Míguez
3. Tal es el preciado y divino objeto que constituye el alma. Con su valiosa ayuda buscarás a Dios y te acercarás a él; pues, no está tan lejos como para que no puedas alcanzarlo, ni son muchos, tampoco, los seres intermedios. Considera, pues, como la parte más divina de esta alma divina aquella que se halla más próxima al ser superior con el cual y por el cual se explica el alma. Porque aun siendo tal como la ha mostrado nuestro razonamiento, es realmente una cierta imagen de la (…)
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Enéada V, 1
Enéada V, 1 (10)
PLOTINO - TRATADO 10 (V, 1) - SOBRE AS TRÊS HIPÓSTASES QUE TÊM NÍVEL DE PRINCÍPIOS
Segundo a ordem cronológica apresentada por Porfírio , o Tratado 10 segue imediatamente o Tratado 9, do qual entende continuar o exame. Com efeito se o Uno é a realidade maravilhosa e toda-poderosa que descreveu o Tratado-9, e que a Alma dele provém, porque esta última se afastou de tal fonte? E, assim se afastando de seu princípio para alcançar até o sensível, como se dá que ela aí permaneça? Estas questões dão e este tratado 10 seu ponto de partida: Plotino se propõe de aí explicar como toda realidade, se separando de seu genitor, "dobra-se" e contribui a uma progressiva degradação do real. Plotino encontra assim uma questão mais geral, aquela que é relativa à maneira pela qual o Uno, o primeiro princípio de todas as coisas, engendra as realidade que vêm depois deles em favor de uma descida onde cada realidade é produzida por aquela que a precede e produz por sua vez a que a segue. A fim de resolver o conjunto das dificuldades associadas a estas questões, Plotino clarifica aqui a natureza das relações que entretêm o Uno, o Intelecto e Alma, as três realidades ou princípios que o título destes tratado, escolhido por Porfírio, designa como "hipóstases". [Brisson ]
Capítulo 1: A alma deve se conhecer a si mesma para reencontrar "o deus que é seu pai"
- 1-3. Porque a alma esqueceu sua origem e sua fonte divinas?
- 3-22. Em virtude de sua independência ontológica, a alma se lançou no sensível, se afastando assim de seu princípio; assim fazendo, ela esqueceu sua natureza, para apreciar em revanche as realidades que lhe são inferiores.
- 22-35. É preciso dois discursos que ensinem à alma quais são sua natureza e sua origem, para que ela possa empreender a busca do princípio que a engendrou.
Capítulo 2: A natureza da Alma do Mundo ( [1]) e sua atividade
- 1-9. A alma é a fonte da vida e do movimento de todas as coisas
- 10-27. de que maneira a alma provê a vida a todas as coisas?
- 27-42. A alma cerca o mundo inteiro e o anima estando presente em tudo ao mesmo tempo; ela introduz em todos os seres vivos um elemento divino.
- 42-51. A alma individual é "do mesmo gênero" que a alma do mundo, eis porque toda alma é mais digna de honra que tudo aquilo que é corporal.
Capítulo 3: O Intelecto engendra a Alma e lhe é ao mesmo tempo superior e anterior
- 1-12. A Alma é uma imagem do Intelecto que a engendrou, como o discurso "pronunciado" é uma imagem "expressada" do discurso "interior".
- 12-20. A Alma recebe sua capacidade de raciocinar do Intelecto, e ela é em ato quando dispõe seu olhar sobre as coisas que o Intelecto compreende nele mesmo, as formas inteligíveis.
- 20-25. A Alma é como uma matéria inteligível e o Intelecto é como a forma que informa, eis porque o Intelecto é superior à Alma.
Capítulo 4: O Intelecto e as realidades inteligíveis nada mais são que "pensar" e "ser"
- 1-10. O Intelecto é o modelo do mundo sensível; ele compreende nele mesmo todas as realidades inteligíveis.
- 10-25. O Intelecto e as realidades inteligíveis são eternas, imóveis e imutáveis, pois não buscam modificar seu estado de felicidade absoluta. O Intelecto só faz pensar esta realidades que possui nele mesmo, sendo portanto sempre em ato; é todas as coisas juntas na eternidade, enquanto ao nível da Alma todas as coisas estão dispersadas, particulares e submetidas ao tempo.
- 26-33. O Intelecto e o mundo inteligível são pensamento e ser ao mesmo tempo; a causa destas realidades deve ser buscada além delas.
- 33-43. Os termos "primeiros", que compõem a estrutura fundamental do mundo inteligível, são o Intelecto, e logo o ser, a identidade e a diferença, o repouso e o movimento; deve-se, em seguida, aí aditar a quantidade, o número e a qualidade.
Capítulo 5: Quem engendrou o Intelecto e as realidades inteligíveis?
- 1-6. Sendo múltiplo, o Intelecto não pode ser o primeiro princípio, toda a unidade e a simplicidade devem ser absolutas. É portanto o Uno que produz o Intelecto e o ser, a multiplicidade e o número.
- 6-9. O número inteligível provém da ação do Uno, que produz e determina a díade indeterminada.
- 10-19. Assim como ele produz e determina a díade indeterminada, fazendo assim surgir nela o número inteligível, do mesmo modo o Uno produz e "informa" o Intelecto, fazendo assim surgir nele as formas inteligíveis que são seus pensamentos.
