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ruah

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  
Adin Steinsaltz   (Adin Even Yisrael)

Num nível mais alto, acima desta alma primordial (v. Alma e Corpo na Cabala  ), existe em cada ser humano uma alma divina. Esta é a primeira faísca de consciência além da espécie zoológica, além mesmo da consciência de um animal superior ou mais desenvolvido, e está diretamente ligada à essência divina. Esta ligação da alma divina, na forma de uma linha traçada de cima para baixo, estende-se a partir do nível primordial chamado "Alma", que existe, de uma forma ou de outra, em todo judeu. Ela existe em cada ser individual, escondida e encoberta como uma faísca de uma percepção superior, de uma aspiração superior, e toca o nível mais alto, que é o Espírito. Este nível corresponde ao mundo superior, acima do nosso próprio mundo da ação, chamado o "Mundo da Formação". Em outras palavras, esse nível da alma humana, conhecido como "espírito", corresponde em sua essência interna ao nível de um anjo no Mundo da Formação. [Excertos de "A Rosa de Treze Pétalas". Maayanot, 1992.]


René Guénon

Hay en este pasaje (Gen I,2) una indicación muy clara relativamente a los dos principios complementarios de los que hablamos aquí, donde el Espíritu corresponde a Purusha y las aguas a Prakriti. Desde un punto de vista diferente, pero no obstante relacionado analógicamente con el precedente, el Ruahh Elohim del texto hebraico es asimilable también a Hamsa, el Cisne simbólico, vehículo de Brahma, que incuba el Brahmanda, el "Huevo del Mundo" contenido en las Aguas primordiales; y es menester destacar que Hamsa es igualmente el "soplo" ( spiritus ), lo que es el sentido primero de Ruahh en hebreo. En fin, si uno se coloca especialmente en el punto de vista de la constitución del mundo corporal, Ruahh es el Aire ( Vayu ); y si eso no debiera llevarnos a consideraciones demasiado largas, podríamos mostrar que hay una concordancia perfecta entre la Biblia   y el Veda   en lo que concierne al orden de desarrollo de los elementos sensibles. En todo caso, se puede encontrar, en lo que acabamos de decir, la indicación de tres sentidos superpuestos, que se refieren respectivamente a los tres grados fundamentales de la manifestación ( informal, sutil y grosera ), que son designados como los "tres mundos" ( Tribhuvana ) por la tradición hindú. - Estos tres mundos figuran también en la Qabbalah hebraica bajo los nombres de Beriah, Ietsirah y Asiah; por encima de ellos está Atsiluth que es el estado principial de no manifestación. [PURUSHA INAFETADO]


Roberto Pla  

A primeira menção testamentária de ruah, aparece em Gen 1,2: “Um vento de Deus (ruah elohim) pairava sobre a face das águas” (= região psíquica). Esta menção serve para determinar com bastante exatidão que o ruah fora do homem é uma força ou “furacão divino” de índole supra-psíquica, posto que “paira” (vibra em vórtices) sobre as águas psíquicas; mas também é pré-psíquica sua condição, dado que sua ação no homem pode ser estudada como a consciência e incluso chegar a ser entendida como um órgão mais ou menos fixo do viver psíquico. Por isso é necessário discriminar bem esta dupla vertente de ruah que o permite apresentar-se umas vezes como agente cosmológico, fora do homem, e em outras ocasiões como manancial da consciência psíquica no interior do homem. É importante observar que ambas acepções não se opõem senão que são complementárias.

Quando os LXX traduziram para o grego a Bíblia hebraica não encontraram dificuldade em transcrever ruah por pneuma (espírito), mas poucos séculos mais tarde, com a nova concepção do cristianismo, o vocábulo pneuma adquiriu denso sentido transladado não só como Espírito de Deus, senão também — apesar de certa oposição eclesiástica —, em alguns textos muito explícitos de Paulo Apostolo, como espírito individual do homem, quer dizer, como o homem essencial. Evangelho de Tomé - Logion 25


Há outro sopro vital o “ruah”, que foi insuflado depois, quando do sono de Adão, que resultou o ser inseparável de Adão e denominado “mãe de todos os viventes”. O ruah poderia ser descrito como a alma, individual, integrada por conteúdos ativos que recebe da vida divina. Também há que dizer que quando o “ruah” alcança o grau de universalidade e de conhecimento adequado, se diz dele que se “purgou como a prata”, segundo uma expressão cunhada pelo profeta Zacarias. Então passa a ser denominado “nesamah” e é qualificado como o terço, o “Resto de Deus”, quer dizer, o Filho do homem, que se faz uno com o Espírito de Deus. Evangelho de Tomé - Logion 87