DE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Michel Henry (1987) opta, por sua vez, pela valorização da “vida” na crítica fenomenológica da técnica. Para ele, toda a cultura é uma cultura da vida, no duplo sentido que a vida se constitui, ao mesmo tempo, em sujeito desta (...)
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Arendt / ArendtCH / ArendtPF / ArendtVE
HANNAH ARENDT (1906-1975)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
- ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o Futuro. Tr. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2016 (ebook) [ArendtPF]
- ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Tr. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2020 (epub) [ArendtCH]
- ARENDT, Hannah. A Vida do Espírito. Tr. Antônio Abranches e Cesar Augusto R. de Almeida e Helena Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000 [ArendtVE]
Matérias
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de Castro (SEI): técnica e vida
19 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Arendt (CH:C2.6) – estatística
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Condição Humana.Tr. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2020 (epub)]
Tradução
As leis da estatística são válidas somente quando se lida com grandes números e longos períodos de tempo, e os atos ou eventos só podem aparecer estatisticamente como desvios ou flutuações. A justificativa da estatística é a de que os feitos e eventos são ocorrências raras na vida cotidiana e na história. Contudo, o pleno significado das relações cotidianas revela-se não na vida do dia-a-dia, mas em (...) -
Arendt (CH:C5.32) – O caráter processual da ação
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Condição Humana.Tr. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2020 (epub)]
Tradução
A instrumentalização da ação e a degradação da política em um meio para atingir outra coisa certamente jamais conseguiram eliminar de fato a ação, evitar que ela seja uma das experiências humanas decisivas, nem destruir por completo o domínio dos assuntos humanos. Vimos anteriormente que, em nosso mundo, a aparente eliminação do trabalho, como esforço doloroso ao qual toda vida humana está vinculada, (...) -
Arendt (VE:10-11) – sensorial e o supra-sensorial
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Vida do Espírito. Tr. Antônio Abranches e Cesar Augusto R. de Almeida e Helena Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000, p. 10-11]
Tradução
Antes, portanto, de começarmos aespecular sobre as possíveis vantagens de nossa atual situação, seria prudente refletir sobre o que realmente queremos dizer quando observamos que a teologia, a filosofia e a metafísica chegaram a um fim. Certamente não é que Deus esteja morto, algo sobre o qual o nosso conhecimento é tão pequeno quanto o (...) -
Zimmerman – Metafísica Producionista
3 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroAnálise do desdobramento do pensamento de Heidegger sobre a técnica, sustentando um diálogo com pensamentos contemporâneos, p.ex. Jünger, Spengler e outros. A contextualização sócio-política é também retratada enquanto meio no qual a "questão da técnica" ganha ainda mais sentido.
-** Heidegger’s Confrontation with Modernity Technology, Politics Art Michael E. Zimmerman Indiana University Press, 1990 Introdução Excelente análise da questão da técnica em Heidegger, contextualizada na sua constituição de (...) -
Hans Jonas (E) – Technology and Responsibility
23 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroJONAS, Hans. Philosophical Essays. From Ancient Creed to Technological Man. Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1974
All previous ethics - whether in the form of issuing direct enjoinders to do and not to do certain things, or in the form of defining principles for such enjoinders, or in the form of establishing the ground of obligation for obeying such principles - had these interconnected tacit premises in common-, that the human condition, determined by the nature of man and the nature of (...) -
Arendt (VE:196-201) – a vontade
21 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Vida do Espírito. Tr. Antônio Abranches e Cesar Augusto R. de Almeida e Helena Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000, p. 196-201]
Abranches, Almeida & Martins
Estas considerações preliminares — e de modo algum satisfatórias — sobre o conceito de tempo parecem-me necessárias em nossa discussão sobre o ego volitivo, porque a Vontade, se é que ela existe — e uma quantidade desconfortável [197] de grandes filósofos que nunca duvidaram da razão ou do pensamento sustentaram (...) -
Arendt (CH:222-224) – gênio e dignidade humanos
13 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Condição Humana.Tr. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2020 (epub)]
Raposo
Talvez o melhor exemplo da frustração da pessoa humana, inerente a uma comunidade de produtores e, mais ainda, à sociedade comercial, seja o fenômeno do gênio, que a era moderna, desde a Renascença até o final do século XIX, viu como seu mais alto ideal. (O gênio criativo como expressão quintessencial da grandeza humana era inteiramente desconhecido na Antiguidade e na Idade Média.) Só no começo do (...) -
Arendt (LFPK:16-17) – as "críticas" de Kant
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de ARENDT, Hannah. Lições sobre a filosofia política de Kant. Tr. André Duarte de Macedo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993, p. 16-17
Original
Another way of raising objections to my choice of topic, a somewhat indelicate but by no means entirely unjustified way, is to point out that all of the essays that are usually chosen-and that I too have chosen—date from Kant’s last years and that the decrease of his mental faculties, which finally led into senile imbecility, is a matter of (...) -
Arendt: O Homem: Animal Social ou Político
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroTradução
A vita activa, a vida humana na medida em que está ativamente empenhada em fazer algo, está sempre enraizada em um mundo de homens ou de coisas feitas pelos homens, um mundo que ela jamais abandona ou chega a transcender completamente. As coisas e os homens constituem o ambiente de cada uma das atividades humanas, que não teriam sentido sem tal localização; e, no entanto, esse ambiente, o mundo no qual nascemos, não existiria sem a atividade humana que o produziu, como no caso de coisas (...) -
Arendt (CR:10-12) – os problem-solvers
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de ARENDT, Hannah. Crises of the Republic. New York: Harcourt, Brace & Co., 1972, p. 10-12
Original
The problem-solvers have been characterized as men of great self-confidence, who “seem rarely to doubt their ability to prevail,” and they worked together with the members of the military of whom “the history remarks that they were ‘men accustomed to winning.’”8 We should not forget that we owe it to the problem-solvers’ effort at impartial self-examination, rare among such people, (...) -
de Castro: da matematização da natureza à naturalização da matemática
13 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroTexto produzido durante a construção da Tese de Doutorado em Geografia, parcialmente utilizado pelo texto da tese.
