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proodos

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

πρόοδος, próödos: avanço, processão. Nos seus termos mais gerais a «processão» é a tentativa do platonismo   tardio para resolver as dificuldades parmenidianas da unidade e da pluralidade. Se o Uno (hen) é, e é transcendente (ver hyperousia), donde a subsequente pluralidade do kosmos? Plotino  , quis enfrentar o problema a vários níveis (v. g. a unidade e a pluralidade da alma nas Enn. IV, 3, 2-6; ver psyche), reporta-se frequentemente a explicações metafóricas e particularmente à figura do sol e aos seus raios (ver eklampsis). Mas a base metafísica da solução para o problema «Se um, porquê muitos?» assenta na natureza do Uno e, particularmente, na sua perfeição (telos; Enn. V, 4) e na identificação da causa eficiente e final (ver Tim. 29e e confrontar Enn. IV, 8, 6; V, 4, 1; daí o posterior bonum est diffusivum sui).


Dans cette ascension, s’agit-il proprement, comme le suggèrent certaines images, du « retour » à la patrie [v. fuga] après cette dissipation dans le multiple que symbolise traditionnellement l’errance d’Ulysse ? L’évocation, partout présente dans le néoplatonisme, du mouvement inverse, apparemment préalable, mais en vérité incessant et donc simultané, montre qu’en aucun sens il ne faut prendre cette « procession » (proodos) comme événement fondateur et métahistorique plus ou moins assimilable à une création ex nihilo, voire simplement à une « fabrication » démiurgique telle que la content des mythes comme celui du Timée   platonicien. [GandillacPlotin  :6]
A produção dos seres a partir do Uno se faz através de uma hierarquia. Segundo a Enéada V, 4  , 1 há depois do Primeiro um Segundo ao qual participam todos os seres que seguem: não é nomeado aqui a Inteligência. Em seguida um Terceiro, não ainda chamado Alma do Mundo, que se relaciona ao Segundo como este ao Primeiro. Muitas características deste Primeiro são aqui desenvolvidas: o Primeiro é perfeito, o mais perfeito de todos, o mais poderoso de todos os seres. Todos os outros poderes o imitam como podem. Tudo aquilo que chega à perfeição, trate-se do Uno ou dos seres que lhe são inferiores não suporta permanecer só nele mesmo e então engendra ou produz: isso vale também para os seres que têm uma vontade assim como para aqueles que são sem vontade, como o fogo que aquece ou a neve que resfria. Cada ser imita assim aquele que é o primeiro em eternidade (aidioteta) e bondade. Assim age portanto o Primeiro Bem, o mais perfeito, sem se recusar ao que o segue por inveja ou por impotência. Há um Segundo que vem dele e pelo qual os outros vêm à existência. Se o Primeiro é o mais venerável, é preciso que o Segundo também seja melhor que aqueles que dele têm sua existência.