HT: Landow - Texto virtual, autores virtuais e computação literária

A escrita e posteriormente a impressão   revolucionaram a memória humana, a conquista do espaço-tempo humano e o compartilhamento de registros entre indivíduos em distintos lugares e épocas. A impressão adicionou ainda a possibilidade de se multiplicar indefinidamente estes registros, dispersnado cópias por toda parte. Elizabeth Eisenstein, Marshall McLuhan, William Ivins e J. David   Bolter são alguns dos estudiosos da história dos dos efeitos culturais da impressão. Bush e Nelson alarmados com o crescimento exponencial dos registros impressos inovaram ao propor soluções de integração e recuperação deste imenso acervo, ao transpô-lo para uma mídia mais adequada e rica em recursos de consulta e interação. Muitas soluções de editoração e indexação de textos antecederam as propostas de Vannevar Bush e Theodor Nelson, especialmente na passagem para do manuscrito para o impresso. A atual passagem do impresso para o digital permite inovar ainda mais, dada as possibilidades de armazenamento, intertextualidade ativa e de leitura participativa. Os textos em meio digital constituem cópias virtuais de um texto originalmente armazenado na forma digital; cópias virtuais que podem ser acessadas e manipuladas por diferentes leitores sofrendo acréscimos de notas, comentários, referências que se compõe junto ao texto original digital, formando novas cópias virtuais em um processo de recomposição contínuo. Entre leitor e texto original digital existem várias camadas de programas que compõem o texto virtual lido em uma tela de computador. Crítica a posição de Jean Baudrillard  . Referência ao excelente trabalho   de Michael Heim   que analisou a transformação da escrita na passagem para o meio digital e seus instrumentos de editoração eletrônica.