Os objetos que fabricamos, impregnados de nossos projetos e nossas intenções, nos retiram seu significado. Assim dos mais complexos entre eles, as máquinas informáticas, capazes de manipular símbolos e mensagens que sabemos ler e compreender.
A investigação sobre a pesquisa do sentido que é o objeto deste livro começa portanto pelo exame do universo destas máquinas linguageiras e lógicas, a fim de desvendar em seu estrutura e seu uso os traços e marcas da significação que aí dispomos. Se rejeitamos as concepções espiritualistas do sentido, é para o pesquisar na ordem e na estrutura das coisas, aquelas que nos são dadas como aquelas que fabricamos.
O computador, espelho de nossa atividade mental dispensadora de sentido, nos remete a nossa própria organização material, aquela de nosso sistema nervoso. Já o artefato — as redes de neurônios formais, máquinas construídas sobre o modelo de nosso sistema nervoso — aí nos convidam. Atento aos aportes recentes das neurociências, ensaiamos de compreender como interiorizamos o sentido das coisas e como, em retorno, somos aptos a dar sentido, a dele criar.
À questão: “como representa-se a ordem das coisas em um máquina?”, sucederá a questão: “como nosso cérebro representa o mundo e o meio que nos cerca?” que nos porá na via de um materialismo mais coerente.
Sumário
tradução
- A experiência informática e a questão do sentido
- Sentido e matéria
- Do dualismo do sentido e de seu suporte: uma abordagem espiritualista do sentido
- O funcionalismo e a desmaterialização do sentido
- Sentido e ordem
- A organização física dos dados
- Árvores e redes
- Ordem objetiva, ordem convencional
- Ordem e complexidade
- A relação ao real
- A experiência pedagógica
- O algoritmo das torres de Hanói
- Da imagem calculada aos mundos virtuais
- Sentido e matéria
- As fronteiras da experiência informática
- O corpo e os modelos informáticos do espírito
- Do autômato às neurociências
- Do modelo neurológico a suas expressões emprestadas às ciências físicas
- Os diferentes tipos de representações reticulares
- Funções das redes neuro miméticas
- O Perceptron elementar de Rosenblatt e a separação linear
- Redes de neurônios formais e mecânica estatística
- Memórias associativas, redes recorrentes e modelo de Hopfield
- Conclusão
- Os aportes das neurociências
- Sentido, intencionalidade e sistema nervoso
- A organização neuronal como expressão do sentido
- A organização cerebral e o cálculo da informação
- Como o cérebro se representa o mundo
Original
Introduction 5
Première partie - L’EXPÉRIENCE INFORMATIQUE ET LA QUESTION DU SENS 13
1. Sens et mati ère 16
Du dualisme du sens et de son support : une approche spiritualiste du sens 16
Le fontionnalisme et la dématérialisation du sens 38
2. Sens et ordre 51
L’organisation physique des données 51
Arbres et réseaux 56
Ordre objectif, ordre conventionnel 65
Ordre et complexité 70
3. Le rapport au réel 79
L’expérience pédagogique 82
L’algorithme des tours de Hanoï 96
De l’image calculée aux mondes virtuels 103
Deuxième partie - LES FRONTIÈRES DE L’EXPÉRIENCE INFORMATIQUE 115
4. Retour aux auteurs 120
Aristote, Descartes : la question de la méthode 121
Leibniz : la puissance du signe 133
5. Philosophie de la logique et informatique 151
Ordre logique, ordre du monde 151
L’irruption du sujet dans le formalisme logique 176
Troisième partie - LE CORPS ET LES MODÈLES INDORMATIQUES DE L’ESPRIT 187
6. De l’automate aux neurosciences 193
7. Du modèle neurologique à ses expressions empruntées aux sciences physiques 212
Les différents types de représentations réticulaires 213
Fonctions des réseaux neuromimétiques 217
Le Perceptron élémentaire de Rosenblatt et la séparation linéaire 220
Réseaux de neurones formels et systèmes dynamiques 225
La fonction énergie 230
Réseaux de neurones formels et mécanique statistique 232
Mémoires associatives, réseaux récurrents et modèle de Hopfield 233
Conclusion 235
8. Les apports des neurosciences 241
Sens, intentionnalité et système nerveux 243
L’organisation neuronale comme expression du sens 246
L’organisation cérébrale et le calcul de l’information 253
Comment le cerveau se représente le monde 260
CONCLUSION 267
BIBLIOGRAPHIE 275