No entanto, como vimos, as tendências de apatricidade do mundo contemporâneo, através da homogenização dos usos e costumes e das formas de comportamento, procuram desmentir as belas formas das diferentes vidas nacionais, substituindo-as pelo triste espaço indiferente do mundo industrial. Não podemos negar que o traço proeminente de nossa civilização é o empreendimento tecnoindustrial, forma de subjetividade acima aludida. Ora, diante desta atitude, todas as condições e instituições meramente existentes deverão, num prazo mais ou menos [199] longo, adequar-se a seus cânones configurativos. É uma ilusão pensar que podemos fugir a esse destino, por mais desolador que ele nos pareça. Cada dia a ciência nos oferece novos instrumentos de ação sobre as coisas e sobre os homens, patenteando a impregnação cada vez maior do não-eu, isto é, do mundo objetivo, pelo eu. [VFSTM  :199-200]