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Aristóteles: Da Alma - Livro II

sexta-feira 25 de março de 2022

      

Excerto   de Aristóteles, Sobre a Alma  . Tr. Ana Maria Lóio. Lisboa: Imprensa Nacional, 2010, p. 20-21)

LIVRO II

Definição de alma: proposta de definição das suas faculdades  .
Estudo individual das faculdades da alma: a faculdade nutritiva, a sensibilidade  ; investigação particularizada de cada sentido.

DEFINIÇÃO DE ALMA
1 (i) Alma substância e primeiro acto
Ensaio de uma primeira definição de alma, construída gradualmente até chegar à enunciação de que é o primeiro acto de um corpo natural   que possui vida em potência.
Organicidade deste corpo; inseparabilidade da alma.

2 (ii) Aquilo pelo qual vivemos
Sentidos em que se diz que um ser vive e é um animal  .
A alma como princípio das faculdades pelas quais se define; natureza e inter-relação das faculdades da alma.
Definição da alma como aquilo pelo qual vivemos, percepcionamos e discorremos.
Aplicação à alma da doutrina   do par potência/acto.

DEFINIÇÃO DA ALMA PELAS SUAS FACULDADES
3 As faculdades da alma
Relação de sucessão entre as faculdades da alma presentes nos seres vivos.
Necessidade   da investigação do tipo de alma de cada ser vivo.
O estudo de cada faculdade como melhor estratégia de abordagem da alma.

4 A faculdade nutritiva
A faculdade nutritiva como a mais comum.
Suas funções: reprodução e assimilação   de alimentos.
Digressão sobre a alma como causa   e princípio do corpo que vive (origem do movimento  , causa final e substância dos corpos animados).
A nutrição (o alimento  , sua relação com o ente   animado) e a reprodução.

A SENSIBILIDADE
5 Sensação
Esclarecimento do sentido de «percepcionar», «ser afectado», «mover-se».
Aplicação da doutrina do par potência/acto ao estudo da sensibilidade.

6 As três acepções do sensível
Exposição das acepções de «sensível» por si mesmo   (próprio de cada sentido, comum a todos os sentidos) e por acidente.

7 A visão e o seu objecto
O visível como objecto da visão.
A cor e a luz  .
O envolvimento da luz na visão.
O ver como afecção sofrida pelo órgão sensorial por acção de um intermediário; suas qualidade   e função.

8 A audição e o seu objecto; a voz
Os elementos   envolvidos na produção do som  ; os objectos capazes de soar e as propriedades que Lhes conferem tal capacidade.
Implicação de um intermediário na audição; qualidade e função daquele.
Caracterização da voz na qualidade de som de um ser animado.

9 O cheiro e o seu objecto
O olfacto e o seu objecto; dificuldades de definição.
Envolvimento de um intermediário; suas qualidades e função.
O diferente cheirar nos animais que respiram e nos peixes.
Relação do cheiro com o que é seco.

10 O paladar e o seu objecto
O tangível como objecto do paladar.
Ausência de um intermediário do paladar.
Sua relação com o úmido.
Necessidade de o órgão sensorial ser capaz de umidificar-se.
Identificação e caracterização das espécies dos sabores.

11 O tacto e o seu objecto
Variedade dos sentidos tácteis e dos tangíveis.
Carácter interno ou externo do órgão do tacto.
Problematização da existência de um intermediário do tacto e da sua natureza.
A carne   como intermediário do tacto.
Caracterização dos tangíveis e do órgão do tacto.

12 A sensibilidade em geral: o sentido
Definição de «sentido» como aquilo que é capaz de receber   as formas sensíveis sem a matéria; suas consequências para o órgão sensorial.
Questões gerais sobre a sensibilidade.


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