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A Doutrina Zen da Não-Mente

Suzuki (DZNM:47-54) – o Inconsciente

Ver dentro da natureza-própria

domingo 18 de setembro de 2022, por Cardoso de Castro

      

Este algo que condiciona todas as coisas e não é condicionado por coisa alguma toma vários nomes, de acordo com os diversos pontos de vista; em relação ao espaço, chama-se “sem-forma”, em contraposição a tudo o que se pode agrupar como forma; em relação ao tempo, chama-se “não-permanente”, porque muda eternamente e não está sujeito   a ser retalhado em pedaços chamados pensamentos e, como tal, apreendido como algo que permanece; psicologicamente, é o “Inconsciente” (wu-nien   = mu-nen) — no sentido de que todos os nossos pensamentos conscientes e sentimentos brotam do Inconsciente, que é a Mente   (hsin), ou natureza-própria (tzu hsing  ).

      

O ensino do satori   abrupto é, portanto, fundamental para a Escola do Sul   de Hui-neng. E precisamos lembrar que essa subitaneidade, ou esse salto, não é só psicológica, mas é também dialética.

Prajna   é, com efeito, um termo dialético, indicando que esse processo especial de conhecimento chamado Visão Abrupta ou Visão Imediata não segue as regras gerais da lógica. Pois, quando Prajna funciona, a pessoa  , de repente, como que por milagre  , se encontra diante de Sunyata  , o Vazio de todas as coisas. Isso não resulta de raciocínio, mas acontece justamente quando se desiste dele, quando se percebe que ele nada adianta e quando, psicologicamente, esgotou-se toda a força da vontade.

O uso de Prajna contradiz tudo o que podemos conceber ordinariamente das coisas; é de uma outra ordem  , bem diversa da nossa vida habitual. Mas isso não quer dizer que Prajna seja algo completamente separado da nossa vida e do nosso pensamento  , algo que nos seria dado por milagre de alguma fonte desconhecida ou incognoscível. Se esse fosse o caso, não haveria possibilidade de o usarmos e não haveria emancipação para nós. É verdade que o funcionamento   de Prajna é descontínuo e interrompe o progresso do raciocínio lógico; mas todo o tempo Prajna está na base deste e sem ele nós não podemos raciocinar. Prajna está ao mesmo tempo acima e dentro do processo do raciocínio. Isto é uma contradição formal mas, na verdade, é o próprio Prajna que torna essa contradição possível.

O conhecimento religioso tem por base a ação de Prajna — isso explica por que quase toda a literatura religiosa está cheia de contradições, absurdos, paradoxos e impossibilidades, exigindo que estes sejam aceitos como verdades reveladas. Uma vez conquistado esse ponto de vista de Prajna, todas as irracionalidades essenciais encontradas na religião tornam-se inteligíveis. É como examinar um belo bordado: pelo lado direito, há uma confusão de beleza quase desnorteante, e o apreciador não consegue acompanhar a complicada trama dos fios. Mas logo, ao virá-lo do avesso, fica-se conhecendo toda a sua intrincada beleza e perícia. O Prajna consiste nesse virar pelo avesso. O olho, até então, havia seguido a superfície do bordado — que é, sem dúvida, o único lado que nos é permitido ver habitualmente. Mas o tecido é virado de repente; o curso da visão interrompe-se subitamente; não há mais possibilidade de uma visão fixa e contínua; no entanto, por causa   dessa interrupção, ou melhor, dessa ruptura, toda a trama da vida toma-se clara de repente; ocorre “o ver dentro da nossa natureza-própria”.

O que desejo destacar aqui é que o lado da razão estava ali todo o tempo; e que por causa desse lado oculto é que o lado apreciado podia apresentar sua beleza múltipla. Eis o que significa manter o nosso raciocínio discriminativo sempre baseado no Prajna não-discriminativo. É esse o significado da afirmação segando a qual o espelho  -natureza do Vazio (sunyata) conserva o tempo todo o seu brilho original, e nunca fica embaçado por coisa alguma que venha se refletir nele; é este ainda o significado de todas as coisas serem o que são, embora estejam arrumadas no tempo e no espaço e sujeitas às chamadas leis da natureza.

