Página inicial > Oriente > Renz (B) – nada vem, nada vai
Renz (B) – nada vem, nada vai
quinta-feira 8 de setembro de 2022
tradução
A primeira prova é o provador que prova. Mas isso que é [Tat tvam asi ] provando o provador não podes provar. O provador, a prova, o que pode ser provado, podes provar. Mas nunca podes provar isso que é [Tat tvam asi] provando o provador provando e o que pode ser provado. Tudo isso é uma prova que podes provar, mas não o que és. O vidente que pode ver o vidente não é isso que o vidente é. Podes experimentar a visão, mas não podes experimentar o que está experimentando a experiência. Então, apenas sejas o que nunca pode ser experimentado, mas ainda é o que é. Não precisas dar ou não dar a isso um nome. Não importa, podes chamar de roupa de baixo [1]. De "underware" vem aware [ser/estar-ciente ]. Não vem por meio disto. Há uma presença permanente de manifestação do que és, de todas as possibilidades; e a ausência disto. Ambos estão permanentemente aí. Apenas sua percepção se desloca do enquadramento para o não-enquadramento. Então há ausência, como o sono profundo. Acordado, dormindo. Mas ambos estão permanentemente aí.
Nada nunca vem, nada nunca vai. Todas as luas, toda a manifestação nunca nasce, nunca morre. Há apenas a vida eterna. Até este momento, é um momento eterno. Nunca veio, nunca vai. Toda sensação é eterna. Toda experiência é eterna. Esta é a natureza do silêncio porque neste silêncio nada vem, nada vai. Não há nascimento e não há morte em nada. Nada pode morrer porque nunca nada nasceu. Mesmo esta manifestação nunca nasce, nunca foi criada. Não há criação. Não há ação. O silêncio não é algo que seja anterior ou posterior. Isto é silêncio. O que quer que seja, é o silêncio; vida eterna. O sonho é acreditar que algo vem em vindo e algo vai em indo. Este é o sonho. Nada jamais aconteceu, significa que nada nunca veio, então nada jamais pode ir. Nada jamais foi criado de modo que nada pode ser destruído. Mesmo este "mim mesmo" é eterno. Isto não podes aceitar . Isso te assusta, como este "mim mesmo" pode ser eterno? Como posso me livrar dele? Não podes te livrar dele porque, como és eterno, teu "mim mesmo" é eterno. Até o "mim mesmo" fenomênico sensacional é tão eterno quanto és.
Original
The first taste is the taster you taste. But that what is tasting the taster you cannot taste. The taster, the tasting, what can be tasted, you can taste. But you can never taste that what is tasting the taster tasting and what can be tasted. All of that is a taste you can taste but not what you are. The seer that can see the seer, is not that what the seer is. You can experience the seeing but you cannot experience that what is experiencing the experience. So, just be that what can never be experienced but it still is what it is. You don’t have to give it a name or not. It doesn’t matter, you can call it underwear. Out of underwear comes aware. It doesn’t come by that. There’s a permanent presence of manifestation of what you are, of all possibilities; and the absence of it. Both are permanently there. It’s just that your perception shifts from the frame to the non-frame. Then there’s absence, like deep sleep. Awake, asleep. But both are permanently there.
Nothing ever came, nothing will ever go. All the moons, all the manifestation is never born, never dies . There’s only eternal life. Even this moment is an eternal moment. It never came, it will never go. Every sensation is eternal. Every experience is eternal. That’s the nature of silence because in that silence nothing comes nothing goes . There’s no birth and there’s no death in anything. Nothing can ever die because nothing was ever born. Even this manifestation is never born, it was never created. There’s no creation. There’s no action. Silence is not something that’s prior or behind. This is silence. Whatever is, is silence; eternal life. The dream is in believing that something comes in coming and something goes in going. That’s the dream. Nothing ever happened means that nothing ever came up so nothing can ever go. Nothing was ever created so nothing can ever be destroyed. Even this ‘me’ is eternal. That you cannot take. That scares you, how can this ‘me’ be eternal? How can I get rid of it? You cannot get rid of it because as you are eternal, your ‘me’ is eternal. Even the phenomenal sensational ‘I’ is as eternal as you are.
Ver online : KARL RENZ
[1] underware. Jogo de sonoridade de palavras em inglês underware = roupa de baixo e under aware = sob o ser/estar ciente