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Pensamento Antigo Ocidental

Festugière – Fragmentos extraídos de Stobaeus

Corpus Hermeticum

quarta-feira 19 de julho de 2023, por Cardoso de Castro

      

’’Texto estabelecido e traduzido por A-J. Festugière’’. Vinte nove extratos herméticos repartidos nos livros I, II, II do Anthologium de Stobaeus. (página em construção)

      
  1. Os Logoi   de Hermes   a Tat (I-XI)
    1. Excerto   I
    2. Excerto II A — II B
      • Um único logos: a oposição incorporal — eterno — verdadeiro x corporal — mutável — irreal.
      • De onde vem a dificuldade   de um conhecimento racional de Deus?
    3. Excerto III-IV
      • A alma  , que é imortal, está sempre em movimento  .
      • Todo movimento procede seja de uma (energeia  ) seja de um corpo.
      • Teoria   das forças
        • Forças agindo sobre os corpos
        • Forças agindo sobre a alma
        • Modo de ação das forças
        • Forças agindo sobre os apsycha
        • Corolário e conclusão: deve sempre haver forças e em grande número  , pois o (kosmos) nunca é privado delas; toda força é imortal.
      • Classificação das forças
        • Forças divinas agindo sobre os corpos divinos X forças dos corpos perecíveis
        • Forças universais   X forças especiais ou individuais
        • Forças dos gêneros X forças particulares
      • Força e aisthesis
        • Teoria da aisthesis
        • Classificação das aistheseis
    4. Excerto V
        • Os dois   demiurgos e a criação própria de cada um
        • A oposição das aidia e dos corpos terrestres dissolúveis.
    5. Excerto VI
      • Doutrina   dos trinta seis decanos
      • Descrição do mundo celeste, nela inserindo algo sobre os astros fixos do zodíaco, uma doutrina dos Decanos.
      • Posição, movimento e papel cósmico dos Decanos
      • Influência dos decanos sobre a terra   e a humanidade
    6. Excerto VII-VIII
      • Assim como existe uma (taxis  ) do mundo divino, regido pela Providência — Necessidade  , também existe uma ordem   da sociedade dos homens, regida pela Justiça.
      • O que em nós depende da Providência, o que da Necessidade, o que da Fatalidade?
    7. Excerto IX-X
      • Matéria receptáculo   da genesis
      • Três momentos do tempo: passado  , presente, futuro são e não são independentes um do outro; estão e não estão em correlação um   com o outro
    8. Excerto XI
      • Uma sequência de quarenta oito kephalaia
      • Uma conclusão parenética
  2. Os Logoi de Hermes a Ammon (XII-XVI) e os Logoi sem endereço (XVII-XXII)
    1. Excerto XII-XIV
      • O Universo   é controlado pela Providência, mantido e envelopado pela Necessidade: a Fatalidade é o que move e faz girar em círculo todo conjunto   (panta) por uma força constringente; nela está a causa   do nascimento e da morte.
      • Considerado o papel dos três princípios (Providência, Necessidade, Fatalidade) no céu, aborda-se os mesmos em operação na Natureza.
        • Tudo nasce (ginestai) pela Natureza e a Fatalidade, mas sob o controle da Providência.
        • A Providência é a razão (logos) perfeita nela mesma (autoteles). do deus supraceleste; a Necessidade e a Fatalidade são poderes nascidos deles mesmos (autogneis), deste logos, a Fatalidade obediente à Providência e à Necessidade. A Fatalidade por sua vez aos astros, instrumentos graças aos quais a Fatalidade dirige todos os eventos da natureza e da vida humana.
    2. Excerto XV-XVI
      • A alma noética entra no embrião (humano) já formado e especificado
      • Definição desta alma noética
    3. Excerto XVII-XX
      • A alma é uma substância perfeita nela mesma
      • Relações na alma entre ousia  , logos, noema  , dianoia, esta última servindo de regra à doxa   e aisthesis.
      • Nossa faculdade de escolher e as consequências desta escolha   relativamente à Fatalidade.
      • Condição encarnada da alma X condição separada da alma.
        • Incorporeidade da alma
        • Alma fonte da vida intelectiva
        • Vida intelectiva e temperamento corporal
    4. Excerto XXI
      • Hierarquia dos seres. desde o proon até aos aistheta, entre os quais se encontram: os noeta, os noematikoi theoi  , os aisthetoi theoi.
      • Comunicação entre os seres inferiores e os superiores
    5. Excerto XXII
  3. Os Logoi de Isis a Horus (XXIII-XXVII)
    1. Excerto XXIII: “De Hermes Trismegistum: extrato do livro sagrado   Kore Kosmou”
      • Afabulação
        • Isis a Horus
          • Preâmbulo: Isis oferece ambrosia   a Horus, que confere a esta psyche que é Horus, a imortalidade   total.
          • Organização do Mundo superior, criação da Physis  , das almas e dos signos zodiacais de forma humana e animal  .
          • Revolta   e castigo   das almas, criação por Hermes dos corpos humanos onde as almas serão aprisionadas, crimes dos homens, queixa dos Elementos   denegridos por estes crimes, promessa que Deus faz à terra de lhe enviar uma emanação divina que a salvará.
          • Vinda sobre a terra da emanação divina, quer dizer Isis-Osiris.
        • Hermes a Isis
          • Hermes na Kore Kosmou
            • Exórdio de tom filosófico sobre as relações entre o céu epikeimenos e o mundo inferior   (ta hypokeimena)
            • Mundo dividido em duas partes: o céu acima, o mundo inferior abaixo; mundo superior é naturalmente ordem e beleza, o inferior desordem, e depende do superior (e vice-versa).