Este algo que condiciona todas as coisas e não é condicionado por coisa alguma toma vários nomes, de acordo com os diversos pontos de vista; em relação ao espaço, chama-se “sem-forma”, em contraposição a tudo o que se pode agrupar como forma; em relação ao tempo, chama-se “não-permanente”, porque muda eternamente e não está sujeito a ser retalhado em pedaços chamados pensamentos e, como tal, apreendido como algo que permanece; psicologicamente, é o “Inconsciente” (wu-nien   = mu-nen) — no sentido de que todos os nossos pensamentos conscientes e sentimentos brotam do Inconsciente, que é a Mente   (hsin), ou natureza-própria (tzu hsing  ).

Como o interesse   maior do Zen é a experiência, a psicologia portanto, vamo-nos aprofundar um pouco mais na ideia do Inconsciente. A palavra chinesa original é wu-nien (mu-nen) ou wu-hsin (mu-shin), significando literalmente “não-pensamento” ou “não-mente”. Nien, ou hsin, porém, significa itims do que pensamento ou mente. Isto já foi explicado em detalhes antes. É difièu fornecer aqui o equivalente exato, em português, de nien ou de hsin. Hui-neng e Shen-hui   usam principalmente nien em vez de hsin; outros mestres zen, no entanto, preferem hsin a nien. De qualquer forma, ambos designam a mesma experiência: wu-nien e wu-hsin referem-se ao mesmo estado de consciência.

O ideograma hsin representava originalmente o coração   como órgão de afeto  ; posteriormente, porém, passou a indicar também a sede do pensamento e da vontade. Hsin tem, portanto, uma conotação ampla e pode, em sentido lato, equivaler a consciência. Wu-nien é “não-consciência”, portanto o Inconsciente. O ideograma nien apresenta chien (agora) sobre o coração e pode originalmente ter significado algo presente  , em dado momento, à consciência. Na literatura budista, substitui muitas vezes o termo sânscrito ksana, significando “um pensamento”, “um momento considerado como unidade   de tempo”, “um instante  ”; mas como termo psicológico, é geralmente usado para denotar “memória”, “pensamento intenso” e “consciência”. Wu-nien, portanto, também significa “o Inconsciente”.

O que entendem os mestres zen por “Inconsciente”?

É evidente   que o Inconsciente, no Zen-budismo  , não é um termo psicológico, nem no sentido restrito, nem no sentido lato. Na psicologia moderna, os cientistas se referem ao inconsciente que está na base da consciência, onde uma enorme massa   de fatores psicológicos estão sepultados com um nome ou outro. Algumas vezes, aparecem no campo   da consciência, atendendo a um chamado e, portanto, à custa de um esforço consciente, mas muito frequentemente surgem de forma inesperada e disfarçados. A definição desse inconsciente causa confusão entre os psicólogos   pelo mero fato de se tratar do Inconsciente. O fato, todavia, é que ele é um reservatório de mistérios e uma fonte de superstições. E, por essa razão, o conceito de Inconsciente foi mal usado por beatos inescrupulosos, sustentando algumas pessoas que o Zen também é culpado desse crime. A acusação   seria justificável se a filosofia zen não passasse de uma psicologia do inconsciente, em sua acepção mais comum.

De acordo com Hui-neng, o conceito de Inconsciente é o fundamento   do Zen-budismo. Na verdade, ele propõe três conceitos básicos do Zen, sendo o Inconsciente um deles; os outros dois   são o estado da “não-forma” (wu-hsin) e a “não-permanência” (wu-chu  ). Hui-neng continua: — Por “estado da não-forma”, entende-se “estar na forma e ao mesmo tempo separado dela”; por “Inconsciente”, entende-se “ter pensamentos e ao mesmo tempo não os ter”; “não-permanência”, porém, é a natureza primária do homem  .

