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Allard l’Olivier (IC) – metanoia
sábado 12 de novembro de 2022
Jean Guitton relata que quando M. Pouget comentava o Evangelho de Marcos , tinha o cuidado de fazer notar toda a força da primeira palavra que a tradição mais antiga colocou nos lábios do Cristo : metanoeite kai pistenete en to Evangelio (Façam penitência e creiam no Evangelho). Mas dizia M. Pouget, a «metanoia é mais que a simples penitência (metameleia), ou mesmo que a Conversão, esta metastrophe de que fala Platão na República VII; ela designa uma mudança de noein , quer dizer de estado da mente . Ela inclui nela a mais profunda das penitências, que não é de comer gafanhotos, mas de renunciar a sua própria mente».
Metamorfose . Passagem de um estado do ser a um outro. Toda metanoia súbita equivale a um Segundo nascimento: ela é morte a uma coisa e nascimento a um outra. É um fim e ao mesmo tempo um começo. Começo: initium . O que tem fim, é a vida de todos os dias, feita de hábitos, familiar e segura, amada apesar das amarguras e dos sofrimentos de que ela está cheia. E, o que começa (mas não o sabemos) é, de alguma maneira, a outra vida, que é verdadeira vida a respeito da vida cotidiana.
Ver online : André Allard l’Olivier