Capítulo 6: Como o Intelecto foi engendrado pelo Uno?
- 1-8. A Alma quer compreender porque o Uno não ficou nele mesmo e como produziu a multiplicidade.
- 8-17. O Uno é imóvel nele mesmo como uma divindade em um santuário.
- 17-22. Tudo o que ele produz não está no tempo, mas na eternidade..
- 22-27. Tudo aquilo que nasce do Uno provém dele sem que ele o queira e sem que ele seja movido.
- 27-37. O Uno produz as coisas que vêm depois dele sem ser diminuído, como o sol produz a luz.
- 37-44. Todas as coisas, que chegam à maturidade, engendram. O Uno, que é sempre perfeito, engendra sempre realidades eternas que, como o Intelecto, lhe são no entanto inferiores.
- 45-53. O Intelecto engendra a Alma que lhe é inferior. Toda a realidade engendrada tem necessidade do princípio que a engendrou e deseja se unir a ele.
Capítulo 7: O Intelecto é uma imagem divisível do Uno indivisível?
- 1-5 O Intelecto se assemelha ao Uno que o engendrou, mas o Uno não se assemelha a ele.
- 5-23. O Uno engendra o Intelecto, mesmo se permanece absolutamente diferente dele, pois é ’potência de todas as coisas". Por sua potência ilimitada e porque é ele mesmo desprovido de forma, o Uno pode produzir e "informar" o Intelecto e todas as coisas; em participando da potência do uno, o Intelecto é "tornado perfeito".
- 23-36. Todas as coisas existentes adquirem sua forma e sua determinação em virtude do Uno. O Intelecto contém as realidades inteligíveis nele mesmo, assim como Kronos, segundo o mito, "engolia" seus filhos depois de tê-los engendrados.
- 36-49. Um vez engendrado e tornado perfeito pelo Uno, o Intelecto engendra a Alma que dele depende e que dele é "informada". A Alma é a última das realidades divinas.
Capítulo 8: Exame dos filósofos anteriores: Platão e Parmênides de Eleia.
- 1-10. Platão já tinha compreendido que existem três níveis da realidade correspondendo ao Uno, ao Intelecto e à Alma.
- 10-14. As teses expostas por Plotino só são interpretações das doutrinas filosóficas anteriores, e antes de tudo dos escritos de Platão.
- 14-23. Parmênides de Eleia ( [2]) dispôs a unidade do pensamento e do ser, mas não chegou ao Uno no sentido próprio.
- 23-27. O "Parmênides de Platão" ( [3]) distingue em revanche entre o "Uno" em sentido próprio, o primeiro princípio, o "um-muitos" que admite nele mesmo a multiplicidade, o Intelecto, e o "um e muitos" que é a Alma.
Capítulo 9: Exame dos filósofos anteriores: Anaxágoras , Heráclito , Empédocles , Aristóteles e os pitagóricos
- 1-7. Anaxágoras, Heráclito e Empédocles distinguiram o mundo sensível da realidade inteligível, sem todavia chegar a apreender a unidade absoluta do primeiro princípio.
- 7-27. Aristóteles reconheceu a superioridade do intelecto divino que compreende nele mesmo os inteligíveis, mas dispôs este intelecto como o primeiro princípio, enquanto de fato esta realidade múltipla não é uma unidade absolutamente simples.
- 28-32. Com Platão, os pitagóricos são os únicos filósofos antigos que apreenderam a natureza suprema do Uno.
Capítulo 10: Toda alma individual guarda nela mesma uma imagem das três hipóstases
- 1-10. O Uno, o Intelecto e a Alma se encontram não somente na realidade, mas também "em nós", na nossa alma.
- 10-21. A faculdade racional de nossa alma permanece sempre no mundo inteligível, mesmo quando o "resto" da alma desce ao corpo. Eis porque ela é "em si", "no exterior" do corpo.
- 21-31. É preciso que a alma em seu conjunto se separe do corpo em eliminando toda "inclinação" para os sensíveis, para poder ascender inteira no mundo inteligível de onde provém.
Capítulo 11: A alma individual tem nela mesma o Intelecto e o Uno
- 1-8. A alma tem nela mesma o Intelecto que possui as formas, e em virtude do intelecto que ela pode "raciocinar". Se o Intelecto está presente na alma, é preciso que ele aí tenha também o princípio e a causa do Intelecto, o Uno.
- 8-15. O Uno também está presente na alma: pode-se perceber e alcançar o primeiro princípio.
Capítulo 12: Se nossa alma possui "coisas tão grandes", porque permanece frequentemente inerte e inativa?
- 1-10. As realidades de "lá em cima" são sempre ativas e puras, enquanto que nossa alma, que é composta de várias faculdades, deve se servir logo de sua faculdade sensível. Logo nós só podemos conhecer quando a sensação é levada ao ato por um objeto que a "atravessa".
- 10-21. A faculdade sensível deve consagrar sua atenção àquilo que se encontra "no interior" da alma ela mesma, e negligenciar os "ruídos sensíveis" que vêm do exterior para se consagrar à escuta dos sons "interiores" que provêm de "lá em cima".