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quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

No seu comentário a 598d, vol. n, p. 396, onde cita Munk, Die naturalische Ordnung der Platonischen Schrifien, pp. 313 seqq. Tem-se notado, e procurado explicar a razão pela qual a influência que Platão atribui às artes varia tanto, de umas para outras. Assim, além da poesia, preocupa-se com o papel da música (III. 398c-401a), recordando até a frase de Dâmon, de que «nunca se abalam os gêneros musicais sem abalar as mais altas leis da cidade» (IV. 424c). E, por outro lado, as artes plásticas, cujo esplendoroso desenvolvimento na Grécia não precisa de ser lembrado, são quase passadas em silêncio (uma referência à pintura em 601c seqq. e, especialmente, em 602c-d). Talvez a razão seja a que aduziu R. L. Nettleship (The Theory of Education in Plato’s Republic  , p. 69): «O estado de espírito em que quadros e estátuas, e mais ainda edifícios, são mais apreciados e gozados, é mais de receptividade aberta e inalterada do que de emoção ativa». O mesmo helenista, em Lectures on the Republic of Plato, p. 117, recorda a propósito um passo da Política de Aristóteles (1340a28 seq.) que comprova a suposição de que os Gregos consideravam relativamente pequena a influência das artes plásticas. [Rocha Pereira]

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