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eros

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

EROS (eros): aplicado a Dios, indica el fuego ardiente y el deseo (thymikon) unitivo que empuja al hombre hacia Dios. Más que el término griego agape (habitualmente traducido por "amor") quiere indicar una intensidad estática del amor, según la expresión del Dionisio Areopagita   - Pseudo Dionisio: "El amor de Dios es estático, porque no permite que los amantes permanezcan en sí mismos, sino que los convierte en posesión de los amados" (De divinis nominibus, IV 13, PG 3, 712 A).


Philokalia  : Designa o amor absoluto que portam as Pessoas divinas, mas também a tensão de amor que portando Deus em direção ao homem e atirando o homem para Deus, permite a anakrasis - união do divino e do humano.

Intensa aspiração: o termo eros quando usado na Philokalia guarda muito do significado que tem no pensamento platônico. Denota esta intensa aspiração e anseio que impele o homem em direção à anakrasis - união com Deus, e ao mesmo tempo algo da força que liga o divino e o humano. Um amor unitivo por excelência, não distinto de agape mas que pode ser contrastado com este, na medida que expressa um maior grau de intensidade e êxtase (psychanodia  ).


J. Gaïth

Segundo J. Gaïth, o eros cósmico em Gregorio de Nissa significa a necessidade dos seres buscarem a perfeição que os originou; e essa força ascensional (psychanodia) explica que a matéria (hyle) se espiritualize e se torne livre, dando origem ao homem.

Sob a impulsão da vontade divina, o cosmos se diferenciou e se destacou desta vontade que não cessa todavia de o constituir. É por esta noção de retorno à origem que cremos poder explicar o eros em Gregorio de Nissa. Como a condescendência da divina vontade estava livre e consciente, é preciso o eros cósmico se espiritualize e se torne livre ele também. O homem se encontra então exigido pelo cosmos espiritual.

Buzzi   - Arcângelo Buzzi:

Filosofar era para os gregos fazer a radical experiência do ser, arrancar-se do familiar modo de viver a realidade e mergulhar no estranhamento do que se furta ao saber e não-saber. Um tal filosofar é iniciado e sustentado não pelo saber, mas pelo fervor de ser. A esse fervor de ser, a essa ânsia de ir à busca da identidade de ser, chama Platão de eros. Estando o pensamento no envio do eros, o enviado é menos que o enviante, o saber é menos que o amar. É eros que conduz o pensamento ao escuro segredo do ser. É aí no âmago da noite escura do ser que eros abre ao homem a morada da jovialidade, pois para o amor o que não se revela, o que se preserva ao saber, é a esplendorosa aurora, a cidade cheia de luz, onde vive o homem. O escuro é a luz, a noite é a aurora, a necessidade é a jovialidade do pensamento.