As tradições célticas afirmam que a macieira foi a árvore do paraíso terrestre.
tradução
A árvore que mencionam com insistência, como árvore primordial, todas as tradições da Índia, é a macieira. A Ilha da Macieira se encontra como elemento de base, nas cosmogonias de todas as religiões. Ela é tão essencial quanto o Meru. Como dar conta desta singularidade?
Não se trata de invenção da Índia, posto que, nos escandinavos, a deusa da vida imortal, Idhuna, ou Idhu, se identifica com uma (...)
Apontamentos de pensadores do Ocidente e do Oriente, desde um apreço (philo) à compreensão (sophia) do "ser" humano.
[Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro]
Matérias mais recentes
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Gordon (IMA:83-84) – macieira
26 de setembro, por Cardoso de Castro -
Gordon (IMA:109-110) – Infernos
26 de setembro, por Cardoso de CastroO mundo-de-sob-a-terra era por natureza um lugar de provas e de ascese.
tradução
Este mundo dito inferior porque se situava sob (infra) o céu da montanha ou no seio das águas se tornou ao longo do tempo os infernos: termo que nada teve de pejorativo, de início; os infernos foram ao contrário essencialmente, em seu princípio, um lugar de luz e um local divino; é aí que o neófito se preparava à vida sem fim; é aí que morria às pequenezas, às misérias, ao egoísmo, à ignorância, à (...) -
Gordon (IMA:53-54) – Ilha Santa Primordial
26 de setembro, por Cardoso de CastroQuando a Grande Montanha neolítica foi fundada na região armênia-caucasiana, ela foi assimilada, dissemos, à ilha sagrada, que ela reorganizou, e com a qual ela se confundiu ontologicamente. Tinham-se assim duas Ilhas principais, uma a oeste, a outra a leste.
tradução
Segundo todas as tradições, a ilha santa primordial se situava a noroeste da Europa. Ela levava diferentes nomes: Tula, a Thulé dos gregos, — Ogygie, ogh iagh = ilha sagrada, — Elixioia, Ilha de Cristal, — Ilha das Maçãs (...) -
Gordon (IMA:55-56) – Ilha Ea
26 de setembro, por Cardoso de CastroQuando Ulisses, sob o conselho da encantadora, vai visitar a entrada dos infernos (Odisseia X, 466 ss), não tem que se distanciar, os «infernos», de que falaremos, não sendo na origem senão o mundo subterrâneo (inferi, infra) próprio ao país dos deuses.
tradição
Seguindo as tradições relativas aos Argonautas, não é duvidoso que Aia ou Æa se aplique à Cólquida: a palavra é sem dúvida a mesma que Gaia (= terra); significava então a Terra por excelência, a Terra pura; em outros termos, (...) -
Gordon (IMA:2-4) – hierogamia
26 de setembro, por Cardoso de CastroA hierogamia neolítica e o rito de separação, como origem do cosmo
tradição
A criação do mundo, por exemplo, não determinava nenhuma perplexidade. Nada parecia mais límpido. O grande ritual de criação partia, com efeito, ao final da era neolítica, de um homem e de uma mulher sexualmente acoplados: estava aí o céu e a terra, primitivamente confundidos, e não formando senão um só bloco; um terceiro oficiante, que representava o ser humano, intervinha de repente para separá-los; ele (...) -
Gordon (IMA:26-28) – Hermopolis
26 de setembro, por Cardoso de CastroAs Montanhas Santas
tradução parcial
A mais antiga tradição do Egito Antigo, aquela de Hermópolis, informa que uma elevação divina, a «maravilhosa colina dos tempos primordiais», emergiu um dia do oceano; da Caverna guardada nesta montanha sacrossanta saíram, por pares, quatro rãs (= quatro mulheres iniciadas), e quatro serpentes (= quatro homens iniciados): estes oito personagens - seres transcendentes criaram um ovo, que depositaram no pico da montanha. Deste ovo nasceu um pássaro, (...) -
Gordon (IMA:5) – Grande Mãe
26 de setembro, por Cardoso de CastroA civilização agrícola feminina, em razão das benfeitorias que o trabalho da terra valia à humanidade, teve uma vitalidade excepcional e uma prodigiosa expansão.
A Grande Mãe do mito combina em sua formidável pessoa todas as qualidades essenciais do feminino. A fertilidade era atribuída nas culturas primitivas ao poder da Lua, e as Deusas Mães eram usualmente deusas da lua também. A maioria dos ídolos que ilustram a "Grande Mãe", com seus contornos femininos exagerados, datam de até (...) -
Gordon (IMA:186-189) – cosmogonias demiúrgicas
26 de setembro, por Cardoso de CastroAs cosmogonias demiúrgicas oferecem a vantagem de deixar claramente ver os ritos de que procedem. Elas acusam por aí nitidamente sua origem sacerdotal longínqua, e não deixam esquecer o papel do homem-super-homem na criação física.
tradução parcial
Pode-se associar em parte aos sistemas criacionistas as cosmogonias que admitem a intervenção de um demiurgo. Elas são intermediárias entre estes sistemas e as doutrinas emanacionistas, às quais não é raro que elas incorporem. Elas contam (...) -
Gheraert Appelmans (Paternoster) – a relação Pai-Filho
26 de setembro, por Cardoso de CastroExcertos traduzidos da apresentação da Glosa do «Paternoster», retirados de Voici maître Eckhart
A GLOSA DO PAI NOSSO atribuída ao irmão Gheraert Appelmans só é conhecida por um manuscrito atualmente na Biblioteca Real de Bruxelas. Do autor nada se sabe, senão que levava «uma vida de penitência» em uma floresta, próxima a cidade cujo nome foi infelizmente riscado do manuscrito.
Pensa-se que antes de ser eremita, Appelmans recebeu uma formação escolástica, que até ensinou, se se julga (...) -
Izutsu (SOP1:100-104) – Todo Mundo é uma única Mente (1)
26 de setembro, por Cardoso de CastroObservamos anteriormente que a fórmula básica s ➜ o, ou eu vejo isso, que é projetada para descrever esquematicamente a relação epistemológica entre o sujeito que percebe e o objeto percebido, esconde na realidade um mecanismo muito mais complexo do que parece à primeira vista. Pois, de acordo com a análise tipicamente budista, atrás de s está oculto (S ➜); atrás de o há também (S ➜). E a coisa toda, como observamos, deve, em última análise, ser reduzida ao ato de VER (externamente) muito (...)