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Vivenza (DG) – extinção, nadificação, esvaziamento, kenosis, fana
terça-feira 4 de outubro de 2022
A tradição distingue a Extinção (El-fana ), da Extinção da Extinção (Fana al-fanai), que é a princípio na Índia equivalente ao Parinirvana. Esta distinção corresponde à passagem entre a identificação com o Centro , estado já bastante elevado do ser, e a união final ao Ser total, união alcançando o conjunto das possibilidades e as superando mesmo radicalmente de uma certa maneira. A Extinção que representa um acesso ao Princípio, é igualmente uma participação a sua imutabilidade, uma imitação de seu "não-agir". Lao Tzu , que Guénon cita, afirma que "aquele que chegou ao máximo do Vazio, esse será fixado solidamente no repouso... Retornar a sua raiz, é entrar no estado de repouso". O vazio do qual fala Lao Tzu, é idêntico ao perfeito desprendimento (desprendimento idêntico a El-fana), "o desprendimento completo a respeito de todas as coisas manifestadas, transitórias e contingentes", está aí onde se efetua a passagem da circunferência das coisas contingentes ao Centro imutável , é a “Grande Paz ” no vazio. Esta Paz no vazio, precisa Guénon, é a "Grande Paz" do esoterismo islâmico (Es-Sakinah ), a "Presença Divina" que está representada simbolicamente pelo Coração .
A Extinção pode ser considerada, à imagem do Nirvana, como uma condição supra-individual, e a Extinção da Extinção, comparável ao Parinirvana, a um estado totalmente incondicionado. Convém bem medir a distância que separa estes dois estados, e apreciar em toda sua dimensão o que pode representar verdadeiramente a "Grande Extinção", aquela que não comporta mais nenhum grau acima dela, que é una com a Unidade Suprema.
Ver online : Jean-Marc Vivenza