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Fílon (Livro III) – Eu entendo ou percebo?

sábado 12 de novembro de 2022

      

[...] pelo único Deus   verdadeiro, não acho nada tão vergonhoso quanto supor que compreendo com meu intelecto   ou percebo pelo meu sentido externo. Minha mente   é a causa   da minha compreensão? Como assim? pois ela mesmo compreende a si mesma e sabe o que é, ou como veio a existir? E os sentidos externos são a causa de o homem   perceber alguma coisa? Como pode ser dito assim, quando não é entendido por si mesmo   nem pela mente? Você não vê que aquele que imagina que ele compreende muitas vezes é considerado tolo em seus atos de cobiça, em sua embriaguez  , em seus atos de loucura? Onde, então, sua capacidade intelectual se mostra nessas ações? Mais uma vez, a sensação externa não é muitas vezes privada do poder de se exercitar? Não há momentos em que ao ver não vemos e ao ouvir   não ouvimos, quando a mente tem sua atenção minimamente desviada para algum outro objeto do intelecto, e é aplicada à consideração   disso? [Fílon, "The Second Book of the Treatise on The Allegories of the Sacred Laws, after the Work of the Six Days of Creation", tr. Yonge]


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