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rins

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Perenialistas
Roberto Pla  : breve 8909

O evangelho fala em parábola, ou melhor, se expressa em metáfora popular, quando diz: cingi-vos vossos lombos”, “cingi-vos vossos rins”, porque os rins, ou os lombos, são a sede ou veículo físico da consciente - consciência em linguagem veterotestamentária. Isto se atesta nos salmos  : “Bendigo a YHWH que me aconselha; ainda de noite minha consciente - consciência (rins) me instrui”.

  • Salmo XVI,7. O Espírito de Deus que “instrui ainda de noite”, é no evangelho a semente - semente do Reino que cresce por si só (SEMENTE QUE GERMINA).

Isto é o que explica o autor do Apocalipse: “Se não estais em vigília, virei como ladrão e não sabereis a que horas virei sobre ti” (Ap 3,3). E agrega “ao contrário” em outro lugar: “Ditoso o que esteja em vigília e conserve suas vestes - vestimentas (de fé, conhecimento, amor, etc...), para não andar nu” (Ap 16,15).

Como se diz na primeira epístola aos tessalonicenses: quem não vigia, vive na obscuridade mas o que vigia é “um filho da luz, um dia - filho do Dia”, quer dizer, alguém que herdará a luz (Dia), pois já está nela, “e viverá junto — identificado, feito um — com o Senhor”.

Com a mesma significação, ainda que olhando-o desde outro ângulo bem diferente, se expressa Jesus enquanto Cristo não somente manifesto, senão também oculto, em sua proclamação joanica como o bom Pastor (Pastor e Ovelhas): o ladrão, o salteador, “sobe por outro lado”, e por isso os ladrões e salteadores vêm primeiro; mas se a consciente - consciência está em vigília, alerta, quem entra pela porta é o pastor das ovelhas, (das almas), dado que a porta — a consciente - consciência — e o pastor são uma mesma coisa. Jesus o diz assim: “Eu sou a porta das ovelhas; Eu sou o bom pastor”.

É muito importante reter isso de que Cristo é justamente a porta para entrar na consciente - consciência do que por estar de vigília é filho da luz, e também o pastor, o dono da casa (da alma), o Eu da consciente - consciência.

Quando o homem descobre em si mesmo que a porta da alma e sua essência ou Senhor, seu pastor, são a mesma coisa, não há dúvida de que a obra de unidade que buscava Jesus foi consumada nesse homem, em Cristo, pois o que subsiste como único morador vivo e eterno é Cristo.

É necessário entender que esse “nepsis - estar em vigília” que reclama Jesus é um estado de “adoração” firme e persistente; uma contemplação na qual a alma, que toma por objeto ao “nascido de acima” (v. Nascer do Alto), ao que não vê, mas cuja presença percebe, como um raio de seu próprio Sol, chega ao arrebatamento de si mesma, até que só vive nela o objeto de sua contemplação, não diferenciável dela mesma.