Página inicial > Termos e noções > diakrisis

diakrisis

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas (diakrisis). (Rom 14:1)

E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos (diakrisis); e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. (1Co 12:10)

Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal. (Heb 5:14)


DISCERNIMIENTO (diakrisis): en general, es la capacidad de acoger las mociones de la gracia (kharis) y los signos de Dios, asumiéndolos, sin alterarlos por exceso o por defecto; se refiere también a la capacidad de distinguir la acción (praxis) verdadera de la gracia (kharis) y de los impulsos que proceden de ella, de los engaños del demonio (diabolos), quien puede quizás, presentarse bajo la apariencia del bien (agathon). El discernimiento entre el bien (agathon) y el mal (kakon) pertenece a la verdadera ciencia (gnosis). En un padre espiritual, además, el discernimiento se manifiesta también por la capacidad de adaptarse, en alguna manera, a la "medida" del interlocutor, secundándolo y disponiéndolo a recibir mociones del Espíritu (nous), sin prevenirlo ni inducirlo a hacer lo que Dios aún no le pide y para lo que, en consecuencia, no da la gracia necesaria.
PHILOKALIA  : Philokalia Discernimento - DISCERNIMENTO

Robin   Amis: UMA CRISTANDADE DIFERENTE

«Sem diakrisis o caminho é facilmente perdido» (Cassiano  ). Embora traduzido por «discriminação», é um termo grego que os Padres da Igreja usaram constantemente de modo muito especializado, enquanto um elemento essencial no deslocamento pelo Caminho. A discriminação é um poder da nous - inteligência. Máximo o Confessor afirma: «enquanto o poder discriminatório da alma, nous, persuade a alma a se agarrar a primeira e trancender a segunda», ele se refere a duas espécies de influências, uma a influência do mundo (a segunda), a outra a influência espiritual (a primeira) que nos atrai para fora das preocupações ordinárias concernentes ao mundo.

É preciso aprender a separar nous de distrações do mundo. Esta «separação interior» requer que distinguamos e discriminemos entre o conhecimento possuído por nous e as sensações nos alcançando desde o mundo exterior. A completa discriminação leva à apatheia, a não submissão às paixões.


ASCETISMO E MISTICISMO: Tanquerey  : Compêndio de Teologia Ascética e Mística — Tanquerey Discernimento - DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
Perenialistas Frithjof Schuon  : Schuon Pérolas Peregrino - PÉROLAS DE UM PEREGRINO As interpretações teológicas da árvore proibida nem sempre são concludentes: assim, reconhecer que o primeiro homem tinha necessariamente discernimento moral, em seguida pretender que o pecado original foi a usurpação da faculdade — reservada a Deus — de decidir o que é o bem e o mal é, no mínimo, contraditório. Pois, se Adão tinha discernimento moral, tinha por essa mesma razão a faculdade de aplicá-lo e a frase "decidir por si mesmo o que é o bem e o mal" não tem sentido algum, a menos que signifique o desejo de ir contra o discernimento; mas, neste caso, há a violação de uma faculdade humana e não a usurpação de um privilégio divino. Além disso, dizer que, decidindo o que é o bem e o mal, o homem se põe no lugar de Deus é insinuar que o bem e o mal resultam de uma decisão divina, isto é, de um veredicto cujas causas não podemos ignorar; aí está uma opinião que nos leva a certos exageros da teologia asharita. Evidentemente, a avaliação moral, seja extrínseca ou intrínseca, circunstancial ou essencial,86 nada tem de arbitrária: é mal aquilo que por sua natureza ou no plano da sua manifestação se opõe a Deus, ou aquilo que de fato é prejudicial ao homem, estando o interesse superior sempre à frente do interesse inferior. Embora seja evidente, lembremos a esse respeito que um bem objetivo pode ser subjetivamente um mal para determinado indivíduo ou para determinado gênero de homens, e inversamente; por razões de oportunidade, a moral codificada e simplificadora admitirá mais facilmente esse segundo ponto de vista do que o primeiro, no sentido de que sempre denominará um "mal" todo bem moral ou socialmente inoportuno.