[DELEUZE, Gilles. Diferença e Repetição. Tr. Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988, p. 150-155]
português
Cogito cartesiano e cogito kantiano
Nada é mais instrutivo, temporalmente, isto é, do ponto de vista da teoria do tempo, do que a diferença entre o cogito de vista da teoria do tempo, do que a diferença entre o cogito de Descartes operasse com dois valores lógicos: a determinação e a existência indeterminada. A determinação (eu penso) implica uma existência (...)
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Deleuze
Matérias
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Deleuze (DR:150-155) – o "eu"
30 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Deleuze (DR:169-174) – objetos virtuais
30 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DELEUZE, Gilles. Diferença e Repetição. Tr. Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988, p. 169-174]
português
Mas os objetos reais, o objeto posto como realidade ou suporte do liame, não constituem os únicos objetos do eu. assim como não esgotam o conjunto das relações ditas objetais. Dis-tinguimos duas dimensões simultâneas: é assim que a síntese passiva não se ultrapassa na direção de uma síntese ativa sem aprofundar-se também numa outra direção em que ela permanece síntese (...) -
Deleuze (C72-90:14-15) – falar em nome próprio
30 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DELEUZE, Gilles. Conversações 1972-1990. Tr. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1992, p. 14-15]
Chego então à sua primeira crítica, onde você diz e repete com todas as letras: você está cercado, você está acuado, [13] confessa. Procurador geral! Não confesso nada. Já que se trata por sua culpa de um livro sobre mim, gostaria de explicar como vejo o que escrevi. Sou de uma geração, uma das últimas gerações que foram mais ou menos assassinadas com a história da filosofia. A história da filosofia (...) -
Deleuze (NF): para que serve a filosofia?
30 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDELEUZE, Gilles. Nietzsche e a Filosofia. Tr. Edmundo Fernandes Dias e Ruth Joffily Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976
português
O conceito de verdade só se determina em função de uma tipologia pluralista. E a tipologia começa por uma topologia. Trata-se de saber a que região pertencem tais erros e tais verdades, qual é o seu tipo, quem os formula e os concebe. Submeter o verdadeiro à prova do baixo, mas também submeter o falso à prova do alto é a tarefa realmente crítica e o único meio de (...) -
Deleuze (LS:1-4) – devir e acontecimento
30 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 1975, p. 1-4
português
Alice assim como Do outro lado do espelho tratam de uma categoria de coisas muito especiais: os acontecimentos, os acontecimentos puros. Quando digo “Alice cresce”, quero dizer que ela se toma maior do que era. Mas por isso mesmo ela também se toma menor do que é agora. Sem dúvida, não é ao mesmo tempo que ela é maior e menor. Mas é ao mesmo tempo que ela se torna um e outro. Ela é maior agora e era menor antes. Mas (...) -
Deleuze (QF): O filósofo é o amigo do conceito
30 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDELEUZE, Gilles & GUATTARI,Félix. O que é filosofia? Tr. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Munoz. São Paulo: Editora 34, 1997
português
O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência. Quer dizer que a filosofia não é uma simples arte de formar, de inventar ou de fabricar conceitos, pois os conceitos não são necessariamente formas, achados ou produtos. A filosofia, mais rigorosamente, é a disciplina que consiste em criar conceitos. O amigo seria o amigo de suas próprias criações? Ou (...) -
Alguns autores sobre a noção de "precursor" em história da ciência
8 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroHilton Japiassu, «A Revolução Científica Moderna»
PORTOCARRERO, V. As ciências da vida: de Canguilhem a Foucault. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2009
Portocarrero
Se existissem precursores, a história das ciências perderia todo sentido. A dimensão histórica da ciência seria apenas uma aparência, visto que um precursor seria um pesquisador que teria percorrido, no passado, um trecho de um caminho finalizado, recentemente, por um outro. Se, na Antiguidade, quando o mundo era considerado fechado, (...) -
Lévy (V) – o atual e o virtual
26 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcertos de Pierre Lévy, O que é o Virtual?
Consideremos, para começar, a oposição fácil e enganosa entre real e virtual. No uso corrente, a palavra virtual é empregada com frequência para significar a pura e simples ausência de existência, a "realidade" supondo uma efetuação material, uma presença tangível. O real seria da ordem do "tenho", enquanto o virtual seria da ordem do "terás", ou da ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização. Como (...) -
Deleuze (C:215-217) – controle da comunicação
6 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroDELEUZE, Gilles. Conversações 1972-1990. Tr. Peter Pál Pelbart. São Paulo: Ed. 34, 1992, p. 215-217
português
Toni Negri — Em seu livro sobre Foucault e também na entrevista televisiva ao Institut National de l’Audio-visuel (I.N.A.), você propõe aprofundar o estudo de três práticas do poder: o Soberano, o Disciplinar, e sobretudo o de Controle sobre a “comunicação”, que hoje está em vias de tomar-se hegemônico. Por um lado, este último cenário remete à mais alta perfeição da dominação, que toca tanto a (...) -
Jambet (LO:78-85) – a imaginação segundo Avicena
27 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroJAMBET, Christian. A lógica dos orientais : Henry Corbin e a ciência das formas. Tr. Alexandre de Oliveira Torres Carrasco. São Paulo: Globo, 2006, p. 78-85
As faculdades ou potências da alma (que conservarão essa denominação, por herança de Aristóteles, até Kant) apresentam-se menos como uma arquitetura e mais como uma árvore. Ao contrário da árvore cartesiana, entretanto, não é nas raízes que se deve procurar o conhecimento ou as mais dignas existências, mas na sua copa. Melhor: a imbricação das (...)