Página inicial > Palavras-chave > Escritores - Obras > Fichte / Johann Gottlieb Fichte
Fichte / Johann Gottlieb Fichte
Johann Gottlieb Fichte (1762-1814)
Inspirado por esse êxito inicial, Fichte se aventurou a revolucionar toda a filosofia de até então. Tentando aprofundar Kant , desenvolveu uma doutrina da ciência, que jamais terminará, mas que, em cada uma das suas versões, quer ser mais do que uma especialidade acadêmica. Ele insiste continuamente: só a entenderá quem for por ela tocada interiormente. Trata-se de nada menos do que a experiência do despertar através do pensamento . Claro que isso não é para qualquer um. Fichte sabe que os homens às vezes podem estar mortos sem percebê-lo. A esses ele não quer atingir: “ Um caráter que esmoreceu e atrofiou-se por natureza ou pela escravidão do espírito, pelo luxo ou pela vaidade , jamais se erguerá até o idealismo.” [Safranski ]
LÉXICO DE FILOSOFIA
FICHTE EM HEIDEGGER
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
Matérias
-
Barbuy: Romantismo
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 87-96.
Se o romantismo tivesse sido o que pretenderam os salões galantes do século XIX e o que diz Victor Hugo no prefácio de “Cromwell”, não teria passado de uma revolução de regras e adjetivos, sem substância e sem uma visão própria da realidade. Longe de um florescimento do divino e do feérico, o romantismo não seria mais do que uma fuga à “realidade” científica, mascarada pela admissão do grotesco na arte, como o (...)
-
Stokes: o "si mesmo" segundo Kierkegaard
29 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
STOKES, Patrick. The Naked Self. Kierkegaard and Personal Identity. Oxford: Oxford University Press, 2015, p. 13-14
tradução parcial
As articulações de Kierkegaard sobre a individualidade [selfhood] são completamente não substancialistas. De fato, desde o início, o pseudônimo de Kierkegaard, o juiz William, rejeita ativamente a noção de si mesmo como uma substância à qual quaisquer predicados psicológicos poderiam ser atribuídos sem comprometer sua identidade, como se um indivíduo ’pudesse ser (...)
-
Barbuy: Kierkegaard (1) - Desespero
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
Notas de uma palestra pronunciada na “Semana de Kierkegaard”, sob os auspícios do Instituto Brasileiro de Filosofia e da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de S. Paulo, publicadas na “Revista Brasileira de Filosofia”, vol. VI, fasc. 1, 1956. BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 181-188
A teoria do desespero em Kierkegaard demonstra que o drama do espírito humano não tem apenas raízes psicológicas, mas radica também no próprio ser do homem; o (...)
-
Ferreira da Silva (TM:179-181) – linguagem
14 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
“Liberdade e Imaginação”, Convivium, São Paulo, v. 1, n. 2, jun. 1962, p. 71-77.
FERREIRA DA SILVA, Vicente. Transcendência do Mundo. São Paulo: É Realizações, 2010, p. 179-181
Hegel denomina “subjetividade concreta” esse universo omnicompreensivo projetado pela linguagem, esse mundo da linguagem, dentro do qual existimos e somos. A linguagem é uma “exteriorização da inteligência” na qual ela se põe dentro de si mesma; em outras palavras, só podemos ter acesso pensante ao que somos e à nossa própria (...)
-
Barbuy: A Nação e o Romantismo
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 259-291
1. A exposição que se vai seguir foi reconstituída de notas de aulas ministradas na Faculdade de Filosofia “Sedes Sapientiae”, da Universidade Católica de São Paulo, bem como de uma conferência pronunciada no Centro de Estudos Sociais e Políticos. Nesta última, procurei demonstrar, em síntese, que existem três espécies de nacionalismo: o Romântico, o Burguês e o Dialético ou comunista. Não podendo estender (...)
-
Fernando Gil (ME:22-26) – a sugestão
11 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
Fernando Gil, MODOS DA EVIDÊNCIA. Lisboa: INCM, 1998, p. 22-26
«Se, de acordo com o imaterialismo, a matéria não existe, como vemos o que vemos?» Rosa Alice Branco consagrou a sua tese de mestrado a esta pergunta, que está no cerne da filosofia do conhecimento de Berkeley.
Será então preciso recorrer a Deus para assegurar a realidade do mundo? A leitura de Rosa Alice Branco sugere, é caso de o dizer, que a percepção contém dentro de si, na sua finitude, recursos suficientes para instituir a (...)
-
Safranski (Romantismo) – Fichte
16 de setembro de 2022, por Cardoso de Castro
A experiência do próprio eu nos leva ao mundo como universo da espontaneidade. O “eu sou” é o segredo revelado do mundo. O mundo não é a súmula de todos os fatos, e sim de todos os acontecimentos. Mas aquilo que é um acontecimento se descobre pela movimentação produtiva do eu, na sua liberdade criativa.
Fichte radicaliza o conceito de liberdade de Kant. Naquela versão da doutrina da ciência que ele apresenta pela primeira vez em lena e que lá faz escola, retira da frase de Kant — “que ‘eu penso’ tem (...)