Como muito bem coloca Merleau-Ponty: “Não foram as descobertas científicas que provocaram uma mudança na ideia de Natureza. Foi a mudança na ideia de Natureza que permitiu estas descobertas. Foi desta forma que uma concepção qualitativa do Mundo, impediu Kepler de admitir a lei da gravitação universal. Faltou a ele substituir, à Natureza dividida em regiões qualitativamente distintas, (...) -
Arendt (CASA:89-93) – Agostinho, concepção de mundo
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. O Conceito de Amor em Santo Agostinho. Lisboa: Instituto Piaget, 1997, p. 89-93]
Constatámos no início desta passagem que encontramos em Santo Agostinho uma concepção dupla, absolutamente heterogênea, do mundo. A vida, considerada no seu estado de criatura e na sua mortalidade concreta, é compreendida como vida no mundo e com o mundo, do qual, num primeiro tempo, já não é mais independente (no regresso do mundo à origem, por exemplo) do que o mundo dela; pelo contrário, ela (...) -
Arendt (VE:13-14) – razão (Vernunft) e compreensão (Verstand)
14 de fevereiro, por Cardoso de CastroARENDT, Hannah. A Vida do Espírito. Tr. Antônio Abranches e Cesar Augusto R. de Almeida e Helena Martins. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000, p.
Abranches et alii
A distinção que Kant faz entre Vernunft e Verstand, “razão” e “intelecto” (e não “entendimento”, o que me parece uma tradução equivocada; Kant usava o alemão Verstand para traduzir o latim intellectus, e embora Verstand seja o substantivo de verstehen, o “entendimento” das traduções usuais não tem nenhuma das conotações inerentes ao alemão (...) -
Arendt (CH:C4.20) – automação
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Condição Humana.Tr. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2020 (epub)]
Tradução
Como tão frequentemente ocorre com os desdobramentos históricos, parece que as verdadeiras implicações da tecnologia, isto é, da substituição de ferramentas e utensílios pela maquinaria, só vieram à luz em seu derradeiro estágio, com o advento da automação. Para nossos propósitos talvez seja útil lembrar, mesmo brevemente, os principais estágios do desenvolvimento da moderna tecnologia desde o início da (...) -
Arendt (CH:C3.16) – Trabalho, Intrumentos e Ferramentas
15 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[ARENDT, Hannah. A Condição Humana.Tr. Roberto Raposo. Rio de Janeiro: Forense, 2020 (epub)]
Tradução
É verdade que o enorme aperfeiçoamento de nossas ferramentas de trabalho – os robôs mudos com os quais o homo faber acorreu em auxílio do animal laborans, em contraposição aos instrumentos humanos dotados de fala (o instrumentum vocale, como eram chamados os escravos no lar, entre os antigos), os quais o homem de ação tinha de dominar e oprimir sempre que desejava liberar o animal laborans de sua (...) -
Modelo de Palo Alto
22 de marçoHYPERLOGOS — DISCURSO HIPERTEXTUAL
Excertos da tese de doutorado de Raquel Cardoso de Castro, « Do Texto ao Hipertexto » Uma análise do hipertexto na perspectiva do modelo de comunicação da Escola de Palo Alto
Este modelo tem origem nos anos 1980, na sequência dos trabalhos da Escola de Palo Alto. Segundo este modelo, uma interação está ligada à presença simultânea de atores sociais em uma mesma situação. A presença de outro nos afeta, consequentemente, isto significa que toda relação humana (...) -
Schürmann: O conceito teleocrático de arche
23 de marçoExcertos de Reiner Schürmann, Le principe d’anarchie.
Le concept téléocratique d’arché.
«Ho tektôn est le pro-ducteur, celui qui institue et impose quelque chose, qui amène quelque chose dans le non-voilé et le pose dans l’ouvert. Cette production qui institue, c’est l’homme qui l’accomplit, par exemple en construisant, en taillant, en sculptant. Dans le mot "architecte" se trouve ho tektôn. D’un architecte — arché d’un tekeîn — quelque chose émane à la façon d’un projet et demeure guidé par lui, par (...) -
Autonomia
28 de marçoVIDE: SI MESMO; EU SOU Filosofia Hannah Arendt: A VIDA DO ESPÍRITO
A autonomia das atividades mentais, além disso, implica também que essas atividades não são condicionadas; nenhuma das condições da vida ou do mundo lhes é diretamente correspondente. Pois a "apatheia - tranquilidade desapaixonada" da alma não é, propriamente falando, uma condição; a mera tranquilidade não apenas jamais produz a atividade mental, a premência de pensar, como também a "necessidade da razão", na maior parte das vezes, (...) -
Arendt (CH:Cap11) – produção
5 de fevereiro, por Cardoso de CastroRoberto Raposo
À primeira vista, porém, é surpreendente que a era moderna – tendo invertido todas as tradições, tanto a posição tradicional da ação e da contemplação como a tradicional hierarquia dentro da vita activa, com sua glorificação do trabalho como fonte de todos os valores e sua elevação do animal laborans à posição tradicionalmente ocupada pelo animal rationale – não tenha engendrado uma única teoria que distinguisse claramente entre o animal laborans e o homo faber, entre “o trabalho do nosso corpo (...)