Sua outra definição de Inconsciente é: — “Amigos, ser Inconsciente significa: manter a Mente incorrupta durante o contato com todas as condições da vida. [1] É estar sempre separado das condições objetivas na própria consciência, não permitir que a mente se alvoroce pelo fato de se pôr em contato com as condições objetivas... Amigos, por que é que o Inconsciente é considerado algo fundamental? Há pessoas de ideias confusas que falam em ver dentro de sua natureza-própria, mas cujo consciente não está liberto das condições objetivas; meus ensinamentos destinam-se a essas pessoas. Elas não só estão conscientes das condições objetivas como também conseguem apreciar os pontos de vista falsos que geram todas as preocupações mundanas, todas as fantasias e caprichos. Mas na natureza-própria, desde o princípio, nada é atingível. Se algo de alcançável se conceber ali, falar-se-á de felicidade   ou de infelicidade; e isso não é mais do que se preocupar ou se entregar a divagações. Por essa razão, estabeleço, no meu ensino, o Inconsciente como algo fundamental.

— ”Bons amigos, que coisa há para wu (de wu-nien, Inconsciente) negar? E o que há para nien conscientizar? Wu é negar a noção de duas formas (dualismo) e livrar-se de uma mente que se atém às coisas, enquanto nien significa tomar-se consciente da natureza primária da Quididade (tathata  ); pois a Quididade é o Corpo da consciência e a Consciência é o Uso da Quididade. É natureza-própria da Quididade tomar-se consciente de si mesma. Não é o olho, o ouvido, o nariz, a língua que são conscientes; como a Quididade tem natureza-própria, a consciência desperta nela; se não houvesse Quididade, então o olho, o ouvido, juntamente com as formas e os sons, seriam destruídos. Na natureza-própria da Quididade a consciência desperta, enquanto nos seis sentidos há ver, ouvir  , recordar e reconhecer  ; a natureza-própria não se corrompe pelas condições objetivas de toda espécie; a verdadeira natureza move-se em perfeita liberdade, discriminando todas as formas no mundo objetivo e internamente inalterada no primeiro princípio.”

Embora seja difícil, e muitas vezes enganoso, aplicar a maneira moderna de pensar aos mestres antigos, especialmente aos mestres zen, devemos, até certo ponto, arriscar-nos a essa aplicação, pois de outro modo não haverá oportunidade sequer para vislumbrar os segredos da experiência do Zen. Por um lado, temos o que Hui-neng chama de natureza-própria, que é a natureza de Buda a que se referem o Sutra   do Nirvana e outras obras mahayanistas. Essa natureza-própria, em termos de Prajnaparamita é Quididade (tathata) e Vazio (sitnyatà). Quididade significa Absoluto, algo não-sujeito às leis que governam o que é relativo e que, por isso, não pode ser entendido através da forma. A Quididade é, portanto, a ausência de forma. No Budismo, a forma (rupa  ) vai de encontro à não-forma (arupa), que é o incondicionado. Esse incondicionado, sem-forma, e consequentemente inatingível, é o Vazio (sunyata). O Vazio não é uma ideia negativa, nem tampouco significa mera privação; mas, como não está ao nível dos nomes e das formas, chama-se Vazio, nada ou Vácuo.

O Vazio é, assim, inatingível. “Ser inatingível” significa estar além da percepção, além da compreensão, pois o Vazio encontra-se na face oposta do ser e não-ser. Todo o nosso conhecimento relativo refere-se a dualidades. Ora, se o Vazio estivesse absolutamente além de quaisquer tentativas humanas de apreensão em qualquer sentido, não teria valor   para nós; não estaria na esfera   do interesse humano;seria realmente não-existente e nada teríamos a ver com ele. Mas a verdade é outra: o Vazio está constantemente ao nosso alcance ; está sempre conosco e em nós, e condiciona todo o nosso conhecimento, todas as nossas ações; é a nossa própria vida. Só quando tentamos agarrá-lo e apresentá-lo como se fosse alguma coisa diante de nossos olhos é que ele foge de nós, frustra todos os nossos esforços e desaparece feito vapor. Somos sempre atraídos por ele, mas ele é como um fogo  -fátuo.

