense é a simples aplicação do positivismo (...) -
Nietzsche, Sonambulo el Día, por Oscar Portela
23 de marçoNietzsche, Sonámbulo del día Escrito por Oscar Portela
..."lo último que deseo es "fama" y "ruido" en los periódicos y "veneración de discípulos"; he visto demasiado de cerca lo que todo ello significa hoy. Me sentiría en medio de ello mas solitario que ahora, y quizás aumentaría espantosamente mi desprecio de los hombres". (A su hermana, Sils María, a finales de julio de 1885).
La relación de la época de Nietzsche es sin embargo equívoca. El no pidió oficinas de prensa y propaganda, sino (...) -
Jambet (LO:78-85) – a imaginação segundo Avicena
27 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroJAMBET, Christian. A lógica dos orientais : Henry Corbin e a ciência das formas. Tr. Alexandre de Oliveira Torres Carrasco. São Paulo: Globo, 2006, p. 78-85
As faculdades ou potências da alma (que conservarão essa denominação, por herança de Aristóteles, até Kant) apresentam-se menos como uma arquitetura e mais como uma árvore. Ao contrário da árvore cartesiana, entretanto, não é nas raízes que se deve procurar o conhecimento ou as mais dignas existências, mas na sua copa. Melhor: a imbricação das (...)