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aion

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

gr. αἰών, aiôn: éon, período de vida, eternidade. Período de vida, época, éon. gr. ἀεί, aeí, perene, sempre, eternamente. Empregado frequentemente como adjetivo. Esses termos representam duração ilimitada à frente e atrás: o ser eterno não tem começo e nunca terminará. gr. ἀΐδιος, aídios: perpétuo, perduração no tempo (aidios kata chronon) que difere de eterno (aionios) por ser submetido ao tempo, à corrupção (phthora). [Gobry  ]


aídios: perpétuo, perduração no tempo (aidios kata chronon)
Aquilo que subsiste para sempre, mas através de uma conexão com o tempo. (Thomas Taylor  )
Com isso, mostra-se algo estranho: o fato de o ente ser determinado com vistas ao seu ser por meio de um momento do tempo. Aquilo que dura sempre caracteriza esse ente com vistas ao seu ser. Os ὄντα (entes) são ἀίδια (sempre) (23ss.). ἀίδιον (o que é sempre) pertence à mesma raiz que ἀεί (eterno) e αἰών (eternidade), καὶ γὰρ τὸ ἀεὶ συνεχές (Mas ο que é sempre é contínuo – Física   Q, 6; 259a16ss.). ἀεί, “incessantemente, perdurando”, designa “aquilo que se mantém coeso consigo, que nunca é interrompido”, αἰών (eternidade/presença) significa o mesmo que o tempo de vida, entendido como estar plenamente presente: τòν ἅπαντα αἰώνα (toda a eternidade) (De Caelo A, 9; 279b22). Todo ser vivo possui seu αἰών, seu tempo determinado de presença. No αἰών, expressa-se a extensão do presente do qual dispõe um vivente. No sentido mais amplo, αἰών significa a duração do mundo em geral, que é, segundo Aristóteles, eterno, inengendrado e imperecível. Portanto, a existência tanto do vivente quanto do mundo na totalidade é determinada como [34] αἰών (eternidade/presente). E ο οὐρανός (céu) determina para o vivente o seu αἰών, o seu ser-presente. Além disso, os ἀίδια são πρóτερα τῇ οὐσίᾳ τῶν ϕθαρτῶν (Metafísica Q, 8; 1050b7), “ο que é sempre é anterior com vistas à presença em relação àquilo que é perecível”, àquilo que um dia veio a ser, ou seja, que não estava presente. Por isso, καὶ ἐξ ἀρχῆς καὶ τὰ ἀίδια (cf. 1051 a 19ss.), as ἀίδια (coisas eternas) são aquilo que constitui o início para todos os outros entes. Portanto, elas são aquilo que são propriamente. Pois para os gregos ser significa: presença, estar presente. Por isso, aquilo que é sempre no agora, o ente propriamente dito e a ἀρχή (o princípio), é a origem dos outros entes. Toda determinação de um ente é remetida, se é que ela deve ser, a algo que é sempre e compreendida a partir dele. [Heidegger  , GA19:33-34]
Le sens premier est celui de vie, de force vitale, d’où son rapprochement avec psyche. Du sens de vie, aiôn est passé à celui de durée de vie chez les Tragiques.

En philosophie, une distinction radicale entre le temps (khrónos) et l’éternité (aiôn) se trouve faite par Platon   dan le Timée   37d-e; le temps qui se manifeste dans le monde des choses sensibles n’est qu’une image mobile, qui progresse suivant la loi des nombres, de l’éternité qui caractérise le monde des formes intelligibles. (Luc Brisson  )


Aiôn est un terme du grec ancien aux acceptions multiples qui signifie " destinée ", " âge ", " génération " , " éternité ". Il a donné l’ équivalent latin " aevum ".
Soit la durée sans fin (Platon et Aristote), soit l’absence de durée d’une vie pleine et indivisible (Plotin  , Boèce  ). (selon J. Riche)
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século (aion) nem no futuro. (Mt   12:32)

E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo (aion), e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera; (Mt 13:22) - VIDE Parabola do Semeador

O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo (aion); e os ceifeiros são os anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo (aion). (Mt 13:39-40)

e muitas outras referências...


Na tradição cristã: duração cósmica. Inclui as ordens angélicas, e é um atributo de Deus enquanto princípio e consumação de todos os tempos criados por Ele.

