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Wei Wu Wei (PP:1) – Pegando o tempo pelo topete
sábado 27 de agosto de 2022
O buscador é o encontrado,O buscado é o buscador,Assim que percebidoQue não há Tempo
tradução
Quase todo mundo parece aceitar o tempo como se existisse absolutamente, pois de fato, quase sempre, tudo é discutido e analisado em um contexto temporal como se esta fosse a fundação indisputável de tudo que é conhecido.
A fundação, naturalmente, é, mas como pode ser visto como indisputável? Alguém jamais produziu qualquer traço de evidência de sua existência absoluta — exceto o fato que tudo depende de sua existência, o que é precisamente uma petição de princípio ou implorando a questão?
Portanto argumentar sobre a fatualidade de «coisas» como tais, todas sujeitas à duração, sem considerar a validade desta «duração» sobre a qual elas dependem inteiramente, pareceria ser uma lacuna singular na lógica de qualquer discussão. Devemos certamente admitir que até que a validade da aparente «duração» seja estabelecida a validade do que quer que dela possa depender , não pode ou ser estabelecida ou ser negada. É o fator primário, e deveria ter precedência sobre tudo mais.
Discutindo algo cuja existência é totalmente dependente de outro de cuja existência nenhuma evidência tenha sido aduzida, ou de fato possa ser aduzida, aparte do suposto algo sob discussão que é dependente deste outro, é de fato um desempenho de certa futilidade! E que corrente religiosa ou discussão metafísica não entra nesta categoria?
«Tempo» — e, naturalmente, «espaço» do qual é inseparável — é básico para todo fenômeno , pois sem extensão em duração e em volume um fenômeno não pode ter qualquer existência aparente em absoluto.
Sob exame «tempo» e «espaço» evidenciam-se como não tendo existência objetiva outra que como uma estrutura conceitual na mente , como fundo assumido sem o qual nenhum fenômeno poderia aparecer . «Tempo» e «espaço», portanto, deve ser inteiramente subjetivo. Um exame de perto revelará que representam uma dimensão a mais de mensuração (ou dimensão), conceitualmente um supervolume todo-abarcante constituindo o que está implicado pelo termo «subjetividade» ela mesma.
Metafisicamente expresso, podemos dizer que o eu -númeno manifesta objetivamente o que sou , em três direções de medição, por meio de uma quarta ou supervolume que é interpretado sensorialmente pela mente -dividida como o que é conhecido como «espaço-tempo.
Se objetivamente «espaço-tempo» não existe como qualquer «coisa» perceptível ou cogniscível, isso deve ser porque só pode ser uma expressão da não-objetividade a qual é percepção e cognição, e que é o que somos.
O que então é «espaço-tempo»? Pode ser tentativamente definido como o supervolume do qual observamos, interpretado em um universo tridimensional como extensão, por meio de uma duração consecutiva deste aparente universo tridimensional.
O «passado » é uma memória,O «futuro» é uma suposição,O «presente» passou antes que o apreendêssemos [1].O único «presente» portanto é a presença e deve necessariamente ser o que somos.Tal presença, então, está inevitavelmente fora do tempo e deve ser «intemporal».
Original
NEARLY EVERYONE seems to accept time as though it existed absolutely, for indeed, almost always, everything is discussed and analysed in a time-context as though that were the indisputable foundation of all that is known.
The foundation, of course, it is, but how can it be regarded as indisputable? Has anyone ever produced any scrap of evidence of its objective existence—except the fact that everything depends on its existence, which is very precisely une petition de principe or begging the question?
Therefore to argue about the factuality of “things” as such, all subject to duration, without considering the validity of this “duration” on which they all entirely depend, would seem to be a singular lacuna in the logic of any such discussion. We must surely admit that until the validity of apparent “duration” is established the validity of whatever may depend on it cannot either be established or denied. It is the primary factor, and should have precedence over all else.
Discussing something whose existence is totally dependent on something else for whose existence no evidence has been adduced, or indeed can be adduced, apart from the supposed something under discussion that is dependent upon it, is indeed a performance of some futility! And what current religious or metaphysical discussion does not come into this category?
“Time”—and, of course, “space” from which it is inseparable—is basic to all phenomena, for without extension in duration and in volume they cannot have any apparent existence at all.
On examination “time” and “space” will be found to have no objective existence otherwise than as a conceptual structure in mind, an assumed background without which no [8] phenomenon could appear. “Time” and “space,” therefore, must be entirely subjective. Closer examination will reveal that they represent a further dimension of measurement (or dimension), conceptually an all-inclusive super-volume constituting what is implied by the term “subjectivity” itself.
Metaphysically expressed, we may say that noumenon manifest objectively what I am, in three directions of measurement, by means of a fourth or super-volume which is interpreted sensorially by divided-mind as what is known as “space-time.”
If objectively “space-time” does not exist as any “thing” perceptible or cognisable, that must be because it can only be an expression of the non-objectivity which is perceiving and cognising, and that is what we are.
What then is “space-time”? It may tentatively be defined as the super-volume from which we observe, interpreted in a tri-dimensional universe as extension, by means of the consecutive duration of that apparent three-dimensional universe.
The “past” is a memory,The “future” is a supposition,The “present” is passed before we can apprehend it. [2]The only “present” therefore is presence and must necessarily be what we are.Such presence, then, is inevitably outside time and must be “intemporality.”
Ver online : Wei Wu Wei – Posthumous Pieces
[1] O processo de percepção e concepção são complicados e requerem um lapso de tempo para sua compleição.
[2] The processes of perception and conception are complicated and require a lapse of time for their completion.