Dons do Espírito Santo."Pneuma Hagion" é citado 52 vezes no Novo Testamento sem nenhum artigo definido, porém geralmente traduzido erroneamente como "o Espírito Santo", com artigo definido, refere-se normalmente à "doação" e não ao "Doador", como em: "E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai (pneuma hagion); ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder" (Lc 24,49).
PNEUMA HAGION — PNEUMA TOU THEOU
En algunas formulaciones, el término pneuma designa sin equívocos al Espíritu de Dios, al Espíritu Santo (1 Cor 2,14; 6,11; 7,40; Rom 8,26; etc.). Pablo recoge el uso del Antiguo Testamento en el cual se califica a Dios de pneuma (hebreo ruah). Este pneuma califica a Dios en su poder, en su fuerza creadora, en lo que tiene de más íntimo y que comunica al hombre. Pablo asume este aspecto y lo desarrolla: el Espíritu Santo es don de Dios (1 Tes 4,8; Gál 3,2), es el Espíritu de Aquel que resucitó a Jesús de entre los muertos (Rom 8,11), Dios mismo (2 Cor 3,17).
Sin embargo, este término sigue estando cargado de ambigüedad. Mientras que el simbolismo del soplo, del viento , puede hacer pensar que se trata de un elemento natural , pneuma significa lo que es diferente de nuestro mundo, sin que por ello se desprecie o se rechace el aspecto material y carnal del mundo en que vivimos. Al contrario, el Espíritu revela el carácter precioso y frágil de este mundo. Le comunica su fuerza transformadora para que se manifieste la presencia misteriosa del Resucitado (2 Cor 3,18).
Este Espíritu se caracteriza por su universalidad: se derrama sobre todos los hombres, gratuitamente. Al revés de la circuncisión, que era una marca reservada a un pueblo, el sello del Espíritu se imprime en todo ser humano , sea cual fuere su identidad (hombre o mujer) y su procedencia (judío o pagano) (Ef 1,13).
Pablo intenta mostrar las múltiples funciones del Espíritu. El Espíritu de Dios justifica (1 Tim 3,16), santifica (2 Tes 2,13; Rom 15,16), habla (1 Tim 4,1), enseña (1 Cor 2,13), revela (1 Cor 2,10), da el conocimiento del misterio (Ef 3,5), intercede (Rom 8,26). Anima y construye el cuerpo del cristiano como cuerpo del Cristo que es la Iglesia (1 Cor 12 y Ef 2,18.22), ya que habita en los corazones y los hombres son su morada (1 Cor 3,16; Rom 8,11; 2 Tim 1,14). El hombre está llamado a dar su adhesión al Espíritu que obra en él, a dejarse llevar por ese movimiento que lo conduce hacia el Padre en Jesucristo.
Si el hombre no puede tener experiencia del Espíritu más que en la fe (2 Cor 5,6-7; Rom 8,16), los efectos del Espíritu son tangibles: la paz , el gozo, la libertad, la comunión (Rom 8; Gál 5,22-25). En contra de las concepciones gnósticas, los espirituales (pneumatikoi ) no están separados del mundo; siguen viviendo en el mundo, aunque sus relaciones con el mundo son diferentes (1 Cor 2,14-15; Gál 6,1). (excertos de "Vocabulario de las epístolas paulinas")
Nicolas Boon
E que é Espírito Santo ? Ele é o Amor em Deus ou o Deus-Amor. Ele une o Pai e o Filho em um Amor comum. Ele é a Vontade de Amor em Deus. Ele é também aquele que dá a Vida. Nós o confessamos no Credo. Da mesma maneira que na oração litúrgica dizemos: “Nosso corpo forma uma unidade orgânica onde todos os membros estão como presentes uns nos outros, porque ele é um corpo vivo. Um cadáver perde esta unidade e se decompõe. Aí onde há unidade aparente sem vida, só há, na realidade, uma uniformidade e é totalmente outra coisa. Pois esta uniformidade quer dizer justaposição de coisas que, aparentemente, se assemelhando, sem qualquer ligação entre elas e como ausentes uns dos outros. Digo coisas que aparentemente se se assemelham, porque, em realidade, uma coisa não é jamais idêntica a uma outra. A beleza consiste na unidade harmoniosa das coisas em sua diversidade.
