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Diálogos de Platão

Parmênides (Diálogo de Platão)

Apresentações

sexta-feira 16 de abril de 2021, por Cardoso de Castro

      

PLATON  . Parménide  . Tr. Luc Brisson  . Paris: GF-Flammarion, 1994

PLATON. Oeuvres complètes. Tr. Victor Cousin. Paris: Arvensa (ebook)

PLATO. Plato Complete. Ed. Edith Hamilton & Huntington Cairns. Princeton: Princeton University Press, 1973

      

Brisson

Autocrítica da teoria   das Ideias. Impugnação do ser único dos eleatas. Do Um e do Múltiplo. Segundo seu tradutor francês, Luc Brisson  :

"Entre todos os diálogos   de Platão  , o Parmênides   permanece o mais fascinante e o mais controvertido. Esta dupla característica remonta ao passado   e se associa à eclosão do Neoplatonismo que, como diálogo   de referência, substituiu o Timeu   pelo Parmênides, o qual se tornou por este fato o laboratório onde se elaborou uma nova interpretação do Platão.

O diálogo reproduziria uma conversa em Atenas, da qual participaram Parmênides, Zenon e Sócrates  , tendo sido acompanhada por Pitodoro, filho   de Isolaco, que o relatou a Antifono, meio irmão de Glaucon e Adiamanto, os irmão de Platão.

Uma interpretação do Parmênides deve tentar responder a três questões: Pode-se crer, num plano histórico e num plano teórico, na encenação platônica concernindo Parmênides e Zenon? Em que sentido interpretar a crítica das Formas na primeira parte? E quais relações entretêm as duas partes do diálogo?


Plano da Obra
  • Introdução geral
    • As modalidades da transmissão do relato
    • Configuração, "palco" e personagens
  • Primeira parte
    • Introdução
    • Desenvolvimento
      • O paradoxo de Zenon
      • Sócrates avança a hipótese das Formas
      • Parmênides enumera as dificuldades que acarretam esta hipótese
      • Introdução
        • De quê há Formas?
        • Relação destas Formas com as coisas sensíveis
          • Hipótese da participação
            • Dilema da participação
              • Exposição
              • Paradoxos
                • Todo/partes
                • Um/vários
              • Soluções propostas
                • A Forma-pensada
                  • Exposição
                  • Paradoxo
                • A Forma-paradigma  
                  • Exposição
                  • Paradoxo: semelhante/dessemelhante
            • Constato de fracasso
          • Separação   das Formas
            • As Formas são não conhecíveis para o homem  
            • A realidade humana é não conhecível aos deuses
      • Conclusões
  • Segunda parte
    • Introdução
    • Desenvolvimento
      • As séries de deduções para a hipótese : "se é uno"
      • Transição
      • As séries de deduções para a hipótese "se não é uno
    • Conclusão

Cousin

Le Parménide (ou Sur les Formes, genre logique) est un dialogue écrit par Platon dans la dernière partie de sa vie. Correspondant à un refus du système philosophique qu’il avait soutenu jusqu’alors, cette œuvre représente un tournant majeur dans la philosophie platonicienne et occidentale en général.

On ne peut s’assurer que les paroles du personnage Parménide aient été effectivement prononcées par Parménide (exception faite des passages qui semblent répéter Le Poème de ce dernier). Il semblerait que Platon (427 av. J.-C. — 348 av. J.-C.) ait tenté de retranscrire les pensées du philosophe présocratique. Chronologiquement parlant, Socrate (469 av. J.-C. — 399 av. J.-C.), même jeune, n’a probablement pas pu croiser la route du véritable Parménide (fin VIe siècle av. J.-C. — début Ve siècle av. J.-C.). Le dialogue suivant est donc avant tout une conversation philosophique fictive entre deux penseurs.

Ce texte de Platon présente le mouvement conduisant à la révolution platonicienne : la destruction du système platonicien en faveur [d]’une philosophie non-dogmatique. Introduisant au centre de sa réflexion philosophique les termes majeurs de l’Être et de la Participation, futures notions centrales de la philosophie occidentales, Platon souhaite opérer une réflexion sur l’origine véritable des objets réels.

Les personnages de ce dialogue sont, dans le prologue : Céphale, Adimante, Glaucon et Antiphon ; dans le dialogue proprement-dit : Socrate, Pythodore, Zénon  , Parménide, Aristote   (ce dernier est qualifié dans le dialogue de « jeune Aristote » et n’a strictement aucun lien de parenté avec le bien plus fameux macédonien Aristote de Stagire né en 384 avant notre ère — soit quinze ans après la mort de Socrate. Ce « jeune Aristote » du Parménide deviendra l’un des Trente lors de la courte tyrannie qui suivit la défaite [d]’Athènes contre Sparte au terme de la Guerre du Péloponnèse.)

Le Parménide se compose de deux parties:

La première partie est une critique de la théorie des Formes, dans laquelle Parménide montre à Socrate que si les formes existent, [d]’une part, il est impossible que les êtres [d]’ici-bas les connaissent telles qu’elles existent vraiment, [d]’autre part, le problème de l’accès à ces Formes est aussi soulevé.

La seconde partie représente les deux tiers du dialogue. Elle comporte huit ou neuf séries de déductions qui à chaque fois, sous un angle nouveau, examinent l’hypothèse « si l’Un est... ». Parménide énonce les conséquences positives et négatives qui découlent pour l’Un, et pour les autres choses, de l’hypothèse précitée ainsi que de sa négation.

Cornford

The Parmenides presents a great difficulty to the reader. The best Platonists differ about its meaning. The ordinary person will be liard put to it to discover any meaning at all. The argument runs on and on in words that appear to make sense   and yet convey nothing to the mind  . Examples are on every page, as, for instance, "The one is also younger than itself at the time when, in becoming older, it coincides with the present. But the present is with the one always throughout its existence. Therefore, at all times the one both is and is becoming older and younger than itself."

Socrates is represented as a young man awed to be in the presence of Parmenides, one of the greatest thinkers in the geneYaiion just before his. In later years he called him "venerable and awful" and said, "I met him when he was old and I a mere youth and he seemed to me to have a glorious depth of mind."

In the dialogue he turns that mind on what we call the Platonic Ideas and attacks them, certainly a curious procedure since in the end he apparently neither demolishes them nor establishes them — we are left in doubt. Why Plato did this has been a subject of discussion ever since and seems likely to remain so. To some people, however, it is only what is to be expected from Plato, never out to defend his own views, always with one object alone, to know the truth, and always on his guard against his desires and preconceptions. It would be natural   for him to do his best to find out if what he had built up could be torn down.

The Parmenides seems to disclaim any achievement at all. Finally, the great man says to his audience, "It seems that, whether there is or is not a one, both that one and tlze others alike are and are not, and appear and do not appear to be."

"Most true," says Socrates, and the dialogue ends. Whether this "truth" is for or against the theory of Ideas is left undecided.


Ver online : PARMÊNIDES


SEGUE: Parmênides 127d-130a — início do debate uno-múltiplo