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Melancolia
domingo 20 de março de 2022
A NOÇÃO DE MELANCOLIA E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA
- A melancolia na literatura fisiológico dos Antigos
- A doutrina dos quatro humores
- Bile negra (atrabilis; melaina chole, melancholia ); fleugma, bile amarela (ou vermelha), e sangue .
- Estes humores correspondem aos quatro elementos - elementos cósmicos e às divisões do tempo.
- Há com efeito quatro humores no homem , que imitam os diversos elementos; eles aumenta em diferentes estações, reinam sobre idades diversas. O sangue imita o ar, aumenta na primavera, reina na infância. A bile amarela imita o fogo , aumente no verão, reina na adolescência. A melancolia (ou bile negra) imita a terra , aumenta no outono, reina na maturidade. A fleugma imita a água, aumente no inverno, reina na velhice. Quando elas não abundam nem mais nem menos que a justa medida, o homem está em pleno vigor. (De mundi constitutione)
- A noção de melancolia revolucionada pelos peripatéticos: o Problema XXX,1
- A evolução da noção de melancolia depois dos peripatéticos
- A melancolia como doença
- A perspectiva estoica
- Asclepiade, Archigeno e Soranus
- Rufus de Éfeso
- A melancolia no sistema dos Quatro Temperamentos
- A melancolia como doença
- A doutrina dos quatro humores
- A melancolia na medicina , a ciência e a filosofia da Idade Média
- A sobrevivência da noção aristotélica de melancolia na Idade Média
- A melancolia como doença
- A melancolia vista pela teologia e a filosofia moral
- Citação da exortação de Crisostomo - João Crisóstomo ao monge Stagirius (Exortação ao monge Stagirius atormentado pelo daimonion - demônio), escrito ao redor de 380; o estado de melancolia não declara no texto, mas é referido como abatimento ou desencorajamento (athymia); este mesmo entendimento vai ser repetido em Tritemius, como “tristeza melancólica” (vide lype). Diante de um quadro de terríveis pesadelos, dificuldades da fala, convulsões, desespero , desejo de suicídio, desejo de abandonar a vida monástica, Crisostomo lhe aconselha de se entregar à divina providência. Deus permite ao diabo prosseguir sua obra, pelo bem da humanidade, pois é dando ao diabo o poder de tentar e ao homem a força de resistir que ele guiava a alma através da necessidade de se defender, até a arete - virtude. A “tristeza melancólica” tornava, de fato, a vitória do diabo mais fácil; o diabo triunfava pelo desencorajamento dos homens, pela athymia. A melancolia se caracteriza assim como uma provação que a reflexão poderia tornar compreensiva e suportável.
- Maimonides também propunha combater os assaltos do desespero melancólico com consolações análogas, baseadas mais em um desprezo estoico do presente .
- Assimilação da melancolia a um vício que se era atraído quando esta se assemelhava à akedia - acídia, que era irmã ou mãe da lype - tristitia; assemelhação possível na medida que dos sintomas exteriores destes pecados, tais como: “timor” (temor), “taedium cordis ” (desgosto), “instabilitas loci” (agitação), “amaritudo animi” (azedume), e “spei de saulte aut venia obtinienda abiecto” (abandona da esperança de salvação e de perdão).
- A melancolia na medicina escolástica
- A medicina árabe dos primeiros tempos e sua transposição para o Ocidente: Constantino o Africano
- Tentativas de sistematização a partir da patologia humoral: Avicena e a doutrina da Quatro Formas
- Tentativas de classificação sobre uma base psicológica: Averróis e a medicina escolástica
- A melancolia vista pela teologia e a filosofia moral
- A melancolia no sistema dos Quatro Temperamentos
- A tradição galênica, em particular nos árabes e na obra de Constantino o Africano
- O renascimento da caracterologia humoral na filosofia da natureza no Ocidente durante a primeira metade do século XII
- A vulgarização da doutrina dos temperamentos no final da Idade Média e os efeitos desta vulgarização