O Espírito Santo é aquele que dá a Vida. A palavra Espírito não corresponde a alguma coisa abstrata. A palavra hebraica para Espírito, quer dizer “sopro”. O latim “spiritus” vem de spirare”, soprar. Encontramos esta ideia nas palavras aspirar, respirar, inspirar, expirar, etc. Podemos dizer, de alguma forma, que o Espírito Santo é a Santa Respiração de Deus, pois o Ser é vivente por sua Respiração. Entregar o espírito, ou dar seu último suspiro, quer dizer cessar de viver . O homem se tornou, segundo a expressão do Livro do Gênesis: “Alma vivente ”, porque Deus lhe insufla uma alma. Toda vida é portanto uma participação na Respiração de Deus. É por esta razão que a Igreja ensina que toda alma, no momento da concepção do filho, é criado diretamente por Deus.
A vida não vem de baixo, a partir da matéria que se aperfeiçoaria graças a uma evolução, como acredita certa ciência moderna, mas vem do alto. Ela é um dom de Deus que nos inspira o respeito de toda vida.
O Espírito Santo é ainda a alma da Igreja, pois, segundo Paulo Apóstolo , a Igreja é o corpo vivente do Cristo. [Excertos de "AU COEUR DE L’ÉCRITURE : MÉDITATIONS D’UN PRÊTRE CATHOLIQUE"]
Roberto Pla
Segundo o terceiro evangelista, quando Jesus tomou a palavra na sinagoga de Nazaré, disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu” (Lc 4, 18; Is 61,2). Com seu “recurso” ao AT através do texto de Isaías, dava testemunho Jesus de que a unção recebida do Espírito Santo, a qual o convertia em Cristo (ungido ), era um ato próprio do Espírito, e como tal Cristo foi conhecido desde o princípio, e não só em Abraão, senão também em Isaías, quando este “viu sua glória e falou de Cristo”, e por ele foi enviado.
Talvez por isso, na parábola do Amigo Importuno, Jesus propõe “buscai e encontrareis”, o que sempre encontrará o homem, em sua busca, é o Espírito Santo, pois segundo se afirma em Lucas, o Espírito é o que o Pai não nega nunca aos que lho pedem.
- Com certo eufemismo, Mateus chama o Espírito Santo, em lugar paralelo, "coisas boas": "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?" (Mt 7:11).
Mas que significa isso de “receber ” o Espírito Santo? Segundo se conta no evangelho joanico, os discípulos de Jesus “receberam” o Espírito Santo ao tempo que eram “enviados”, porém não se diz ali se o Espírito pousou sobre eles e os ungiu, tal como ocorreu com Jesus no Batismo .
No que se refere ao Espírito, o ensinamento do evangelho é muito comprimido e difícil, mas para apreender o duplo sentido do Cristo, que pode ser oculto e manifesto e que o quarto evangelho enfrenta, devemos aprofundar em seu estudo. Poderemos “ver” então que o duplo sentido em que pode ser “indicado” o Cristo não significa dualidade ; senão em todo caso a pluralidade de raios com que pode se oferecer o Cristo oculto.
Em uma passagem de inestimável valor didático diz Paulo Apostolo que “o Espírito se une a nosso espírito para dar testemunho de que somos filhos de Deus” (Rm 8,16). O que sem dúvida quer dizer o Apóstolo é que o espírito, a essência de todo homem, é da mesma natureza do Espírito de Deus; e é esta identidade de natureza com o Espírito a que uma vez consumada nos qualifica a todos os homens como filhos de Deus. Pelo contrário, quando a alma, a consciência psíquica, ignora sua própria essência e não consuma a realidade dessa identidade de natureza com o Espírito, só se pode dizer desse homem psicofísico que é o filho adotivo de Deus.
- Esta é a interpretação que se pode dar a Rm 8,15 que seguimos: “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Abba, Pai!”.
Em ocasiões, esse homem de consciência psíquica “se volta” para o espírito que é ele, seu verdadeiro Ser, mas que não conhece. Então o busca, o invoca, para acalmar sua angústia de solidão . No curso dessa tribulação queima a alma todos os materiais grosseiros que a conformam por aderência, em uma fogueira na qual o único incombustível é a essência, o espírito. É este o ponto em que o Espírito se une ao espírito, como o mar reúne a uma única gota de sua mesma água em seu seio. Com isto recebe a alma ao Espírito de Deus, e com ele, o testemunho de sua filiação divina. Por isto diz Paulo: “Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus” (Rm 8,14).