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oikeiosis / οἰκείωσις / οἶκος / oikos / oîkos / casa / morada / δόμος / οἰκέω / oikeo / habitar / οικονομία / oikonomia / economia / μένω / meno / abide / κατοικέω / katoikeo / morador / moradores / ninho

  

gr. οἰκείωσις, oikeiosis. Figura estoica da consciência, no sentido de apropriação de si mesmo. Relação imediata de todo animal a seu corpo próprio, relação dada sob a forma de uma autopercepção e de um impulso a se conservar. Afins: οἶκος, oikos, oîkos, δόμος, casa; οἰκέω, oikeo, habitar; οικονομία, oikonomia, economia; μένω, meno, abide; κατοικέω, katoikeo, morador


Nicolas Boon

“Domine no sum dignus ut intres sub tectum meum sed tantum dic verbo et sanabitur anima mea”. Palavras do Centurião em Mt   8,8 (v. Exemplo de Fé) utilizadas antes da Comunhão na Liturgia — e elas ainda são mantidas tais quais no ritual de Paulo VI, texto latino. As traduções em línguas nacionais em geral simplificou” dizendo “eu não sou digno de te receber mas diga uma só palavra e serei salvo”. Para o homem moderno a palavra “eu” parece equivaler à palavra alma que, para ele, se esvaziou de toda amplitude de significação. É uma verdadeira grosseria reduzir o ser à formulação do “eu”. O “eu” trataria unicamente do nefes (v. ego). Esta dita “simplificação” apaga de um só golpe toda uma dimensão espiritual. Isto provém evidentemente de que o homem moderno não mais vê o que pode ligar uma casa, de que trata evidentemente o Evangelho, tomada em seu sentido literal, e a alma ou o coração. No entanto já dissemos que a palavra “leb” que significa coração tem o sentido de envelopar, abrigar. Monsenhor Devoucoux fala de três muralhas do Templo dito de Janus, em Autun, como sendo “lobiae”. Lobia = muralha. A correspondência ente coração e casa é portanto evidente. A primeira letra do Gênesis é um beth que significa casa, e toda a palavra revelada já está virtualmente contida nesta primeira letra, segundo o ensinamento rabínico. Este beth corresponde também a Binah que é denominada construção. Toda casa tem um teto que a protege contra as intempéries e de tudo o que está fora. A realização na perfeição a alma-casa é indicada com precisão e beleza em Isaías 4,5 onde o profeta fala do resto de Israel salvo e morando em Jerusalém, Cidade ou Visão da Paz, onde podemos ler “pois acima de toda alma um teto”. A palavra “kabod” assim honra, glória. Em seguida riqueza. Igualmente espírito ou alma. Notemos que o valor numérico de kabod é igual ao de leb, a saber 32.

Ruzbehan de Shiraz

A morada é própria aos adeptos da perfeição que souberam dominar os estados passageiros graças à firmeza. A morada é superior à estação porque implica na fixação do estado místico no coração, e determina a pedagogia do coração posto na luz do invisível sem qualquer alteração. O adepto da estação não está submetido às mudanças. A morada por excelência, é a contemplação de Deus no secreto do coração graças à Teofania, e isto em todos os instantes.

Tua morada reside em meu coração que me fez coração por inteiro, nela não há lugar para nada senão Tu. (Hallaj  )

Comentário: Em seu sentido primário makan quer dizer "Lugar"; mas na acepção sufi deste termo, trata-se da fixação do coração em seu lugar próprio, de sua residência na morada. A ideia é expressa pelo termo sekina correspondente ao hebreu Shekinah como presença divina na morada, que procura a paz do coração. A interpretação de Ruzbehan   visa a morada como a integração perfeita de todas as estações assim como a reabsorção dos diferentes estados místicos culminando na contemplação. Assim concebida, a morada é o lugar do repouso da alma em Deus, e reciprocamente de Deus nela, que corresponde ao estado da "alma pacificada" que é o coração no sentido verdadeiro. [Excertos de seu Léxico do Sufismo (Ruzbehan, Tratado do Espírito Santo)]