1. Distinção frequente entre o "tempo presente" e o "novo tempo", onde o primeiro corresponde a nossa sensação atual de tempo e o segundo ao tempo em Deus, ou seja, à eternidade compreendida não como tempo infinito, como presença simultânea de todo o tempo. Nossa percepção atual do tempo é devida a uma perda espiritual ocasionada pela queda e assim é ilusória. O novo tempo e suas realidades devem ser entendidas como não existentes no sentido que experienciamos nossa existência, no momento. Estas realidades do novo tempo - mellonta - são denominadas "bençãos guardadas em reserva".

2. Alguns textos, especialmente, em S. Máximo o Confessor, usam éon para designar um nível intermediário entre a eternidade - aidiotes - e o tempo que ora experienciamos ([http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexico/entry.php?entryID=116">chronos):

  • eternidade, totum simul ou presença simultânea de todos os tempos e realidades enquanto conhecidas por Deus, ingenito (ageneton) e infinito, único eterno verdadeiramente.
  • éon, totum simul enquanto conhecido pelos anjos, e também humanos que possuem a experiência do "novo tempo"; enquanto criaturas eles não são autogenitos e portanto não são eternos no sentido do Divino.
  • tempo, como sucessão temporal que experimentamos como o "tempo presente".
    Perenialistas Ananda Coomaraswamy  : METAFÍSICA Hemos tratado así brevemente la natividad divina desde ciertos puntos de vista para sacar las correspondencias de las referencias védicas y gnósticas al Silencio. En ambas tradiciones, los poderes integrales y auténticos, sobre cada nivel de referencia, son sicigias de principios conjuntos, macho y hembra; resumiendo la doctrina gnóstica de los Eones (védico amrtâsah = devâh) podemos decir que ab intra e informalmente estos son bythos y sige, «Abismo» y «Silencio», y ab extra, formalmente, nous y ennoia o Sophia, «Intelecto» y «Sabiduría», y sin entrar en más detalles, podemos decir que sigesygkrima corresponde al védico tushrî y nous a manas, y que sige y Sophia corresponden respectivamente a los aspectos oculto y manifestado de Aditi-Vâc; y también que la «caída» de la Palabra (vâg... avapadyata, citada arriba), y su purificación en tanto que Ric, Apâlâ, Suryâ (Jaiminîya Upanishad   Brâhmana I.53 sig., Rig Veda   Samhitâ VIII.91 y X.85) corresponde a la caída y redención de Sophia y la Shekinah en las tradiciones gnóstica y qabbalista, respectivamente. En lo que son formas del cristianismo realmente más académicas que «ortodoxas», los dos aspectos de la Voz, dentro y fuera, son los de «esa naturaleza por la cual el Padre engendra» y «esa naturaleza que recede de la semejanza de Dios, y sin embargo retiene una cierta semejanza con el ser divino» (Summa Theologica   I.41.5C y I.14.11 ad 3), las Theotokoi eterna y temporal, respectivamente. LA DOCTRINA VÉDICA DEL «SILENCIO»?
    Gurdjieff   Maurice Nicoll: Mordomo Infiel ...está mal traducido aquel versículo que dice: ‘Haceos amigos de las riquezas de maldad, para que cuando faltareis os reciban en las moradas eternas.’ El error estriba en ‘las moradas eternas’. El versículo inmediatamente anterior menciona a ‘los hijos de este siglo’. La versión en griego dice de ‘este eón, concepto que tiene diversos significados y que los Evangelios presentan de muchos modos distintos. En este caso significa un período, una época. En el verso siguiente se da esta misma palabra, pero como un adjetivo y, sin embargo, se la ha traducido por ‘eterno’ —moradas eternas—, dándole de inmediato un sentido superior que no puede tener en vista de todo el contenido de la parábola. Literalmente hablando, la frase ‘los hijos de este siglo’ o ‘los hijos de este eón’ ha de referirse a las moradas eónicas del versículo siguiente. La idea de los hijos de este siglo se acerca más a la idea de eón, y las moradas (literalmente, tiendas - skenai) del siguiente versículo son moradas de este período de tiempo, o era humana, o lo que el mundo considera ya firme, o establecido como verdad; lo estima como motivo de creencia y así ha hecho su morada en él. El sentido general del versículo no es, sin embargo, contradictorio, aunque la traducción vulgar así lo haga aparecer. Significa que el mayordomo utiliza este período de tiempo, se hace de una situación en él y emplea, utiliza su verdad, y todo lo que a esta verdad corresponde.