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eidolon

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

BÍBLIA: NENHUM OUTRO DEUS; Atos 7,41; Atos 15,20; Ro 2,22; 1Co 8,4-7; 1Co 10,19; 1Co 12,2; 2Co 6,16; 1Tess 1,9; 1Jo 5,21; Ap 9,20


Simbolismo C. del Tilo (pseudônimo de Emmanuel d’Hooghvorst): Excertos traduzidos e adaptados de Introducción al estudio de los símbolos

Todos os símbolos tradicionais nada mais são que as diversas expressões deste único mistério interior: o único símbolo que é o Homem essencial deve ser reconhecido e experimentado, mediante a Ajuda de Deus (vide a elaboração deste pensamento em “símbolos”). O grande problema é que projetamos estes símbolos tradicionais ao exterior, quer dizer, tentamos apreender a revelação física   que transmite o símbolo com nossos sentidos impuros e exteriores, que resultam da queda original. Daí nascem os ídolos e a idolatria.

Com muita frequência nas Escrituras encontramos as seguintes advertências: “Que aquele que pode colher, colha!”, ou, “Que aquele que tenha ouvidos, ouça!”, etc. Quais são estes sentidos? São os sentidos purificados que nos permitem ouvir, ver e colher as coisas de Deus, mas os sentidos do homem exilado se tornam grosseiros e carnais por isso, o ídolo de que falam as Escrituras se refere ao homem carnal que não pode ouvir, nem ver, nem apreender a Vida. Por exemplo no Salmo   115 (4-8) se diz: “Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam”.

Encontramos também no livro de Ezequiel (8,3) algo interessante sobre o ídolo: “E vi a figura de uma mão estendida, que me colheu de uma trança de minha cabeça; e levantando-me em espírito entre o Céu e a Terra levou-me a Jerusalém em uma visão de Deus, junto à porta interior do Templo, que olhava para o norte, onde estava colocado o ídolo dos céus, para provocar os ciúmes do Senhor”.

Este ídolo certamente é o homem; está situado na entrada do Templo para representar seu modo grosseiro de entender a imagem simbólica da revelação, suas figuras e ritos, que provocam continuamente a cólera do Santo Bendito Seja. E isto ocorre precisamente porque o homem-ídolo tem olhos e não vê, ouvidos e não ouve, boca e não diz as coisas de Deus.

O ídolo está colocado no norte do Templo, porque representa o lugar onde não há luz, ainda que é dali donde procede.

Assim compreendemos que o ídolo (a eikon - imagem) é o mesmo que o símbolo separado de seu complemento natural. Por todo o dito, podemos concluir afirmando que o símbolo é uma realidade sensível que deve ser reunificada para converter-se no “signo de reconhecimento”. Caso contrário, nada mais é que um ídolo inútil.