mt .13.44 παλιν [AGAIN] ομοια [LIKE] εστιν [IS] η [THE] βασιλεια [KINGDOM] των [OF THE] ουρανων [HEAVENS] θησαυρω [TO TREASURE] κεκρυμμενω [HID] εν [IN] τω [THE] αγρω [FIELD,] ον [WHICH] ευρων [HAVING FOUND ] ανθρωπος [A MAN] εκρυψεν [HID,] και [AND] απο [FOR] της [THE] χαρας [JOY] αυτου [OF IT] υπαγει [GOES ] και [AND] παν τα [ALL THINGS] οσα [AS MANY AS] εχει [HE HAS] πωλει [HE SELLS,] και [AND] αγοραζει τον [BUYS] αγρον εκεινον [THAT FIELD.]
Orígenes
É o momento de examinar, por um lado, o campo e, por outro, o tesouro oculto no campo, e de se perguntar como é possível que depois de «ter encontrado este tesouro oculto, o homem , em sua alegria , vai e vende tudo o que possui, a fim de comprar este campo». É preciso também se perguntar o que representam os bens que ele vende. Entendo, no contexto, o campo é a Escritura plantada naquilo que há de aparente entre os textos dos livros históricos, da lei, dos profetas e de todos os outros pensamentos divinos — pois é uma planta ção abundante de variada daquela dos textos da Escritura inteira —, e o tesouro oculto no campo, estes são os pensamentos secretos e profundos sob isto que é aparente, vindos da sabedoria «permanecida velada no mistério» e no Cristo «em quem se encontram ocultos os tesouros da sabedoria e do conhecimento». Poderia se dizer também que o «campo» verdadeiramente «coberto, que o Senhor abençoou» , é o «Cristo de Deus », e que o tesouro oculto nele, é o que, segundo Paulo, foi ocultado no Cristo, pois ele disse a respeito do Cristo que «nele estão ocultos os tesouros da sabedoria e do conhecimento». Logo as realidades e o reino dos céus foram descritos, como em imagem, pelas Escrituras que são o reino dos céus, ou melhor o Cristo ele mesmo, o rei dos séculos, e este reino dos céus comparado ao tesouro oculto no campo.
Chegado a este ponto de meu desenvolvimento, buscarás se o reino dos céus é comparado ao tesouro oculto no campo, tanto quanto se compreenderia o campo como diferente do reino, ou se é comparado ao mesmo tempo ao campo e ao tesouro oculto no campo, tanto que o reino dos céus seria, segundo a similitude, ao mesmo tempo o campo e o tesouro oculto no capo. Veio então um homem neste campo, que se trate das Escrituras ou do Cristo, constituído por isto que é aparente e o que é oculto, aí encontra oculto o tesouro da sabedoria, seja no Cristo, seja nas Escrituras — pois, percorrendo o campo, escrutando as Escrituras, e buscando a compreender o Cristo, ele encontra o tesouro que está nele —, depois de tê-lo encontrado, ele o oculta, não estimando sem perigo que os pensamentos secretos das Escrituras ou os tesouros da sabedoria e do conhecimento contidos no Cristo apareçam aos primeiros vindos, e o tendo ocultado ele dali se vai, se empenha para encontrar o meio de comprar o campo, quer dizer as Escrituras, com vistas dela fazer sua propriedade, pois do domínio divino, recebeu «os oráculos de Deus», que tinham então sido confiados aos judeus . E quando o discípulo do Cristo comprou o campo, estes se despojaram «do reino de Deus », que, segundo uma outra parábola, é uma vinha, e é dado a «uma nação que dele tira fruto », àquele que, pela fé, comprou o campo, graças à venda de todos seus bens, e ao despojamento de tudo que possuía anteriormente — é o mal que ele possuía. Alcançarás a mesma conclusão, se o campo que contém o tesouro oculto é o Cristo: aquele com efeito que «tudo deixaram para segui-lo» em um outro sentido, têm, por assim dizer, vendido seus bens, a fim de que, vendendo-os, deles se despojando e aí renunciando para fazer, graças ao socorro divino, uma escolha magnifica, compram a alto preço e segundo a estima ção do campo, este campo contendo o tesouro que aí se encontra. [COMENTÁRIOS SOBRE SÃO MATEUS]
Jerônimo
Semelhante é o reino dos céus a um tesouro escondido em um campo onde o homem que o encontrou o escondeu e com alegria foi e vendeu tudo que tinha e comprou esse campo (Mt 13,44). Entretidos pelas abundantes obscuridades das parábolas repassamos o comentário versículo por versículo, de maneira que parece termos passado de um gênero de interpretação à outro. Este Tesouro « em que estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência » (Col 2,3) ou é o Verbo de Deus que está aparentemente escondido na carne de Cristo, ou as escrituras santas onde repousa o conhecimento do Salvador , quem, como quem encontrou nelas, deve desprezar todos os emolumentos deste século para ter quem encontrou. Também como segue: quem como o homem que encontrou o escondeu, se diz precisamente, não porque o faz com inveja , mas sim com temor servil, e que não quer perder, esconde em seu coração quem preferiu à riquezas anteriores. [COMENTÁRIO À MATEUS, Livro II (11,2- 16,12) (contribuição e tradução de Antonio Carneiro)]