Anthony Damiani

Casas Zodiacais: Um dos doze setores principais do círculo astrológico individualizado. Em astrologia, cada casa demarca um reino de nossa experiência ou circunstâncias. Anthony frequentemente usa as palavras casas e signos intercambiavelmente quando se referindo aos setores da Carta Metafísica. [ASTRONOESIS  ]

Ananda Coomaraswamy

Estos puntos de vista macrocósmico y microcósmico son interdependientes; pues, como la llama Platón, la «acrópolis» de la ciudad está dentro de vosotros y literalmente en el «corazón» de la ciudad. Lo que hay dentro de esta Ciudad de Dios (brahma-pura, este hombre) es un templo [1], y lo que hay dentro (del templo) es el Cielo y la Tierra, el Fuego y el Viento, el Sol y la Luna, todo lo que se posee o no se posee; todo lo que hay aquí está ahí dentro». Entonces surge la pregunta, ¿Qué queda (qué sobrevive) cuando esta “ciudad” muere de vejez o es destruida? y la respuesta es que lo que sobrevive es Eso que no envejece con nuestro envejecimiento, y que no es matado cuando “nosotros” somos matados: Eso es la “verdadera Ciudad de Dios” [2]; Eso (y no esta ciudad perecedera que nosotros consideramos como “nuestro” sí mismo) es nuestro Sí mismo, que no envejece y que es inmortal [3], a quien no afecta «el hambre ni la sed» (Chandogya   Upanishad   VIII.1.1-5, ligeramente abreviado), «Eso eres tú» (ídem VI.8.7); y «Ciertamente, el que veEso, el que contempla Eso, el que discrimina Eso, y cuyo juego y expansión, y cuyo deleite y beatitud están en ese Sí mismo y con ese Sí mismo (atman), ese es autónomo (sva-raj, kreitton heautou, auto-gobernante), y se mueve a voluntad en todos los mundos [4]; pero aquellos cuyo conocimiento es de lo que es otro-que-Eso, son heterónomos (anyaraj, hetton heautou, súbdito), y no se mueven a voluntad en ningún mundo» (ídem VII.25.2).

Así pues, en el corazón de esta Ciudad de Dios habita (sete) el Sí mismo inmortal y omnisciente, «este Sí mismo y Duque inmortal del sí mismo», como el Señor de todo, el Protector de todo, el Regidor de todos los seres y el Controlador Interno de los poderes del alma, por los cuales está rodeado como por sus súbditos [5], y «a Él (Brahma), que procede así en Persona (purusha), cuando yace ahí extendido (uttanaya sayanaye), y entronizado (brahmasandhim arudha, atrasada), los poderes del alma (devata, (prana), la voz, la mente, la visión, el oído y el olfato), le traen tributo» [6]. [O QUE É CIVILIZAÇÃO?]


[1«El Reino de Dios está dentro de vosotros» (San Lucas 17:21); en hauto politeia (República 591E). El Rey sobrevive a sus reinos y «vive siempre». De la misma manera, en la teoría tradicional de gobierno, la Realeza inmanente en los reyes les antecede y les sobrevive, «el rey ha muerto, viva el rey».

[2La polis en logois (sánscrito srute), kaimenêepeigesge oudamau de Platón (República 592A).

[3Ese Sí mismo Espiritual eternamente joven cuyo Comprehensor no tiene miedo de la muerte (Atharva Veda Samhita X.8.44).

[4Esta libertad, de la que se habla tan a menudo en la tradición védica desde Rg Veda Samhita IX.113.9 en adelante, corresponde al término platónico autokinesis (Fedro 245D, Leyes 895B, C) y a San Juan 10:9 «entrarán y saldrán, y encontrarán pradera».

[5Brhadaranyaka Upanisad III.8.23, IV.4.22, Katha Upanishad II.18, Mundaka Upanishad II.2.6.7, Maitri Upanishad VI.7 etc.

[6Jaiminiya Upanisad Brahmana IV.23.7-23-10, algo condensado.