            • argia  ” do mundo superior; criação de Physis; criação das pneumata, discurso de Deus a estes pneumatas, agora denominados almas (psychai); fabricação dos signos antropomórficos do zodíaco; comando às almas de moldar os animais sobre o modelo dos signos zodiacais de forma animal moldados por Deus.
            • Obedientes à ordem divina, as almas moldam os animais, mas astuciam deixar seu lugar.
            • Doravante Hermes vai ter uma atividade   preponderante no drama   antropogônico: encarregado de criar os homens nos quais as almas serão aprisionadas para seus castigo.
            • Hermes então desaparece de cena, depois da criação do homem  ; as almas se queixam a Deus que anuncia a metensomatose, diferentes para cada alma segundo o modo que tenha se comportado.
            • Crítica a Hermes por ter dotado o homem com tantas qualidades, que afirma o império da necessidade sobre os destinos humanos.
            • Formação do mundo; a terra, sob os fogos do sol, se coagula e se mostra dotada e ornada de todos os seres, que são belos.
            • Exaltação de Isis; Deus promete a salvação pelo casal Isis-Osiris.
          • A paradosis   de Hermes e Isis: livros de Hermes a serem reconhecidos por Isis e Osiris; transmissão oral direta em discurso de Hermes a Isis; tradição indireta de Hermes a Kamephis e deste a Isis.
      • Plano geral do tratado
        • Preâmbulo de Isis a Horus
          • Prólogo hermético sobre a agnosia original e a revelação por Hermes, que retorna ao céu, ao findar sua missão.
        • Revelação de Hermes sobre a gênese
          • Organização do mundo superior estadia das almas
            • criação dos astros
            • criação das almas
            • formação dos signos do zodíaco
          • Organização do mundo inferior = queda e punição das almas
            • criação (no céu) dos animais = pecado   das almas
            • criação (no céu) dos homens = castigo das almas
              • conselho dos deuses
              • episódio astrológico
              • criação do homem
              • episódio sobre a paradosis
              • queixa das almas
              • primeira resposta   de Deus
              • segunda resposta de Deus
              • episódio zoológico
              • episódio de Momos
            • formação da terra estadia dos homens
          • Anarquia primitiva e soteriologia
            • crimes dos homens
            • queixa dos Elementos
            • processo de uma segunda aporrhoia
      • Aretologia de Isis-Osiris, que acabada sua missão, retornam ao céu
      • Hino
    2. Excerto XXIV-XXVI
      • XXIV Origem das diferentes espécies de almas
        • Origem das almas reais
        • Origem das almas nobres
        • Origem das almas macho e das almas fêmeas
        • Origem das almas inteligentes
        • Porque os habitantes do Egito   são os homens mais inteligentes
        • De onde vem, nas longas doenças, as alterações da fala, da faculdade de raciocinar e da alma mesmo
      • XXV Onde vão as almas depois da morte
        • Questão de Horus: onde vão as almas depois da morte
        • Isis convida Horus para escutar   atentamente
        • Princípio geral: Tudo que tem consistência e que não é eliminado ocupa um lugar; diferença   entre os corpos “aloga” como a água, que , compostos ek pollon sygkrimaton, não retornam ao mesmo lugar, mas se misturam a outros corpos, e a alma, feita de uma substância única. Logo a alma depois da morte não vai se perder no ar, mas ela retorna ao lugar de onde ela partiu.
        • Ilustração desta tese por uma comparação (os animais em cativeiro, libertos de repente, retornando a seu lugar habitual)
        • Descrição da “diatosis” celeste
        • Transição à resposta propriamente dita (onde vão as almas?)
      • XXVI Continuação do precedente — Qualidades do corpo humano diversificados segundo a dosagem relativa dos quatro elementos na massa   corporal
        • Relembrança da doutrina geral sobre as zonas celestes, e em particular sobre a zona habitada por almas
        • As almas ou bem retornam ao lugar mesmo de onde vieram, ou bem vão mais alto ou mais baixo segundo a maneira pelas quais elas se conduziram sobre a terra
        • A descida das almas aqui em baixo e sua ascensão ao céu se faz sob a supervisão de dois ministros da Providência divina
        • Aqui em baixo a Natureza, em correspondência com a hierarquia das almas no céu, fabrica os corpos destinados às almas, ajudada ela também por duas Forças, a Memória que conserva os tipos originais, a Experiência que adapta os corpos terrestres às diversas características das almas
        • Explicação teológica da natureza das aves, quadrúpedes, répteis e peixes
        • Aplicação destes princípios às diversas espécies de almas; é nos corpos assim caracterizados que descem as almas, cada uma preenchendo aqui em baixo a função à qual a predispõe o lugar celeste de onde ela vem (diferentes espécies de realeza)
        • Comparação entre este movimento incessante das almas (do céu à terra e vice-versa) e o movimento da respiração.
        • As outras qualidades do composto humano provem da dosagem relativa dos quatro elementos na massa corporal segundo há para cada elemento excesso  , falta ou justa medida.
        • A diversidade desta dosagem determina os corpos dos pássaros, dos homens, dos quadrúpedes, dos répteis e dos peixes.
        • Esta dosagem, juntamente com a influência do meio ambiente, decide também quanto a estatura dos seres vivos
        • Destas mesmas condições depende enfim o estado   de saúde ou de doença

Ver online : ANDRÉ-JEAN FESTUGIÈRE