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Ghyka

  

Prince Matila Costiescu Ghyka (1881-1965)

OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS

Pensador romeno, que exerceu inclusive o cargo de diplomata, e nos legou estudos reconhecidos sobre o simbolismo e a "aritmética sagrada".

Matila Ghyka era conselheiro cultural da embaixada da Romênia. antes de lhe conhecer pessoalmente já lera, é óbvio, O número áureo, mas não conhecia sua bela novela A chuva de estrelas. Admirava-o muito, apesar da diferença de idades chegamos a ser muito amigos. Possuía uma cultura prodigiosa, tão científica como literária e histórica. Já sabe que foi oficial de marinha, logo agregado naval em São Petersburgo e em Londres. Depois da Segunda guerra mundial ocupou a cadeira de estética na universidade de Los Angeles. Além de seu trabalho pessoal, lia ao menos um livro cada dia. Daí que assinava a cinco organizações de leitura. Tinha, às vezes, opiniões singulares; acreditava, por exemplo, que a guerra recém começada era o supremo enfrentamento entre duas ordens de cavalaria, os templários e os cavaleiros teutônicos. Um dia mostrou-me a fotografia de uma família muito numerosa reunida na suntuosa escalinata de uma mansão; em uma janela do segundo piso podia distinguir o rosto velado de uma dama anciã. Mas, aquela senhora anciã, precisou Matila Ghyka com voz serena e profunda, morrera alguns meses antes de que lhe tomasse a fotografia... Em Paris o vi uma só vez, em 1950; acabava de escrever uma novela policial que se propunha publicar com pseudônimo. Seus últimos anos foram muito difíceis; traduzia qualquer classe de livros para Payot, aceitava qualquer tipo de trabalho, apesar de que passava já dos oitenta anos. Mircea Eliade   Prova do Labirinto