É o Prajna que agarra o Vazio, ou Quididade, ou natureza-própria. E este “agarrar” não é o que parece ser. Isso é por si evidente, depois do que se disse a respeito de coisas relativas. Visto que a natureza-própria está além do reino da relatividade, o fato de ser agarrado por Prajna não pode significar um agarrar no sentido comum. O agarrar deve ser não-agarrar — enunciado paradoxal mas inevitável. Para usar a terminologia budista, essa apreensão é feita pela não-discriminação; isto é, por uma discriminação não-discriminadora. O processo é abrupto, descontínuo, um ato de consciência; não um ato inconsciente, mas um ato que surge da natureza-própria, que é o Inconsciente.

O Inconsciente, segundo Hui-neng,é, assim, fundamentalmente diverso do inconsciente dos psicólogos. Tem uma conotação metafísica. Quando Hui-neng fala do Inconsciente na Consciência, ele se situa além da psicologia; nem mesmo está se referindo ao inconsciente que forma a base da consciência, indo ao estágio mais remoto, onde a mente ainda se encontra não-evoluída, ainda em estado de mero suporte. Tampouco o Inconsciente de Hui-neng é uma espécie de espírito do universo   a flutuar por sobre a superfície do caos  . É intemporal e ainda assim contém o Tempo por inteiro, com seus períodos   mais diminutos e todos os seus Aeons.

A definição de Inconsciente encontrada nos Aforismos de Shen  -hui (§ 14) deixa o assunto mais claro. Quando prega sobre o Prajnaparamita, ele diz: “Não se apeguem à forma. Não se apegar à forma significa Quididade. O que significa Quididade? Significa Inconsciente. O que é o Inconsciente? É não pensar em termos de ser e não-ser, não pensar em termos de bem e mal, não pensar em limites ou na ausência de limites; não pensar em medidas (ou não-medidas); não pensar na iluminação, nem pensar em ser iluminado; não pensar no Nirvana, nem pensar em atingir o Nirvana: é isto o Inconsciente. O Inconsciente nada mais é que o próprio Prajnaparamita. E o Prajnaparamita (perfeição da sabedoria   da outra margem) nada mais é do que o Samadhi   da Unidade.

”Ó amigos, se dentre vós houver alguns ainda no estágio de aprendizagem, que esses dirijam sua iluminação [sobre a fonte   da consciência] sempre que algum pensamento despertar   em suas mentes. Quando a mente desperta, ela está morta, a iluminação consciente desaparece por si — é isto o Inconsciente. Esse Inconsciente está absolutamente livre de quaisquer condições pois, se houver qualquer condição, não se poderá chamá-lo de Inconsciente.

”O amigos, aquilo que realmente vê, sonda as profundezas do Dharmadhatu; e a isso se chama Samadhi da Unidade. Por isso, diz-se no Prajnaparamita Menor: ‘Ó, bons homens, isto é o Prajnaparamita, ou seja, não ter qualquer pensamento (consciente) em relação às coisas. Quando vivemos naquilo que é Inconsciente, este corpo da cor do ouro, com as trinta e duas marcas da suprema humanidade, emite raios   de grande fulgor, contém Prajna completamente além do pensamento, é dotado dos mais altos Samadhis atingidos pelos Budas de incomparável conhecimento. Os méritos todos (que brotam do Inconsciente) não podem ser narrados com minúcias pelos Budas, muito menos pelos Sravakas e Budas-Pratyeka. Aquele que vê o Inconsciente não é corrompido pelos seis sentidos; aquele que vê o Inconsciente é capaz de voltar-se na direção do saber do Buda; aquele que vê o Inconsciente chama-se Realidade. Aquele que vê o Inconsciente é o Caminho   do Meio e a verdade primeira; aquele que vê o Inconsciente recebe imediatamente méritos do Ganga; aquele que vê o Inconsciente é capaz de realizar todas as coisas; aquele que vê o Inconsciente é capaz de abranger todas as coisas.”

