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Antahkarana

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Órgão interno
Sânscrito, substantivo neutro
Excertos de "Les Notions philosophiques  ". PUF , 1990.

Designação genérica, no Vedanta, das instâncias compondo o aparelho psíquico.

Em geral, o órgão interno é considerado como triplo. Compreende primeiramente o manas ou "senso comum", espécie de órgão coordenador da atividade sensório-motora. Vem em seguida o ahamkara ou sentido do ego. Sua função é de individualizar as percepções, de relacioná-las a um "mim mesmo". Enfim a buddhi o órgão do juízo intelectual e da decisão. A este conjunto se junta as vezes um quarto componente, o citta ou "psiquismo profundo", receptáculo dos traços (vasana, samskara) deixados pelas experiências anteriores do sujeito. Esta construção se encontra no Samkhya-yoga no quadro do qual ela foi a princípio introduzida. A significação e o valor do órgão interno mudam segundo se considere do ponto de vista prático, "mundano" ou do ponto de vista da liberação. No primeiro caso, aparece como a estrutura da individualidade, o lugar privilegiado de seu diálogo com o mundo. No segundo caso, nada mais é que uma série de condições limitantes (upadhi) sobrepostas aoSi que importa descriminar e depois de destacar doSi.


Contemplatio
Literalmente, "órgano interno". Es el conjunto de los poderes físicos que organizan las experiencias particulares de un ser condicionado. Órgano interno o mente. Comprende la mente pensante (manas), la mente racional e intuitiva (budhi), el sentido del yo (Ahamkara) y la memoria (chitta). Organo interno, función mental.


Henri le Saux   Antahkarana, o "instrumento do interior", o órgão interno, por oposição a órgão externo, o "instrumento do exterior", bahir  -karanam, o corpo e as faculdades sensoriais (jnana-indriyani e karma-indriyani) ; órgão interno e órgão externo, os dois igualmente a serviço do atman, do "Si-mesmo" a realidade profunda. "Há realmente para a índia uma diferença de natureza entre o biológico e o psíquico, mas não uma diferença de ordem" (O. Lacombe  , L’absolu selon le Vedanta, p. 110).