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Serpente

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Gnosticismo  

É no simbolismo religioso do Egito antigo que a serpente desempenha os papeis mais conhecidos. Ela representa, a princípio, o «Deus Grande», triplo e único, cujo poder está no céu e sobre a terra, também este réptil é provido de pernas de homem e de asas como o vemos no templo do Faraó Seti I.

Uma deusa serpente curava as diversas doenças humanas; uma outra, nomeada a Grande dos Sortilégios era representada por uma vareta mágica com cabeça de serpente; a deusa do Norte, Ouadjit, era também representada por uma serpente.

As almas dos deuses, divindades secundárias, diferentes do Deus grande e único, que não eram senão almas divinizadas dos ancestrais, elegiam seus domínios terrestres nos corpos das serpentes: «A alma de todo deus, diz um texto do túmulo de Seti I, está nas serpentes.»

Em razão de que, e como encarnação na terra dos bons gênios, as serpentes eram vistas como seus protetores por vários grandes cidades egípcias, Memphis_(Égypte) - Menphis, Denderah e Coptos, por exemplo. O ureus sagrado, a Serpent_dans_l’Égypte_antique - víbora Haje, divindade protetora dos faraós, se enrolava ao redor de sua coroa e protegia sua fronte.

Todas as serpentes veneradas tinham seus nomes próprios: Knoumis, Amonou, Ank-Mouterou, Toka-her, etc. Em oposição a estas serpentes divinas e benfazejas aparecem Apop ou Apophis, príncipe do Mal, que comandava a todos os espíritos malfeitores. É Apophis, vencido por Rê - Ra, que se representou por vezes por uma serpente que pisada pelas imagens divinas; é também Typhon ou Set, outra personificação do deus do Mal, vencido por Horus.

As antigas religiões da Assíria, da Caldeia e de nossos dias, aquelas da Índia, da China e do Japão nos apresentam a serpente como um deus, ou como um gênio bom ou mau mantendo de perto ou de longe a natureza divina.

O brâmane - bramanismo, o budismo tiveram e ainda têm suas serpentes mais ou menos divinas, boas ou más, tal aquela que foi vencida por Indra (v. Coomaraswamy Hinduismo Mito - HINDUÍSMO), do qual um hino do Rig-Veda   canta a glória.

Tais também estas serpentes fantásticas nas quais, nas crenças chinesas, se encarnam as almas dos santos e dos ilustres glorificados, por exemplo a serpente transcendente Tchang-hao, da montanha de Mei-chan  .

Nas antigas nações das margens do Mediterrâneo oriental, a serpente tinha seu lugar em cerimônias religiosas, por exemplo nos ritos dos cultos de Astaroth, a Astarte dos sidonianos.

A Grécia conheceu também serpentes misteriosas e celestes; a mais divina foi aquela de Zagreus-Dioniso, a mais infernal, aquela de Apolo, o Python. A Grécia, e Roma depois dela, viram também certas serpentes como encarnando nelas o gênio do Bem, Daimon-agathos, e este demônio do bem foi ainda uma das personificações de Baco-Dioniso.

Os Druidas que, segundo Estrabão, contavam entre os mais sábios homens do mundo antigo, ocultaram sob o emblema da serpente várias das mais altas concepções de seu misterioso ensinamento. Eles parecem ter adotado o pensamento do resto do mundo antigo que fazia da serpente, saída da Terra-Mãe, da qual sai na primavera como renovada, a imagem da Vida.

  • Serpente Luz - SÍMBOLO DA LUZ
  • Serpente Tentadora - SERPENTE DO GÊNESIS
  • Serpente Emblematica - SERPENTE EMBLEMÁTICA DOS PRIMEIROS SÉCULOS DA IGREJA
  • Serpente-Cristo - SERPENTE-CRISTO NAS CRUZES PONTIFICAIS
  • Serpente Satanas - SERPENTE, EMBLEMA CRISTÃO DE SATÃ
  • Lingua de Serpente - A LÍNGUA DA SERPENTE