Essa visão do Inconsciente é inteiramente confirmada por Ta-chu Hui-hai, notável discípulo de Ma-tsu, em o Ensino Essencial Sobre o Despertar Súbito: “O Inconsciente significa ter, em todas as circunstâncias, uma não -mente, quer dizer, não ser   influenciado por quaisquer condições, não ter apegos nem desejos ardentes. Encarar todas as condições objetivas e ainda assim estar eternamente livre de qualquer modalidade de perturbação: é isso o Inconsciente. O Inconsciente é, assim, conhecido por estar verdadeiramente consciente de si mesmo  . Mas estar consciente da consciência é uma forma falsa do Inconsciente. Por quê? O Sutra afirma que fazer as pessoas ficarem conscientes dos seis vijnanas é ter a consciência errada; alimentar os seis vijnanas é um erro  ; quando um homem está livre dos seis vijnanas, ele tem a consciência certa.”

”Ver o Inconsciente” não significa qualquer forma de autoconsciência, nem mergulhar em estado de êxtase, indiferença ou apatia, quando todos os traços da consciência comum são apagados. “Ver o Inconsciente” é estar consciente e ainda assim inconsciente da natureza-própria. Porque a natureza-própria não deve ser determinada pela categoria lógica de ser e não-ser; tratá-la desse modo significa trazê-la para o nível da psicologia empírica, na qual ela deixa de ser o que é em si mesma. Se, por outro lado, o Inconsciente significa a perda da consciência, então significa a morte ou, pelo menos, a suspensão temporária da própria vida. Mas isso é impossível, porquanto a natureza-própria é a própria Mente. Este é o sentido da passagem que encontramos em toda parte no Prajnaparamita e em outros Sutras mahayanistas: “É possível estar inconsciente em todas as circunstâncias, pois a natureza fundamental de todas as coisas é o Vazio e porque, afinal, não há forma alguma que se possa garantir ter abarcado. Essa inacessibilidade a todas as coisas é a própria Realidade, que é a mais admirável forma do Tathagata”. O Inconsciente é, portanto, a realidade fundamental, a verdadeira forma, o mais admirável corpo do estado de Tathagata. Não é certamente uma abstração   obscura. Nem um mero postulado conceituai, mas uma experiência viva no sentido mais profundo.

Outras descrições de Shen-hui sobre o Inconsciente são as seguintes: “Ver o Inconsciente é compreender a natureza-própria; compreender a natureza-própria é não apreender coisa alguma; não apreender coisa alguma é o Dhyana   do Tathagata. [...] Desde o princípio, a natureza-própria é inteiramente pura, já que o seu corpo não é apreensível. Vê-la assim é colocar-se na posição do Tathagata, ficar desligado das formas, ter aquietado imediatamente as fantasias do engano  , equipar-se com méritos de absoluta incorruptibilidade, alcançar a verdadeira libertação, etc.”

”A natureza da Quididade é a Mente Original de que temos consciência; e, no entanto, nem há sujeito consciente nem objeto conscientizado.” “O karma  , para os que veem o Inconsciente, deixa de funcionar; de que lhes adianta alimentar uma ideia errônea, tentar destruir o karma por meio da confusão?”

”Ultrapassar o dualismo do ser e não-ser, e de novo amar   o sulco do Caminho do Meio — é isso o Inconsciente. O Inconsciente significa estar consciente do uno absoluto; estar consciente do uno absoluto significa ter conhecimento total — ou seja, Prajna. O Prajna é o Dhyana do Tathagata”.


Ver online : D. T. Suzuki


[1Ching, em chinês, significa “fronteiras”, “uma área fechada por elas”, “ambiente”, “mundo objetivo”. No sentido técnico, contrasta com hsin, a Mente.